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Resenha Coraline

Por:   •  12/10/2015  •  Resenha  •  689 Palavras (3 Páginas)  •  1.455 Visualizações

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FACULDADE ANÍSIO TEIXEIRA

PSICOLOGIA

MARCONE LOURENÇO MORAES

CORALINE E O MUNDO SECRETO

UMA RESENHA PSICANALÍTCA.

FEIRA DE SANTANA/BA

2015

MARCONE LOURENÇO MORAES

CORALINE E O MUNDO SECRETO

UMA RESENHA PSICANALÍTCA.

Relatório apresentado na disciplina Sistemas e Teorias I do Curso de Psicologia da Faculdade Anísio Teixeira (FAT) solicitado pela Profº Juliana Santos, como requisito parcial obrigatório para avaliação.

FEIRA DE SANTANA/BA

2015

O filme Coraline e o mundo secreto, conta as experiências de Coraline, na fase de transição da infância para a adolescência. O período vivenciado pela personagem trás certa turbulência, uma vez que passa por mudanças nas relações com os pais, mudança de casa e de cidade e outras implicações características da fase de latência.

Coraline em um primeiro momento mostra-se solitária e ocupando seu tempo com pequenas brincadeiras, as quais os pais não participam, devido ao distanciamento causado por suas ocupações, são escritores e não dão muita atenção a garota.

Em meio as fantasias da infância e dos seus desejos reprimidos, o filme aborda os sonhos de Coraline, que apresentam-se como fator primordial para o entendimento da  análise psicanalítica dos conteúdos apresentados.

Coraline ao explorar a casa, em um determinado momento, olha pra um quadro na parede e diz: Um menino chato de azul em um quadro extremamente chato.(o quadro retratava um menino que aparentava tristeza com um sorvete no que caiu no chão). Coraline então descobre uma pequena porta, que está fechada com concreto, então com o desejo de dar encontrar escape para sua imaginação e frustração, ela tem um sonho, no qual um rato indica o caminho para a porta, onde através de um túnel, a leva para um mundo paralelo. No mundo do sonho, seus desejos são satisfeitos através de conteúdos latentes que assumem outra representatividade, como no exemplo do quadro, simbolizando uma figuração, onde o menino triste é substituído por uma menina aparentemente feliz e com o sorvete intacto. A fotografia dos seus saudosos amigos passa a interagir com mesma.

O deslocamento é obra da censura dos sonhos, a priori a inversão dos papeis familiares no sonho chama a atenção à mudança de comportamento dos “outros” pais representados no sonho, com olhos de botões como os da boneca, apresentam-se de forma mais próxima da idealizada por Coraline na “experiência” consciente. A mãe assume então o papel materno e cozinha e brinca com a filha, o pai, aproximasse do pai idealizado, mostrando-se menos submisso e mais carinhoso, brinca com a filha e toca piano. Coraline então adentra em um universo onde seus desejos são possíveis, com a família cada vez mais próxima do que por ela é idealizado, com o ambiente alegre e favorável para o que deseja.

Contudo o filme retrata também no sonho a relação edipiana, dada a inversão dos papeis dos pais na forma como a estrutura familiar se apresenta. Na cena do jardim,o deslocamento apresenta-se com as flores que aparentam forma fálica e a figura do pai, aparece como protetor. A cena tem em certa medida um caráter sedutor, desde as flores até a forma como o pai a “socorre” das plantas, e o jardim que forma o seu rosto.

           Chama atenção o fato de todos os personagens assumirem papeis ideais nos seus sonhos, contudo, o gato que transita entre o real e o imaginário, apresenta-se no sonho como uma censura ao conteúdo sonhado, e logo depois uma cena cheia de cães, o que teoricamente afastaria sua presença. Os diálogos com o gato são muito ricos, em uma hipótese o gato pode remeter ao ego, pela atuação mediadora dos conteúdos inconscientes primitivos(ID) e a morarilidade(superego) de Caroline.

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