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Resenha Caso Glória - Gestalt Terapia

Por:   •  29/5/2017  •  Resenha  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  7.718 Visualizações

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MÓDULO: Psicologia Humanista Existencial

Professoras: Aline da Silva Piason e Ana Paula Couto Zoltowski

Aluno: Claudio Schuster Lopes Junior e Fernanda  Jesuíno

 

Resenha sobre o caso Gloria

Produzido em 1964 pelo psicólogo norte-americano Everett L. Shostrom, o filme educacional “Three Approaches to Psychotherapy” retrata uma paciente – Gloria – se submetendo a três atendimentos psicoterapêuticos, cada um deles com uma abordagem terapêutica diferente com: Carl Rogers, Fritz Perls, Albert Ellis (o qual não foi assistido em aula).

Com o objetivo de demonstrar como uma sessão de terapia pode acontecer e suas diversas formas de serem tratadas, podemos perceber claramente a diferença entre os atendimentos de Carl Rogers e Fritz Perls. Os vídeos possuem um grande teor de educação para os alunos da psicologia sendo que essa ajuda visual consegue nos colocar dentro do local que a maioria não vai ter contato até chegar nos últimos semestres da faculdade sem precisar mencionar que é uma chance maravilhosa de realmente ver em ação os homens que só conhecemos no papel.

Em ambas as abordagens podemos perceber a importância do papel do paciente em sua terapia, tomando um papel mais ativo em sua própria análise. Frequentemente observamos Gloria entrando em contato com seus próprios pensamentos e sentimentos por conta própria após os terapeutas instigarem essa ação. É preciso saber como lidar com as emoções alheias porque existe um grande grau de exposição pela parte do paciente por ter criado um ambiente seguro para a compartilhamento dos seus sentimentos mais profundos. Nessas horas percebemos a grande empatia dos autores ao saberem como lidar com as emoções de Gloria, sabendo exatamente até onde podem ir fazendo pressão.

A técnica da Gestalt-Terapia usada no documentário com Glória, não é explicada para a paciente. Ele ofereceu a ela a oportunidade de descobrir e entender a si mesma, para isso ele manipula e confronta a paciente para que se confronte. Um exemplo deste confronto se dá no início da sessão, onde a paciente diz que está nervosa. Ele pergunta como ela pode estar nervosa se está sorrindo; ela diz que sempre que está nervosa ou com medo, sorri e brinca. Exatamente nesse momento podemos ver uma das crenças centrais de Perls, aonde o terapeuta será um frustrador em todo e qualquer pensamento e comportamento não condizente com a realidade. Mas ele possui a clareza de saber aonde parar quando percebe que Gloria está ficando mais emotiva do que é necessário. Entrando em contato com novamente com o assunto da empatia, mostrando que mesmo sendo indelicado, ele sabe até aonde ele pode pressionar.

Durante todos os atendimentos, Gloria fica sempre na defensiva, como se brincassem de ‘gato e rato’ ao utilizar durante o tempo todo de mecanismos neuróticos para se proteger e que pouco a pouco começa a largar essas mascaras.

Em relação ao atendimento do psicólogo Rogers o intuito inicial da terapia era provar que é possível mesmo na primeira sessão gerar empatia, aprofundar-se no relacionamento terapeuta-cliente a ponto do cliente expressar de forma verdadeira, eliminando as características formais dos consultórios. Um fator que pode ser de risco é vulnerabilidade que a transparência e a empatia podem gerar caso o profissional não esteja devidamente preparado.

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