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Resumo PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO, ANÁLISE CRÍTICA

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Por:   •  19/8/2014  •  3.992 Palavras (16 Páginas)  •  565 Visualizações

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SUBSÍDIOS PARA A COMPREENSÃO DAS REPRESENTAÇÕES DO INDIVÍDUO NA SOCIEDADE CAPITALISTA

Digesto:

Compreensão do indivíduo-sociedade, movimento real das relações sociais capitalistas de produção e a sua gênese.

As relações sociais de produção estabelecidas nos diversos momentos da nossa história tinham no início a função precípua de satisfazer as necessidades básicas da coletividade. Com o desenvolvimento das forças produtivas e a evolução de diferentes modos de produção, essas relações se complexificaram e adquiriram a configuração de relações sociais de produção entre capital e o trabalho no modo de produção capitalista.

Para suprir suas necessidades de subsistência os homens permaneciam vinculados às famílias e às tribos. Essa reunião dos indivíduos em grupos, tribos, clãs foi a maneira originária encontrada pelos homens para transformarem a natureza e constituírem sua vida social. A coletividade tribal é uma forma natural de organização em sociedade.

No modo de produção asiático se verifica a existência de uma entidade acima das famílias e dos aldeões, como uma espécie de déspota que se apropria da produção de excedente, recebendo impostos e organizando obras públicas através da exploração do trabalho do homem. E se fortalece devido aos elos sociais e religiosos que uniam as aldeias à sede do poder central.

Em Roma havia uma organização social baseada na propriedade comunal e propriedade privada, cuja estratificação se compunha de patrícios, plebeus e escravos. Enquanto os escravos e plebeus trabalhavam na esfera da produção das condições materiais da existência, os patrícios detinham a maior parte dos bens materiais e não-materiais da sociedade.

No início, os plebeus viviam em condições de existência mais elevadas do que as dos escravos, mas, com a evolução da forma de propriedade privada pelo aumento da população estrangeira originada do resultado das guerras e das conquistas de novas regiões, grande contingente de trabalhadores plebeus, tornou-se escravo.

O romano era um cidadão, fazia parte de um conjunto, mas, nunca isolado. O significado da relação indivíduo e sociedade se encontra, portanto, no modo próprio daquela sociedades produzirem a sua vida material e social de acordo com o desenvolvimento das suas forças produtivas.

Enquanto em Roma o indivíduo se definia como cidadão, na comunidade germânica se definiam com a forma da relação dos proprietários privados entre si, por força de alguns objetivos comuns.A sociedade é somente um acontecimento esporádico onde ocorre união entre indivíduos, apenas a reunião em ocasiões especiais. O camponês germânico não é cidadão do Estado, mas somente membro da comunidade auto-suficiente, que produz como proprietário das condições naturais do seu trabalho.

Da mesma maneira como o ponto de concentração da forma germânica de propriedade não é a cidade, a produção feudal também se desenvolve tendo como ponto de partida a fixação no campo. A relação indivíduo-sociedade nessa forma de propriedade rural se configurou em relações antagônicas entre os senhores feudais proprietários dos meios de produção e os servos que estavam a eles submetidos como elementos da propriedade da terra, simples acessórios. Os servos viviam sob a tutela dos nobres, que eram os proprietários do seu trabalho e daquilo que produziam.

O movimento real do indivíduo na sociedade, que se configura através de relação entre trabalho e o capital, pode ser desvendado a partir da compreenção dos mecanismos de produção e reprodução do capital.

A reunião de vários trabalhadores num mesmo local de trabalho permitiu o aumento da produtividade e concentração do capital.A sua função específica passou a ser a produção de mais-valia (sobrevalor) para o capital. O trabalhador vende a sua força de trabalho em troca do salário que lhe paga o capitalista. Dá-se uma relação de troca que, no entanto, não é uma troca de equivalentes.

A mecanização do processo de produção capitalista total tende a se generalizar na grande indústria, o e trabalhador passa a ser concretamente um simples apêndice da máquina. A direção e o conhecimento dos mecanismos de produção são estabelecidos pelo capital sem a participação do trabalhador.

Neste caso, portanto, sem o conhecimento dos mecanismos de produção, desprovido dos meios de produção e de subsistência e, por isso mesmo, impedido de usufruir dos bens que produz, o trabalhador é obrigado a viver em condições subumanas. Aquilo que no início ocorria como a expropriação da propriedade da terra e das condições inorgânicas de produção se torna agora a expropriação completa do trabalhador dos meios de produção da sociedade, da direção, do conhecimento e construção de sua vida material e social.

A noção de “indivíduo livre” aparece, portanto, com o desenvolvimento da sociedade industrial e do comércio e com a acumulação de capital pela burguesia. A individualidade emerge, desse modo, como premissa fundamental do pensamento liberal a partir dos séculos XV e XVI.

Com o desenvolvimento do capitalismo, o pensamento liberal paulatinamente se formalizou, adotando idéias exigidas pela noção de progresso social, acomodando-se então às necessidades de sociedade de classes antagônicas, onde existem, objetivamente, diferenças sociais entre os indivíduos que não podem mais permanecer encobertas.

Síntese

Somente a partir do surgimento da sociedade capitalista, que se fundamenta nas relações sociais de produção, cuja finalidade é valorização do capital e a pauperização do trabalhador, é que lhe aparecem as idéias de valorização do indivíduo autônomo e livre em lugar de consideração dos homens como cidadãos, servos, senhores, escravos ou qualquer outra categoria para denominar os seres humanos, sociais e históricos.

As formas de representar

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