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Resenha Crítica: O Enigma de Kasper Hauses

Por:   •  28/6/2019  •  Resenha  •  1.327 Palavras (6 Páginas)  •  501 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO[pic 1][pic 2]

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS

REGIONAL GOIÁS

Unidade Acadêmica Especial de Ciências Sociais Aplicadas                                                                                                                            Curso de Bacharelado em Administração

Disciplina: Psicologia                                        Data: 17/ 06/2019

Discente(s): Dalila de Castro Borges

Docente: Profa. Ms. Fabiana Itaci Corrêa de Araujo

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O ENIGMA de Kaspar Hauser. Direção: Werner Herzog. Produtor: Werner Herzog.            Alemanha: Werner Herzog Film, 1974. 1 DVD (109 min), son., color. _________________________________________________________________

                                                                    Resenha

O filme “O enigma de Kaspar Hauser”, produzido em 1974 pelo diretor alemão Werner Herzog, retrata a história de um jovem que outrora esteve mantido em cativeiro, desde seu nascimento ,privado de suas relações sociais  com o mundo exterior. Kasper desconhecia habilidades simples como a fala e o andar, não era capaz de distinguir o que era uma casa; uma árvore, visto que, sua relação com os humanos se restringia apenas a entrega de alimento, no turno da noite, quando já havia adormecido. Hauser ignorava por completo a existência de outros seres humanos. Sua primeira contiguidade ao ser social se deu a partir do encontro com um homem, cuja identidade nunca foi revelada. Esse o ensinou a escrever algumas poucas palavras e o levou pela primeira vez para conhecer o mundo exterior.

Kasper tinha dificuldades em se locomover em virtude dos longos anos, em que esteve prisioneiro, com pés e mãos acorrentados, o que gerou de certa forma o atrofiamento dos membros. O jovem foi levado pelo homem desconhecido á cidade de Nuremberg, onde foi abandonado, e permaneceu estático ali por certo tempo, portando apenas um bilhete em suas mãos, destinado ao capitão da cavalaria da cidade, na qual contava brevemente sua trajetória de vida.

Kasper Hauser, como seria identificado mais tarde, conseguia dizer apenas uma frase: “Quero ser um cavaleiro como meu pai foi”. A priori , foi investigado pelas autoridades que ali jaziam; e por ser considerado uma anomalia , figura grotesca foi apresentado em espetáculos no circo da cidade. Certo tempo depois, adaptando-se a presença do ser social, Hauser começou a desenvolver a   escrita, a fala e ações socialmente-culturais.

Uma das cenas mais intrigantes e emocionantes é a descrição do momento em que Kasper segura um bebê em seu colo, e passa a questionar os motivos pelos quais fora abandonado, um dos estímulos que comprovam essa reação intuitiva são as lágrimas que o próprio protagonista esboça, traçando um novo desenrolar da história.

As limitações que Kasper possuía, não foram empecilhos, para que a sociedade, não o ajudassem a se estabelecer como ser social. Ao contrário disso, ele foi adotado por um professor que lhe ensinou a ler, escrever, andar, e a tocar instrumentos. O mesmo passou a conviver e estabelecer relações sociais. Pouco tempo depois, sofreu uma primeira agressão. Graças aos cuidados dos médicos, conseguiu se recuperar, porém na segunda agressão, através de uma emboscada, o jovem foi ferido por um instrumento cortante, o qual , pouco tempo depois teria sido o responsável por sua morte. Após este ocorrido, o cérebro de Kasper Hauser foi dessecado afim de se estudar as origens do comportamento enigmático que ele desenvolveu ao longo de sua vida. O assassino nunca foi encontrado e sua identidade nunca foi descoberta.

Destarte, a figura do Protagonista é utilizada para se fazer menção a importância das relações sociais. O personagem ao logo de sua história sofreu diversas privações, que influenciaram de maneira significativa no seu comportamento. O Texto “Psicologias: uma introdução ao estudo da Psicologia” vai abordar a temática, seguindo o ponto de vista da Psicologia sócio- histórica, que diz que para que haja um conhecimento mútuo do indivíduo é necessário que este estabeleça uma relação com o mundo. Este mundo social, do qual fazemos parte, traduz muito sobre quem somos, nossa maneira de pensar, agir e sentir. Desta forma a subjetividade “não é dada a priori, mais é uma conquista humana”.

No Texto “A constituição social do desenvolvimento” Levi Vigotiski traz alguns levantamentos sobre os processos de desenvolvimento humano, produz uma análise segundo os princípios marxistas de Wertsch que diz que “para entender o indivíduo, deve -se primeiro entender as relações sociais da qual ele participa” Vigotiski se aprofunda no estudo dos processos de significação.  Para ele há dois pontos passíveis de mediação: O instrumento; e o  Signo; estes dois caracteres são responsáveis pelo processo de desenvolvimento humano. Desta forma é possível entender porque o personagem,  Kasper Hauser apresentou dificuldades em desenvolver suas habilidades, pois não teve por muito tempo, nenhum contato com algum instrumento, a não ser um cavalo de madeira. Ele nem se quer sofreu com os estímulos do mundo exterior, o que o aprisionou no seu mundo interior.

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