Resenha sobre Behaviorismo

BOCK, Ana Mercês Bahia, O.F, T.M.L.T. Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia. Editora Saraiva, SP 2001.

O Behaviorismo é o estudo do comportamento, este termo foi inaugurado pelo americano John B. Watson. A palavra Behaviorismo tem origem no termo behavior que em inglês significa comportamento. Watson defendia que o comportamento deveria ser estudado como função de certas variáveis do meio, segundo ele certos estímulos levam o organismo a dar determinadas respostas e isso ocorre porque os organismos se ajustam aos seus ambientes por meio de equipamentos hereditários e pela formação de hábitos.

Hoje o comportamento não é mais visto como uma ação isolada de um sujeito, mas sim como uma interação entre aquilo que o sujeito faz e o ambiente onde o seu “fazer” acontece. O behaviorismo dedica-se ao estudo das interações entre o individuo e o ambiente, entre as respostas do individuo e as estimulações.

Para se entender o porquê dos termos “resposta” e “estimulo” são apontadas duas razões. Uma é a razão metodológica que se deve ao fato de que os analistas experimentais do comportamento tomaram como base um método experimental e analítico. A outra razão é a histórica, esta refere-se aos termos escolhidos e popularizados , que foram mantidos por outros estudiosos. Entender comportamento como interação individuo-ambiente é o ponto de partida para uma ciência do comportamento, o homem começa a ser estudado a partir de sua interação com o ambiente, sendo tomado como produto dessas interações.

Skinner foi o mais importante behaviorista que sucedeu Watson, ele tinha uma linha de estudo que ficou conhecida como Behaviorismo radical, este termo foi criado por ele para designar uma filosofia da ciência do comportamento por meio da análise experimental do comportamento. Skinner começou o estudo do comportamento justamente pelo comportamento respondente que se tornara a unidade básica de analise, ou seja, o fundamento para a descrição das interações individuo-ambiente.

O comportamento respondente é usualmente conhecido como “não voluntário” e inclui as respostas produzidas por estímulos antecedentes do ambiente, como por exemplo, um arrepio da pele quando um ar frio nos atinge, ou as famosas lágrimas de cebola. Esses comportamentos respondentes são interações estimulo-resposta incondicionados, nas quais certos eventos ambientais confiavelmente produzem certas respostas do organismo que não dependem de aprendizagem. Existem também novas interações as quais chamamos de reflexos, que leva o organismo a responder estímulos que antes não respondia.

Porém, a base da corrente de Skinner está na formulação do comportamento operante, este comportamento envolve todos os movimentos de um individuo, dos mais simples aos mais sofisticados. Para exemplificar esse conceito Skinner apresentou um experimento com ratos, tais experimentos permitiram-lhe fazer afirmações sobre o que chamou de leis comportamentais. Do experimento com ratos, foi entendido que o que propicia a aprendizagem dos comportamentos é a ação do organismo sobre o meio e o efeito dele resultante, a aprendizagem está na relação entre uma ação e seu efeito. O comportamento operante refere-se à interação sujeito-ambiente, agimos ou operamos sobre o mundo em função