Resenha documentário domesticas: Como se fosse da família
Por: joaoflorentino • 8/3/2016 • Resenha • 1.023 Palavras (5 Páginas) • 792 Visualizações
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Universidade Federal da Paraíba
Aluno : João Antas
Matricula: 11123936
Disciplina: tópicos em psicologia do trabalho
Prof. Anísio
Como se fosse da família
Em primeiro instante, a entrevistadora, está procurando, não uma mulher, com características humanas, limitadas, mas sim uma verdadeira máquina do trabalho, apta a realizar todos os serviços de casa, seja não somente os de rotina, mas envolvendo labor também fora de casa, procura-se uma super mulher: limpa, educada, bonita, feliz, que der mais atenção a família dos empregadores, que a própria.
Como se fosse da família, é um filme de relato de trabalhador doméstico, sobre a vida, ou não vida, melhor dizendo uma escravização moderna, na residência dos patrões, ou família ? É interessante notar que, tantos anos de trabalho, a empregada e os familiares se apegam emocionalmente, lógico, como tem que ser, assim mesmo, é bastante difícil os indivíduos viverem socializando em determinados ambientes, por longos períodos de tempo, e depois de rupturas, não existir aquela sensação de tristeza e dependência de ambos, se foram, fortemente ligados, envolvidos em tarefas, e vivências.
Sim, algumas famílias, não todas, consideram os empregados domésticos como se fossem do lar, outras, nem tanto, tudo é relativo, mas no filme, pode-se dizer que existe uma dependência forte entre os familiares e as empregadas, que quando deixam de trabalhar na rotina, sentem falta, muita falta e tristeza profunda, que podem até levar a uma depressão. Segundo a empregada do documentário, quando fala “as leis foram muito bom pra categoria”, foi favorável e relevante sim para todas que trabalham neste verdadeiro ninho de cobras, ninho de cobras porque não é um labor fácil, simples, mas diversificado, ativo e vivo, portanto se a domesticada não estiver com olho aberto, as cobras lhe picam, se com as leis, o trabalhar ainda é insípido, doloroso e sem gosto, quanto mais sem elas, igual á muitos países do mundo que não tem o minímo de regulamentação para contribuir com uma melhor vida para elas, como por exemplo uma remuneração boa, jornadas de trabalho fixadas por lei, sem exceder, direito a férias, ou seja o pouco que os trabalhos de lares precisam para terem um trabalhar e vida melhorada .
Babás
O documentário em questão, aborda uma historio-gráfia das babás, no Brasil do século 19, 20 e 21, envolvendo trabalho, e preconceito, no momento da propaganda do procura-se babás que se enquadre nas seguintes características. Babá é um dos termos usados para designar empregadas contratadas, fixas ou não, para cuidar de crianças menores de idade em períodos de ausência dos pais ou responsáveis.
Cada vez mais presentes na sociedade moderna, as babás são as responsáveis por cuidar das crianças a partir de 3 ou 4 meses de idade (sem especialização em enfermagem) na ausência dos pais. Esta função, no entanto, tem evoluido para uma ajuda constante às mães, incluindo os cuidados com roupas e alimentação das crianças, porém isto é encontrado no filme, onde é um relato de vida de 5 babás, no trabalho com a família da criança, não somente ela, mas o labor exercido pela babá de forma ampla, não se restringindo somente ao cuidado da criança.
Existe a comparação do trabalho de babás do século 19, 20 e 21, mostrando a evolução, e formas de preconceitos, nos anúncios de empregos, onde necessita-se, de mulheres com características específicas para atuarem como babá, excluindo as que não se enquadre, portanto atualmente não existe muita diferença sobre elas em períodos passados, o trabalho duro e de horas e horas prestadas a criança e a família, ainda estão em voga, sem bons direitos, sem tempo para as próprias vidas, sem uma remuneração digna , somente com contando com dias de trabalho da mesma maneira que as domésticas.
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