Resenha do Documentário "A mote inventada"

O documentário “A morte inventada” oferece uma visão profunda e comovente sobre um problema complexo que afeta diversas famílias: a alienação parental. Esta pode ser definida como um fenômeno que ocorre quando um dos responsáveis, muitas vezes de forma deliberada e maliciosa, procura influenciar negativamente a relação entre a criança ou o adolescente e o outro genitor. Isso pode envolver a difamação, restrição do acesso, falsas acusações ou outras interferências que impactam na formação psicológica e ferem o direito fundamental da criança à convivência saudável.

O objetivo desses comportamentos muitas vezes é o de prejudicar o relacionamento entre a criança e o genitor alienado, causando sofrimento emocional e conflito na vida da criança. Deste modo, a alienação parental é um problema sério, complexo, e desconhecido entre muitas pessoas, o que requer atenção e intervenções adequadas para proteger o bem-estar das crianças envolvidas. Com isso em mente, em “A morte inventada” o tema é discutido entre diversos profissionais especializados (como por exemplo: psicólogos, juízes, promotores, advogados, assistentes sociais, pedagogos e pediatras), visando destacar a relevância de discussões dessa prática, disseminando, de forma mais ampla possível, o assunto e suas consequências.

Somado a isso, no documentário observa-se o drama de pais e filhos cujos vínculos foram rompidos devido a separações conjugais mal conduzidas, tornando-os vítimas da alienação parental. Além disso, é compartilhado os sentimentos dos pais diante da longa separação de seus filhos, enquanto os filhos, que sofreram com a decisão, descrevem de maneira comovente como a alienação parental afetou sua formação, relacionamentos sociais e, acima de tudo, o relacionamento com o genitor alienado.

Os depoimentos das histórias dos sete emocionantes casos do documentário fornecem uma reflexão sobre o tema e geram questionamentos: será que a justiça realmente ajuda a determinar as melhores soluções para a situação, visando proteger o bem-estar da criança? Para isso, a importância de uma investigação bem-sucedida é fundamental, bem como o trabalho multidisciplinar, o preparo por parte da equipe para lidar com o fenômeno e a escuta.

Portanto, é evidente garantir que a criança mantenha um relacionamento saudável com ambos os pais, a menos que existam razões legítimas de proteção que justifiquem a limitação no contato com um dos genitores.

Logo, a conscientização sobre a alienação parental e a importância de preservar os vínculos familiares é essencial para lidar com esse problema e proteger o bem-estar das crianças envolvidas como forma de evitar “A morte inventada”, ou seja, o conceito de alienação parental de “matar a imagem do outro dentro da pessoa”.