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Resumo Crítico do Filme - O contador de Histórias

Por:   •  9/5/2023  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.617 Palavras (7 Páginas)  •  122 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ARIDO – UFERSA

DISCENTE: Jefferson Joares Bezerra de Medeiros

O filme é da década de 70, baseado em fatos reais, na cidade de Belo Horizonte, onde o personagem, Roberto Carlos Ramos mora com a mãe e nove irmãos na favela. A mãe, então o levou para a Fundação Estadual do Bem-estar do Menor - FEBEM, acreditando que o filho possuiria melhores perspectivas de vida e ainda podendo se tornar médico, advogado ou engenheiro. Na instituição, Roberto Carlos usou sua criatividade para ganhar mais comida e atenção, e também aprendeu a impor a moral entre os presos, mas quando ficou adolescente, foi transferido para outra instituição com regras mais rígidas. Para escapar dos castigos corporais, ele e os outros presos descobriram o mundo das drogas e da pequena criminalidade, fugindo em todas as oportunidades, suas ações eram rotuladas como incuráveis.

Discutir narrativas no processo de ensino e aprendizagem das escolas pode ampliar reflexões sobre questões culturais, sociais e políticas. Entre fugas e ocupações de instituições para crianças pobres e abandonadas, Roberto vai construindo sua própria identidade ao conviver e vivenciar experiências com meninos de rua. Sua vida começou a mudar quando conheceu uma professora de francês que fazia pesquisa na FEBEM. Ela proporciona a Roberto novas experiências, mudando gradativamente suas representações sociais. Esta narrativa cinematográfica reflete como as identidades e representações sociais são construídas com base na experiência vivida, e como elas podem mudar quando apresentadas a novas formas de ver o mundo e agir.

Pode-se ver um momento de grandes mudanças sociais, culturais, econômicas e políticas, e as discussões sobre a situação da criança e do adolescente são cada vez mais relevantes. Como resultado dessas mudanças, a escolaridade passou a desempenhar um papel importante nessa situação. Diante dessa perspectiva, os estudos defendem que a escola deve ser um ambiente de diversidade que promova ferramentas intelectuais básicas para uma melhor compreensão das questões sociais.

Eles também enfatizam a quebra de barreiras disciplinares, permitindo a passagem por diferentes áreas do conhecimento, considerando que uma determinada disciplina não abrange todas as possibilidades de compreensão de um objeto conhecido. Esta análise crítica levanta a possibilidade de uma ação pedagógica na escolarização, especialmente a partir de abordagens de análise.

Do ponto de vista behaviorismo, é possível analisar que a mudança de comportamento do menino se deve aos estímulos negativos a que está exposto, e para se impor tem que se comportar como os outros meninos.

Diante desse contexto e concentra no comportamento, isso indicaria a interação entre o indivíduo e o ambiente. Afirma que o comportamento é sobre interações estímulo-resposta, independente da aprendizagem, que são respondentes. Pode-se deduzir que a fuga ocorreu seguindo a seguinte lógica: se eu sofrer violência na FEBEM, então eu vou fugir para lá; se eles me pegarem de volta, eu vou fugir de novo.

O filme trata de influência do behaviorismo, por exemplo, mostra a cena após a troca das bandeiras (por faixa etária - 7 a 14 anos), em que Roberto Carlos e seus amigos estão sentados no chão, soltando palavrões que sabem que "precisam fazer parte da multidão e pareça ser forte".

Nesse sentido, o cenário em questão, está intimamente relacionado ao behaviorismo radical na medida em que mostra um comportamento que é determinado por seu ambiente em que há necessidade de ter esse comportamento para sobreviver e o que isso faz com eles: "Eles precisam fazer parte da gangue e pareça durão" como diz a cena. Outra cena em que fica clara a relação com o ativismo é quando o protagonista diz a “Cabelinho de Fogo” que quer entrar para a quadrilha porque quer ser como ele e já roubou, fumou maconha, etc.

Uma peça importante neste contexto foi a Pedagoga Margherit que desde do início, o respeitou, o que ele não estava acostumado. Aos poucos, foi ganhando sua confiança, adota-o, ensina-o a ler e o incentiva a dar asas à sua imaginação que ele se mostra riquíssimo ao longo do filme. A professora leva dedicação a Roberto tais como a casa, comida, educação, disciplina, carinho e muito trabalho. Considerando o caminho percorrido por Roberto, seus impulsos e vícios foram fortemente curados, mas a relação e convivência dos dois é aos poucos um ajuste.

Após alguns meses de convivência com a professora, Roberto se alfabetizou e recebeu o mínimo de educação que precisava, mas nem tudo dura para sempre e chegou a hora da professora voltar para a França. Porém, ela decidiu adotar Roberto como filho e o levou consigo para seu país de origem.

Roberto iniciou seus estudos reais, indo para a Universidade e graduando-se em Pedagogia. Anos depois voltou ao Brasil, à casa da mãe biológica, e contou-lhe toda a história, e ela ficou encantada por ele ter se tornado professor, por ter conquistado um futuro digno, diferente da vasta realidade da maioria dos jovens, pobres e negros da época.

Mas agora, ele está de volta como professor com uma mentalidade e propósito totalmente diferentes para realmente fazer um bom trabalho como educador e ajudar as crianças locais a terem a oportunidade de viver como ele.

Algumas reflexões deste filme parecem razoáveis, mas uma reflexão muito importante é a que se trata do contraste entre as instituições da FEBEM e as atitudes docentes dos educadores. Por um lado, uma pedagogia autoritária, centrada no cumprimento de regras, sem respeito ou empatia com os alunos, e por outro lado, temos total sensibilidade, compreensão, envolvimento e cuidado com nossas crianças.

Jean Piaget afirma, apontando que a fase mais importante da vida, e a que os pais e familiares devem dar mais atenção, é a infância e a adolescência, pois é o período mais criativo de uma pessoa, e se não estiver, pode ser incentivado a usar no futuro. Na FEBEM, Roberto não teve toda a atenção que precisava e, com isso, acabou se tornando uma pessoa mais "fechada", o que naturalmente o impediu de se aproximar e aceitar novas pessoas em seu mundo, razão pela qual inicialmente rejeita Margaret porque ele

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