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Resenha Histórica Sobre a Poligamia

Por:   •  16/6/2016  •  Trabalho acadêmico  •  2.909 Palavras (12 Páginas)  •  337 Visualizações

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Resenha histórica sobre a Poligamia

Embora a história refira que a poligamia não seja típica de nenhum povo, ela foi amplamente praticada no mundo antigo por varias nações com maior destaque para os Gregos, Romanos, Hindus, Babilónios, Persas, Israelitas, Árabes e Africanos.

Tanto na antiguidade como na modernidade, encontramos nos povos muitas dificuldades sociais dentro da família, o que obriga muitas mulheres a procurarem homens com situação financeira confortável para responder as suas necessidades. Por exemplo, no islamismo a poligamia é praticada há séculos, inclusive pelo profeta Maomé, e hoje é adotada em países muçulumanos, regulado até mesmo pelo Alcorão (o livro sagrado dos muçulumanos), que permite que o homem tenha no máximo quatro esposas.

Portanto, a poligamia é uma coisa que apareceu no percurso histórico-cultural. Por definição, Poligamia, significa do grego “muitos matrimônios”. Nos humanos, a poligamia é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre mais de duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida.

A poligamia designa um sistema de casamento de acordo com o qual um indivíduo tem mais do que uma esposa. A poligamia pode ser de dois tipos. Um é a poligamia, em que o homem casa com mais do que uma mulher; e o outro é a poliandria, de acordo com a qual uma mulher casa com mais do que um homem. Este segundo é incomum em muitas sociedades.

Algumas razões da prática poligâmica

O ser humano é capaz de justificar, defender qualquer prática que considere vantajosa, ou que não queira abandonar, mesmo com tantas críticas. Ao falarmos da poligamia, algumas etnias, tribos, religiões, consideram-na como uma prática normal que deve continuar nas gerações futuras. Nos seus discursos, escritos, conversas argumentam como razões para a prática da poligamia:

 No passado, por razões de guerras com maior participação masculina, muitos homens morriam e tribos eram dizimadas e consequentemente as mulheres ficavam viúvas sem nenhum amparo, causando uma grande diferença numérica entre homens e mulheres. Assim, a poligamia era vista como a única solução para o rápido crescimento da tribo, considerando que uma mulher demora 09 meses para gerar um filho enquanto um homem pode gerar muitos filhos se tiver muitas esposas.

 A esterilidade de uma mulher (segundo uma lei babilônica a mulher estéril, por exemplo, se fosse casada, era obrigada por lei a providenciar uma substituta para o marido poder multiplicar a espécie).

 A população feminina mundial é superior à masculina. Por exemplo em Abril de 2013, as informações avançadas pelos órgãos de comunicação mostram que nos EUA a população feminina ultrapassa a masculina em 7.8 milhões. Em Nova Iorque, existe um milhão de mulheres a mais, quando comparadas com os homens. A Grã-Bretanha tem mais quatro milhões de mulheres do que homens. A Alemanha tem mais cinco milhões de mulheres do que homens e a Rússia tem mais 9 milhões. Moçambique tem mais dois milhões de mulheres do que homens.

Exemplos de acordos dos casais na prática de poligamia

Na maioria das regiões, a prática é quase similar. Portanto, no casamento poligâmico, cada esposa é considerada como um lar e as despesas de todos os lares são por conta do marido. Se a mulher exerce uma actividade lucrativa, deve contribuir nas despesas. Todavia, é proibido ao marido utilizar as receitas de uma das esposas para sustentar as outras. O marido deve protecção às suas esposas, e todas elas têm os mesmos direitos como uma casa, amor e presença do marido de acordo com a escala concordada ou outra vantagem material.

Abordagens sobre a prática da Poligamia por algumas religiões

(Caso do judaísmo e o cristianismo)

A poligamia não é uma prática limitada à religião do Islão; ao contrário, ela é bem conhecida na história do povo. Portanto, quando se olha para a história primitiva das religiões, facilmente entende e descobre-se que ela era pelo menos uma prática aceitável, se não encorajada.

No judaísmo, a poligamia existia entre os israelitas antes do tempo de Moisés, que continuou a instituição sem impor qualquer limite no número de casamentos que um homem hebreu podia ter. Entretanto, na literatura histórica dos tempos antigos, embora não exista clara evidência de um estado poliândrico na sociedade judaica primitiva, a poligamia parece ter sido uma instituição bem estabelecida.

Outro dado de destaque é o facto em tempos posteriores na história, o Talmude de Jerusalém ter restringido o número pela habilidade do marido em manter as esposas de forma adequada. Havia conselhos forte de que um homem não devia ter mais do que quatro esposas. Portanto, a poligamia foi proibida no Judaísmo pelos rabinos, não por Deus. O rabino Gershom ben Judah recebeu o crédito da proibição da poligamia no século XI marginalizando-a por mil anos (que terminaram em 1987) para os judeus da Europa Oriental (Ashkenazi). Os judeus do Mediterrâneo (sefaraditas) continuaram a praticar a poligamia.

Will Durant afirma que, a poligamia foi praticada por judeus ricos em terras islâmicas, mas era rara entre os judeus do cristianismo. Joseph Ginat, professor de antropologia social e cultural na Universidade de Haifa diz que a poligamia é comum e crescente entre cerca de 180.000 beduínos de Israel. Também é frequente entre os judeus mediterrâneos vivendo no Iêmen, com os rabinos permitindo que os judeus se casem com até quatro esposas. No moderno Israel, quando a esposa não é capaz de ter filhos ou é mentalmente doente, os rabinos dão ao marido o direito de casar com uma segunda mulher sem divorciar a primeira esposa.

Portanto, afirma-se claramente que no Islamismo, a poligamia é permitida. O homem pode se casar com até quatro mulheres, com a condição de que dê atenção igual a cada uma delas. Por exemplo, na sua explicação os muçulmanos consideram ser justo um homem se casar com várias esposas do que ter amantes, e que é da natureza do homem ser poligâmico e da mulher ser monogâmica. Também é bom frisar que o Islã não permite o contato sexual antes do casamento e proíbe também o sexo

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