Resumo Estágio Psicoterapia Psicanálise
Por: Mariana Santos • 15/3/2020 • Resenha • 543 Palavras (3 Páginas) • 251 Visualizações
Aluno(a): Mariana Santos Gonçalves Supervisor(a): Silvia Soares Disciplina: Estágio Psicoterapia Psicanálise |
RESUMO:
Sobre o início do tratamento – Novas recomendações sobre a técnica da psicanálise (1913)
Em suas considerações sobre o início do tratamento, Freud objetiva discutir os métodos e procedimentos considerados por ele como relevantes para esse momento. Ele compara suas considerações com um jogo de xadrez, o qual é provido de regras. Entretanto, logo em seguida ele pontua que, dentro desta discussão, essas regras serão chamadas de “recomendações”, as quais não devem ser consideradas imperativas e mecanizadas tendo em vista as diversidades psíquicas envolvidas.
Inicialmente e partindo de sua própria experiência, Freud discute acerca da importância de uma aceitação ao paciente em um momento inicial, sendo esta em um período de uma a duas semanas, sobretudo para que o psicoterapeuta seja capaz de julgar se este paciente está apto para a análise. Freud nomeia esse procedimento de “exame preliminar”. Além disso, o autor acrescenta que, nesse período de experiência, é também importante que o psicanalista esteja atento à razões diagnosticas e cabe à ele observar profundamente os sinais, a fim de evitar equívocos no diagnóstico.
Freud faz algumas outras considerações a respeito das “dificuldades” que o analista pode encontrar, sendo elas: longos debates anteriores ao início da análise, que podem causar uma atitude transferencial de antemão; pacientes que desejam protelar o começo do tratamento (ou apresentam atitudes de resistência, como o atraso); Laços sociais com a família do paciente e por fim, expectativas do paciente com relação ao atendimento (o que envolve confiança ou desconfiança).
Os acordos em relação ao tempo e dinheiro são pontos importantes no início do tratamento. Para cada paciente Freud reserva uma hora do seu dia de trabalho, cabendo a ele fazer ou não uso da mesma. Faz algumas considerações acerca da importância de não fazer grandes interrupções de tempo para alguns casos, além de discutir sobre a questão da duração da análise. Afirma que “a psicanálise é sempre questão de longos períodos de tempo” devido à “atemporalidade de nossos processos inconscientes”, cabendo ao paciente, entretanto, decidir sobre a continuação ou interrupção do tratamento. Afirma que a análise, uma vez começada, segue sua própria rota, cabendo ao analista somente colocar o processo em movimento, e conclui esse assunto ao discutir sobre a importância do analista fixar honorários.
Uma outra recomendação relevante feita por ele é sobre o ponto e com que material deve-se iniciar o tratamento. Em todos os casos, independente do assunto inicial, deve-se deixar que o paciente fale, e ele irá decidir em que ponto começar. É importante também que o analista reforce ao paciente que ele diga tudo o que lhe passa pela mente, e não somente o que julga mais certo, isto é, não deve deixar de fora assuntos que tenha aversão de falar sobre, pois pode ser o material mais valioso que escapou á comunicação.
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