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Resolução de Problemas: Obstáculos na resolução de problema

Por:   •  11/3/2020  •  Artigo  •  1.831 Palavras (8 Páginas)  •  505 Visualizações

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Resolução de problemas

Obstáculos na resolução de problema

        Vários fatores podem prejudicar a solução de problemas.

Configurações mentais e fixação funcional.

                      A configuração mental é um fator que pode prejudicar a solução de problemas, uma disposição da mente envolvendo um modelo existente para representar um problema.                              

Entrincheiramento é outra designação para configuração mental. Quando as pessoas que solucionam problemas possuem uma configuração mental entrincheirada, elas se fixam em uma estratégia que, normalmente, dá resultado na solução de muitos problemas, porém não opera bem na resolução de problemas específicos.                                               Outro tipo de configuração mental envolve a fixação funcional em determinada função de um objeto. A fixação, especificamente, é a incapacidade para entender que algo conhecido por possuir uso específico também pode ser usado para desempenhar outras funções. A fixação funcional nos impede de solucionar novos problemas usando instrumentos antigos de nova maneira.

              A transferência negativa ocorre quando a solução de um problema anterior torna mais difícil solucionar um problema posterior.

Auxílios na resolução de problemas

  • Transferência positiva: Ocorre quando a solução de um problema anterior torna mais fácil a resolução de um problema novo. Exemplo: Cálculos básicos de matemática.
  • Transferência de analogias: É uma espécie de semelhança entre as estruturas dos problemas. É preciso descobrir um modelo de resolução a partir de um problema análogo mais simples do que aquele que precisamos resolver.
  • Transferência Intencional: Ao resolver um problema um problema é preciso estar seguro de focalizar as relações que estão sendo comparadas.
  • Incubação: É colocar o problema de lado durante um intervalo de tempo sem pensar conscientemente a respeito dele. Envolve fazer uma pausa entre os estágios de resolução de problema. Durante a incubação você não deve pensar conscientemente sobre o problema, mas deve prever a possibilidade de que o problema será processado subconsciente. Lembrando que a incubação inclui tempo, logo se você tem data-limite para a solução do problema, precisa começar o mais rápido possível.

Talento inato e adquirido (habilidades)

                      Todo o ser humano nasce com algum (ou alguns) talento, quer dizer, tem alguma capacidade concreta que de maneira natural é bom e que desfruta desenvolvendo-a já que isso não supõe grande esforço. A este tipo de talento se chama, talento natural ou inato, já que é dado pela herança genética do indivíduo.

              Se vamos a uma escola infantil, onde encontraremos crianças menores de 3 anos, e nos fixamos neles, rapidamente poderemos apreciar os talentos inatos de muitos deles. Poderemos identificar o líder, aquele pequeno/a quem o resto do grupo segue, também poderemos identificar o mediador/a de conflitos, aquele que quando dois alunos se guerreiam pelo mesmo brinquedo, medeia entre ambos para que haja paz. Se seguimos observando, detectaremos aqueles que se destacam pelas suas habilidades físicas ou musicais ou intelectuais… Estes meninos não sabem o que são as técnicas de liderança, nem jamais ouviram a palavra conflito, mas de maneira espontânea cada um deles tem determinados comportamentos naturais ante a mesma situação.

              Algumas competências são-nos dadas através do nosso código genético, mas isso não quer dizer que seja as únicas que tenhamos ao longo da nossa vida. Há outras competências que iremos obtendo e desenvolvendo consoante vamos trabalhando nelas e as exercitemos continuamente, e isso é o que se conhece como talento adquirido.

              Estes dois tipos de talento acompanharão todos os seres humanos durante toda a sua existência, e podem ser melhorados à base de estudo e prática. O que diferencia o talento natural do talento aprendido, é que este último requer ser exercitado constantemente, já que caso contrário podemos chegar a perder o potencial adquirido ao longo do tempo. Se durante um largo período de tempo, deixamos de praticar o nosso talento adquirido, no momento em que o volvamos a exercitar, dar-nos-emos conta de que havemos perdido destreza e nos custará muito voltar ao nível que tínhamos. Sem embargo, nessa mesma situação, o talento natural não se veria enfraquecido da mesma forma, nem com a mesma intensidade e seria mais fácil conseguir o mesmo nível de destreza que se tinha quando se deixou de praticar.

              No que concerne às empresas, o que é que mais interessa nos seus recursos humanos, o talento natural ou o talento aprendido? A resposta é clara, interessa aquele talento que seja eficaz e que aporte benefícios à organização, sendo indiferente se é adquirido ou inato, o importante é que a pessoa o possua e possa ser usado proveitosamente na organização.

              Muitas pessoas não descobrem quais são os seus talentos inatos, pelo que apesar de os possuírem não os trabalharam, desenvolveram e melhoraram, não servindo para muito, desaproveitando assim esse talento. Portanto, os talentos naturais os adquiridos têm que ser trabalhados para que sejam eficazes. Alguém que nasce como “líder natural”, não significa que essa pessoa venha a ser um grande líder no futuro. Se esse talento não for descoberto, receber uma formação adequada e trabalhar intensamente nele, não servirá para alcançar o êxito. Um claro exemplo, temo-lo nos desportistas de elite, os que chegam a esse nível é porque têm um talento natural que alguém descobriu, e graças a um grande treinador, um programa de ensino adequado, muito trabalho duro, e grandes doses de sacrifício pessoal e, sobretudo paixão, conseguiram destacá-lo na sua área. Do ponto de vista organizativo, o que interessa é o talento atual e em exercício.

Criatividade

              Pode haver inúmeras definições particulares de criatividade quanto o número de pessoas que pensam sobre a mesma. No entanto, grande parte dos pesquisadores definiram-na em termos globais como o processo de produzir algo que seja original e válido ao mesmo tempo (Csikszentmihalyi,1999,2000; Lubart, Mouchiround,2003; Runco, 1997,2000; Sternberg 1996). Algo que pode assumir diversas formas. Podendo ser uma dança, um composto químico, um processo, uma teoria, uma história ou uma sinfonia.

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