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Resenha A Teia da Vida Capítulos 1 ao 3

Por:   •  25/10/2021  •  Resenha  •  840 Palavras (4 Páginas)  •  697 Visualizações

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RESENHA: A teia da vida - Uma nova compreensão científica dos sistemas vivos.

Obra do físico e ambientalista Fritjof Capra, A Teia da Vida gera uma reflexão sobre a vida partindo da perspectiva da ‘Nova Ciência”, procurando proporcionar uma nova compreensão científica em todos os níveis dos sistemas vivos. Ao trazer essa visão que já tomara espaço em outros campos da ciência, Capra convida a pensar além dos “muros artificiais que impedem a percepção do todo maior.” (p.9), Percepções estas que, segundo o autor, geram implicações em toda a vida cotidiana e não apenas para a ciência e filosofia.

O primeiro capítulo compõe a parte introdutória do livro, onde Capra busca apresentar o contexto cultural e social da nova concepção de vida. Ele disserta a respeito das mudanças nas percepções e ressalta as conexões entre pensamento e valores. O físico destaca as mudanças de paradigma para a ecologia profunda, que não separa os seres vivos do meio ambiente natural, assim como a ecologia social e o ecofeminismo, que abordam a dinâmica básica de dominação social. De modo geral, Capra destaca que estas mudanças ocorrem de um ponto de vista de auto-afirmação para a integração.

O autor retrata ainda neste capítulo que o novo paradigma trouxe mudanças na organização social, de modo que a estrutura de hierarquia dá espaço a estrutura de redes. Ele também afirma que é necessária ética ecológica profunda nos dias de hoje, especialmente na ciência, já que um dos principais objetivos dos cientistas deveria ser a atuação na promoção da preservação da vida. Capra conclui o capítulo com a importância da “mudança da Física para as Ciências da Vida”, uma vez que a substituição de paradigmas na ciência, que superam o cartesianismo, implica nesta alteração na ciência moderna.

Os capítulos dois e três fazem parte da segunda parte do livro, dedicada à ascensão do pensamento sistêmico do livro. No segundo capítulo, o físico e ambientalista introduz as mudanças do paradigma mecanicista para o sistêmico, detalhando a origem desse segundo. Capra traz a informação de que o pensamento sistêmico emerge por volta da década de 20 através da biologia e enriquecido em seguida pela psicologia da Gestalt e pela então nova ciência da ecologia.

Fritjof Capra assevera Aristóteles como o primeiro biólogo a criar um conjunto de concepções unificadoras que aplicou à filosofia e a ciência. Nos séculos XVI e XVII a visão de mundo baseada na filosofia aristotélica e na teologia cristã substituída pela visão de mundo cartesiana e mecanicista, que no século XVIII passa a ser criticado no Movimento Romântico, menciona o autor. Portanto, Capra comenta que na segunda metade do século XIX, com o avanço da bioquímica o mecanicismo volta a prevalecer.

O físico traz em seguida sobre o vitalismo, uma oposição à redução da biologia à física e à química, assim como a biologia organísmica, que porém se opunha tanto ao mecanicismo como ao vitalismo. A biologia orgânica foi pioneira no pensamento sistêmico e trouxe uma organização estruturas multi niveladas que foram denominadas hierarquias, que de acordo com o autor é uma ideia primitiva da concepção de “teia”. Capra diz que as ideias que enfatizavam a concepção dos organismos vivos como totalidades integradas pelos biólogos

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