Resenha capítulo Compreendendo o behaviorismo
Por: Talita Gomes • 6/3/2016 • Resenha • 1.877 Palavras (8 Páginas) • 3.448 Visualizações
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Centro Universitário Estácio de Sá de Juiz de Fora
Curso de Psicologia
Disciplina Teorias e Sistemas Psicológicos I
Resenha do Referencial Histórico do Capítulo 1
Behaviorismo: definição e história
William M. Baum
Talita Gomes Guedes - 201512512966
Juiz de Fora - MG
2016
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Centro Universitário Estácio de Sá de Juiz de Fora
Curso de Psicologia
Disciplina Teorias e Sistemas Psicológicos I
Resenha de
Capítulo 1
Behaviorismo: definição e história
William M. Baum
Talita Gomes Guedes - 201512512966
Juiz de Fora - MG
2016
Behaviorismo: definição e história
Referencial Histórico
A ideia central do behaviorismo é fundamentalmente estabelecida como a possibilidade de existir uma ciência do comportamento. Apesar das diferentes visões dos psicólogos, não altera a premissa de que exista uma ciência do comportamento, que veio a ser chamada de análise comportamental.
As diferentes visões dos psicólogos em torno do behaviorismo traz um debate, sobre a análise comportamental, ser a própria psicologia ou ser uma parte ou independente da psicologia. Entretanto, constituindo o behaviorismo como um conjunto de ideias sobre essa ciência chamada análise do comportamento, e não uma ciência propriamente dita, sendo assim, o behaviorismo não é uma ciência em si, mas a filosofia da ciência. Abordando assim, como filosofia, tópicos sobre: ”por que fazemos o que fazemos e o que devemos e não devemos fazer” (Baum, 2006. p.17).
No tópico “De Filosofia à Ciência”, BAUM (2006), diz que todas as ciências – astronomia, física, química, biologia – tiveram suas origens na filosofia e com o passar dos séculos romperam com ela e se particularizaram.
Em breve relato ele mostra como foi esse rompimento. As ciências da astronomia e física que surgiram para trazer entendimento sobre os objetos e fenômenos naturais por meio de observação romperam com a filosofia através de Galileu e Isaac Newton que passaram a raciocinar de forma diferente, ou seja, ao invés de pensar em “Se isso fosse assim, então aquilo seria assim”, como uma forma absoluta, pensavam “Isto foi observado; que verdade poderia levar a essa observação, e a que observações isso levaria”, de maneira relativa e provisória.
Quanto à química não foi diferente, os filósofos gregos como Tales, Empédocles e Aristóteles presumiram que a matéria pode variar em suas propriedades por terem certas qualidades, essências ou princípios. Foi a partir do momento que esses pensadores abandonaram especulações de qualidades como quente, frio, úmido e seco, de essências como calorias e flogisto, e começaram a confiar em suas observações, que a química se tornou uma ciência.
O mesmo aconteceu com a biologia que rompeu com a filosofia e a teologia, após Charles Darwin publicar sua teoria de evolução por seleção natural que despertou um verdadeiro furor entre a comunidade, pois ia de encontro à Bíblia e Deus.
Com a psicologia aconteceu da mesma forma. E esse rompimento é relativamente recente, visto que até a década de 40 era raro encontrar um departamento de psicologia nas universidades.. E na última metade do século XIX, tornou-se comum chama-la de “ciência da mente”. Como método inicial para o estudo da mente, os psicólogos propuseram o método da filosofia, a introspecção. Todavia, duas correntes de pensamento, a psicologia objetiva e a psicologia comparativa, se somaram para corroer esta visão.
Psicologia objetiva
A psicologia objetiva surgiu no século XIX pois, alguns psicológicos desta época estavam pouco a vontade com o método da introspecção. Essa por sua vez parecia-lhes pouco confiável, vulnerável aa distorções individuais e subjetiva, diferente dos métodos que outras ciências utilizavam e que produziam medidas verificáveis e passiveis de réplica em outros laboratórios no mundo inteiro.
Seu pioneiro foi o psicólogo holandês F. C. Donders, que descobriu entre o tempo de reação simples e o tempo de reação de escolha das pessoas, cuja diferença de um pelo outro poderia medir objetivamente o processo mental de escolha, um grande avanço para a introspecção, pois significava o uso de métodos objetivos por psicólogos em experimentos laboratoriais. Outros psicólogos como Gustav Fechner, desenvolveram outros métodos para tentar medir a intensidade subjetiva da sensação, desenvolvendo uma escala que se baseava na diferença apenas perceptível, ou seja, a menor diferença física entre duas luzes ou sons que uma pessoa conseguia detectar. Já Hermann Ebbinghaus, mediu o tempo que ele levava para aprender e reaprender listas de sílabas sem sentido, a fim de produzir medidas de aprendizagem e memória. E I. P Pavlov, desenvolveu um método para o estudo da aprendizagem e associação através da medida de um reflexo simples transferido para novos sinais apresentados no laboratório. Traziam assim, a perspectiva de que a psicologia poderia transformar-se em uma verdadeira ciência.
Psicologia comprativa
A psicologia comparativa surgiu através do reconhecimento da noção de continuidade da espécie, por Darwin, de que mesmo sendo nitidamente distintas as espécies também se assemelham à medida que compartilham a mesma história evolutiva, tornaram-se comuns as comparações entre outras espécies e a nossa. George Romanes foi quem levou raciocínio de que as sensações, os pensamentos e os sentimentos de um animal, o cão, deveriam ser semelhantes aos da raça humana, e assim por diante, a sua conclusão lógica, chegando até a defesa de que “nossa própria consciência deve servir de base para nossas conjeturas sobre uma eventual tênue consciência que ocorra em formigas” (Baum, 2006. p. 22).
Este antropomorfismo, ou forma de “humanizar a besta” soou como especulação para alguns psicólogos. Com a substituição de vagas informações anedóticas por observações rigorosas conduzidas por experimentos com animais, gerou-se um problema para a psicologia comparativa, pois essas afirmações sobre consciência animal, mais uma vez, ficava a mercê de vieses individuais, do caráter subjetivo das observações, visto que a discordância entre duas pessoas não poderia ser resolvida através de outros experimentos. John B. Watson, fundador do behaviorismo, disse ainda que, como método científico, as inferências feitas sobre as consciências animais eram menos confiáveis do que a introspecção e que nenhuma delas poderia servir como ciência.
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