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Resenha "Atuação do Psicólogo na Atenção Básica do SUS e a Psicologia Social"

Por:   •  8/3/2022  •  Resenha  •  1.599 Palavras (7 Páginas)  •  243 Visualizações

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Referencias

https://www.scielo.br/j/pcp/a/QSnbz7GJVVCJLg8yQZxxz8G/?format=pdf&lang=pt

O artigo surgiu a partir de uma experiência de uma das autoras, para pesquisar a ação do psicólogo no SUS se utilizou de entrevistas abertas com 3 psicólogos, no item eles têm nomes fictícios para fins éticos, é factível constatar o posicionamento crítico que os autores têm quanto ao modelo biomédico patologizante, esses apontamentos tecem ideias para novas formas de se atender no SUS.

Por exemplo acordo com as entrevistas foi possível perceber que de acordo com os psicólogos, as ações concretas realizadas em espaços além de dos Centros de Saúde despatologizam relacionamento dos usuários junto os profissionais de saúde, pois esta chance de estar em sua casa para se tornar uma visitação no território que pertence ao outro.

Se pontua que o foco nos aspectos biológicos produz fracasso - já que a equipe da Estratégia da Saúde da Família inclui médicos, enfermeiros e agentes comunitários de saúde e outros profissionais, como no caso dos psicólogos, serão seus militantes, no Núcleo de Apoio à Saúde da Família.

Dessa forma, ao conceder espaços «críticos» na graduação, os estudantes poderiam dedicar seus olhares para questões sociais, gerando, também, grande interesse em operar em políticas públicas, seja no campo da saúde ou em outros. operar «no território» é uma forma bem pessoal que os participantes assumem ao comunicar sobre ações que são realizadas fora da limitação física do Centro de Saúde, que igualmente se configuram como uma ação profunda e comprometida de acordo com as características e necessidades da comunidade.

Examina a relevância da meditação do psicólogo sobre a própria ação, além de descobrir métodos inovadores que possam ser incorporados às políticas públicas de saúde, e entende que os Princípios da Psicologia Social Crítica fornecem subsídios para isso.

É importante realçar que, mesmo que essa situação seja identificada nos três psicólogos participantes da pesquisa, foi possível perceber que eles ainda dedicam grande parte de seu tempo para ações voltadas para recuperação/tratamento em saúde. A partir dessa experiência, pode-se entender que o campo da Saúde Coletiva por fim apresenta muitos desafios, sobretudo no que se refere à Saúde Mental e à ação do psicólogo.

A partir desse breve esclarecimento, pode-se perceber que há uma convergência entre os princípios da Psicologia Social Crítica e os princípios que regem o SUS, como a historicidade dos processos sociais, as ideias sobre a metamorfose social e o trabalho que está sendo executado.

O que se deve é adicionar o saber profissional ao saber do usuário sobre sua própria saúde, promovendo sua autonomia em relação ao cuidado em saúde. A primeira aborda as práticas realizadas por esses profissionais, dando destaque naquelas que os próprios participantes afirmam como «no território», ou seja, que vão para além dos muros dos Centros de Saúde.

Novamente, os três psicólogos realizam atividades em outros locais, como o Centro de Convivência, o Centro de Integração da Cidadania e até espaços que não estavam sendo ocupados e que foram apropriados pelo Centro de Saúde para a realização de grupos.

É elogiável deixar claro que o que se entende por saúde «reflete a situação social, econômica, política e cultural». Aqui, os psicólogos seguiram suas formações por caminhos diversos, mas, com certeza, a ênfase crítica na graduação poderia ser um facilitador para que se encontrassem muito mais Renatos, Felipes e Anas Paulas atuando em serviços públicos de saúde, assistência e tantos outros onde uma atuação contextualizada é imprescindível. Considerando as dificuldades enfrentadas no campo da Saúde Coletiva e o fato de o número de psicólogos contratados ter mais do que dobrado entre 2005 e 2011, conforme apontam Macedo e Dimenstein, é necessário examinar explorar outras possibilidades de atuação dos psicólogos no Brasil.

No campo da Atenção Básica, há cerca de uma década, a Estratégia Saúde da Família passou a ser promovida pelo Ministério da Saúde. Atualmente, de acordo com o site da Prefeitura de Campinas1, o município possui 61 Unidades Básicas de Saúde, divididas em macráreas denominadas Áreas de Saúde. Ana Paula também comenta as atividades realizadas em outros espaços e percebe que, quando os grupos do seu Centro de Saúde acontecem fora de seus muros, a postura dos usuários é diferente. Esse é um exemplo importante para mostrar como essa inserção amplia o olhar do psicólogo para outras questões e favorece a busca por um cuidado em saúde contextualizado com a realidade que o usuário vive, mesmo que seja no âmbito da clínica. Essa postura reduz o caráter hierárquico estabelecido tradicionalmente entre profissionais da saúde e seus «pacientes». Foi possível observar que os três psicólogos estavam, na maior parte do tempo, transitando pelo Centro de Saúde e pelo território, fazendo com que os usuários tivessem liberdade para interagir com eles, mesmo que fosse apenas para cumprimentá-los.

Em 1990, foi administrado o SUS, instituindo a Lei n 8.080/1990, que visa promover, proteger e restaurar a saúde, por meio de princípios como universalidade, liberdade, integridade e descentralização. Muitas pessoas chegam à saúde pública sem o devido preparo para assumir esse contexto de trabalho e sem conhecimento de outras possibilidades de atuação.

Segundo Ronzani e Rodrigues, a atitude individualista em relação aos usuários vai contra o que seria um ato de engajamento comunitário, e também se opõe à concepção de saúde norteadora do SUS - incluindo os aspectos de assistência social.

Renato, por exemplo, afirma que se embasa nas teorias sociais, enquanto Felipe diz ter estudado Lacan, autores da Psicologia Social e da Saúde Coletiva. Já Ana Paula não relata nenhuma formação na Saúde Coletiva, mas mais importante do que isso a ser destacado aqui é que essa profissional se mostrou muito aberta para discutir seu trabalho e aprender com os colegas.

Uma formação com embasamento nos princípios da Psicologia Social Crítica poderia ser interessante para apresentar ao aluno que a Psicologia

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