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Resumo: A Loucura no trabalho

Por:   •  12/6/2017  •  Resenha  •  1.930 Palavras (8 Páginas)  •  1.180 Visualizações

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Ao lermos o primeiro capítulo a respeito das estratégias defensivas, no livro a LOUCURA NO TRABALHADO, podemos perceber que o autor traz uma visão geral e detalhada da classe dos sub-proletariados, ou seja, pessoas com poucas condições financeiras, que residem nas favelas, cortiços e áreas Peri urbanas.

Diante das colocações evidenciadas pelo autor, é notório perceber que a classe do sub-proletariados sofre um grande esquecimento por parte dos órgãos governamentais, no que se diz respeito à saúde e higiene, deixando-os em total precariedade, sendo as seguintes:

  • Saúde precária e mais riscos a doenças.
  • São muito mais vitimados a taxa de morbidez do que a população em geral.
  • Bem mais propensos a acidentes e contraírem doenças infecciosas, principalmente as crianças (tuberculose).
  • Recebem tratamentos inadequados e muito mais demorados por parte da rede pública; Ex. cirurgia (sempre ocorre erros em alguns casos).
  • Frequência de alcoolismo.
  • Promiscuidade constante.
  • Contaminações por falta de higiene: meios sanitários (canalizações, esgotos, poços de água, banheiros, depósitos de lixo caseiro).
  • Falta de alimentação, carne é muito raro.
  • Alimentação consome a maior parte do orçamento.
  • Acúmulo de filhos, na maioria de 8 a 10.
  • Casais frequentemente separados e a estrutura familiar é sempre desfeita ou quebrada.
  • EDUCAÇÃO: Por terem pouquíssimo estudo, os jovens não conseguem empregos e com isso acabam buscando meios de sobrevivência na marginalidade.
  • Há uma perda de 80% na estrutura física das crianças (peso e estatura).
  • Limites de nanismo.
  • Pais trazem histórias ruins, principalmente no que se diz respeito à carência afetiva.
  • Hábitos alimentares completamente desorganizados.
  • Pouquíssimas redes multidisciplinares: assistentes sociais, psicólogos e enfermeiros.

Se atentarmos ao conceito de infraestrutura e superestrutura proposto na visão marxista, de fato essa classe de trabalhadores acaba se encaixando perfeitamente.

No conceito de infraestrutura podemos encontrar as verdadeiras causas de tudo, pois o que a compõe a infraestrutura de uma sociedade seja ela qual for, é tudo o que se relaciona direta ou indiretamente com a produção de bens materiais nessa mesma sociedade. Já na superestrutura é tudo o que está ao alcance dos sentidos na sociedade, ou seja, é o resto em relação à infraestrutura. Nessa classe de trabalhadores de fato fica evidente o quanto a procura pelo emprego é primordial, pois além de terem que sustentar suas famílias, eles precisam tirar seu próprio alimento.

O autor também evidencia que do ponto de vista médico sanitário, os meios que essas comunidades dispõem são muito rudimentares, pois normalmente nessas comunidades há pouquíssimos ambulatórios e em muitos casos nenhum médico na região o que acarreta ser um lugar de muito sofrimento.

Se o homem fica doente, é considerado vagabundo, porém é mais tolerável do que a mulher, pois ela como dona de casa, precisa estar bem para cuidar dos filhos e assumir a demanda dentro de casa.

Por assumirem um papel tão difícil dentro de casa, elas ficam cada vez mais angustiadas, são maltratadas pelos maridos, mantidas a distância e em muitos casos desprezadas.

Muitas mulheres ficam completamente doentes, porém o olhar só se volta para elas, somente no momento em que o sintoma já é evidente e não há mais como esconde-los: tosse seguidas de sangue (HEMOPTISE), emagrecimento e enfraquecimento fisiológico.

Para que a mulher aceite a ir buscar ajuda médica, é preciso que a doença tenha atingindo uma gravidade tamanha que a impeça de continuar nas suas atividades domésticas e familiares.

No caso dos homens a ida ao médico é completamente rara, pois pensam que somente as mulheres são mais frágeis as doenças. Levando em consideração a mulher e o homem, muitos não procuram ajuda médica, pois tem medo de descobrir alguma doença grave e, portanto caírem em completa depressão.

Na classe do subproletariado, ir ao médico é de fato mexer no orçamento da família, pois após serem feitos os exames, o médico dará uma receita com uma infinidade de remédios a serem comprados ou em alguns casos um encaminhamento para fazer um exame mais detalhado a respeito da sua enfermidade. Consequentemente para fazer tal exame, será preciso dinheiro, pois o Sistema Único de Saúde não disponibiliza. Mediante a tais situações mexendo no orçamento familiar, implicará em menos comida dentro de casa o que por sua vez também contas ficarão em atrasos devido à falta de dinheiro.

A classe do subproletariado por assim dizer, é uma classe completamente dominada e manipulada pelo capitalismo, pois o que se visa desse pobre trabalhador é simplesmente o que ele tem a oferecer, ou seja, saber quais são as suas habilidades para se produzir e gerar mais lucro para a empresa que irá contrata-lo.

Um fato lamentável na classe do subproletariado está também ligado à educação, pois hoje vemos crianças e jovens inseridos no mundo das drogas e da violência, acarretando assim assassinatos em séries e presídios cada vez mais lotados. Nessa classe também nota-se um grande esquecimento em relação à figura feminina, onde a contaminação por bactérias é cada vez maior, e a possibilidade de ocorrer uma gravidez indesejada é quase sempre.

        Caso a mulher venha a ficar realmente grávida, isso implicará nos seguintes sintomas:

        

  • Vergonha
  • Procura esconder dos outros
  • São mais propensas a tomarem decisões impensáveis como: tomar remédios para abortar, dar o filho a outra pessoa ou até mesmo abandona-los.
  • Medo de serem mal vistas pelos vizinhos: Ex. Essa mulher só sabe fazer filho, não se cuida, não tem cabeça, não pensou nas condições que esse filho iria trazer etc.

A demanda que envolve a classe do subproletariado além de ser enorme traz também uma série de transtornos psicológicos com relação ao trabalho em que ele exerce. Hoje é passível dizer que o mundo coorporativo é completamente sustentado pelo desejo e o consumismo em alta, pois nessa perspectiva as pequenas e médias empresas correm incansavelmente atrás de metas, esperando que seus funcionários vistam suas camisas e saiam na luta, numa espécie de excitabilidade pelo dinheiro que ainda está na mão da concorrência.

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