Resenha Aconselhamento Psicológico Centrado na Pessoa
Por: Edna Maia • 29/8/2023 • Resenha • 827 Palavras (4 Páginas) • 114 Visualizações
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FACULDADE IEDUCARE/FIED
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ACONSELHAMENTO E ORIENTAÇÃO PSICOLÓGICA
PROFESSORA: GLEYDE RAIANE ARAÚJO
ALUNA: FRANCISCA DAS CHAGAS (LAURA) GOMES RPDRIGUES
RESENHA LIVRO - TEMAS BÁSICOS DA PSICOLOGIA: Aconselhamento Psicológico Centrado na Pessoa
TIANGUÁ-CE
2023
O livro Aconselhamento Psicológico Centrado na Pessoa é um compilado de estudos de psicólogos/professores da USP, todos atuando em relativo à área de Aconselhamento Psicológico seja na clínica ou na sala de aula.
Faz parte da coleção literária Temas básicos da Psicologia coordenada pela psicóloga Clara Regina Rappaport. Essa edição sobre aconselhamento foi publicada no ano de 1987 pela editora EPU em São Paulo, sendo organização pela também psicóloga e professora, Rachel Lea Rosenberg.
Rachel é doutora em Psicologia pela USP em 1973, instituição onde formou-se continuadamente e onde trabalhou por anos a fio. Segundo o Instituto de Psicologia da USP, ela criou com o Prof. Barros Santos, em 1969, o Serviço de Aconselhamento Psicológico (SAP), desenvolveu trabalhos com superdotados, e dedicou-se ao atendimento psicoterápico do idoso. Em 1975, nos Estados Unidos conheceu Carl Rogers, e pela sua carreira humanista balizada pela Atenção Centrada na Pessoa (ACP), vincularam-se facilmente, e ela se tornou uma das grandes responsáveis pelo desenvolvimento da ACP no Brasil.
A obra preocupa-se em explanar sobre o termo e a prática do aconselhar, levando a discussão para além da noção do senso comum, e integrando isso ao fazer psicológico. Isto no sentido de, ao invés de conduzir pelo outro, fazer ou pensar com o outro.
De forma simples e resumida, trata sobre a fundamentação humanista do Aconselhamento Centrado na Pessoa, confrontando as abordagens behavioristas e psicanalíticas, sugerindo que estas, em suas práticas, seriam reducionistas e deterministas do ser humano. Ainda apresentam considerações quanto a conceituação da prática do aconselhamento psicológico, os princípios da ACP, o que se deve ao conselheiro e pontuações sobre pesquisas na área.
Segundo Rogers (1942), o aconselhamento é “uma série de contatos diretos com o indivíduo com o objetivo de lhe oferecer assistência na modificação de suas atitudes e comportamento”, assim parte do aconselhador a postura de facilitador desse processo.
O aconselhamento psicológico é uma intervenção que tem o objetivo de dar suporte, prestar acolhimento e orientação em situações estressoras ou de crise através de uma intervenção que seja focal, breve, pois o atendimento mais duradouro já se caracteriza psicoterapia.
Esse tipo de intervenção psicológica pode acontecer em vários ambientes, como em uma escola, empresas, hospitais, ou mesmo a clínica. Não se restringe a uma abordagem, apesar de ser muito norteada pelos conceitos humanistas. Seu foco é prover auxílio no enfrentamento de situações diversas, mudanças de pensamentos ou comportamentos, dentre outras.
O aconselhamento deve ser um processo interativo, na qual a relação entre aconselhador e cliente deve ser clara no que diz respeito as responsabilidades de cada um. O aconselhador não deve tomar para si as decisões a serem tomadas, mas o direcionamento para a que o cliente encontre as alternativas possíveis. Já o cliente é responsável por seu processo de modificação da realidade, seja por mudanças no comportamento, na capacidade de lidar com situações complicadas da vida, ou no desenvolvimento de habilidades para tomar decisões por si próprio.
O bom conselheiro ajuda o indivíduo a ampliar o ponto de vista, a focar a perspectiva, a enxergar alternativas, a decidir por um caminho, embora não possa, e nem faça nenhuma destas pelo indivíduo. A relação nesse caso, deve ser sobre dar para o outro uma iluminação por sobre aquilo que ele já tem, para que a partir disso, ele próprio se perceba, ou seja, é o mesmo que me ajuda a te ajudar.
Disto, MacKinney (1958) defende que essa prática “trata-se de uma relação interpessoal na qual o conselheiro assiste o indivíduo na sua totalidade psíquica a se ajustar mais efetivamente a si próprio e ao seu ambiente”, da mesma forma que no livro também é defendido pelos autores que o aconselhamento não se trata de entregar para o indivíduo a solução de seus problemas, nem uma receita sobre como alcançar isso.
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