Resumo Psicologia Sócio-historia

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UNIVERSIDADE DA AMAZÔNIA

PSICOLOGIA

FUNÇÕES E PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS I

DISCENTE: MATHEUS MOURA

BELÉM

2015

01. Quais são as funções da linguagem, segundo Vygotsky? Discuta-as, relacionando pensamento e linguagem.

R: Intercâmbio Social: o homem cria e utiliza sistemas de linguagem com a função de se comunicar com os outros. É a necessidade de comunicação que provoca o desenvolvimento da linguagem.

Pensamento Generalizante: a linguagem torna-se um instrumento do pensamento, agrupando objetos, eventos, situações, sob uma mesma classe ou categoria conceitual.

O pensamento e linguagem traçam caminhos independentes até aproximadamente 2 anos de idade. Depois disso, o pensamento torna-se verbal e a linguagem torna-se racional. Quanto mais rica a linguagem, mais evoluído é o pensamento e assim sucessivamente.

02. O que é saúde mental? Qual o papel do psicólogo na prevenção da doença e promoção da saúde mental?

R: Para a OMS, não há uma definição "oficial" de saúde mental, devido a diferenças culturais, subjetivas e teóricas. O conceito de Saúde Mental deve ultrapassar o de “ausência de doenças/transtornos mentais”. Em geral, Saúde mental refere-se ao nível de qualidade de vida cognitiva ou emocional, incluindo a capacidade de um indivíduo de apreciar a vida e procurar um equilíbrio entre as atividades e os esforços para atingir o bem estar psicológico. Equilíbrio entre mundo interno e mundo externo.

03. Resuma as principais características das quatro teorias da personalidade vistas em sala.

R: Teoria Psicanalítica: Fundada por Freud, essa perspectiva defende que a personalidade é fortemente determinada pelo Inconsciente, principalmente nos primeiros anos de vida. A personalidade consiste em três processos: Id, Ego e Superego.

Teoria Humanista: Fundada por Carl Rogers, segundo esta perspectiva, a motivação humana mais básica é a tendência à atualização.

Teoria Cognitivo Social: O teórico que melhor representa essa perspectiva é Albert Bandura. A personalidade é influenciada pela auto regulação e auto eficácia, ou seja, pela crença das pessoas em quanto elas são capazes de realizar. A auto-eficácia é construída desde a infância, enfrentando desafios e dominando novas habilidades.

Teoria dos Traços de Personalidade: Raymond Cattell e Hans Eysenck são teóricos que defendiam essa perspectiva. Atualmente, a teoria dos traços mais aceita é a proposta por Robert McCrae e Paul Costa Jr. Os tijolos da personalidade podem ser descritos em termos de cinco dimensões: extroversão, neurose, agradabilidade, responsabilidade e abertura a experiências. A Genética comportamental tem demonstrado que esses traços têm um componente genético significativo. As teorias dos traços enfocam a descrição de diferenças individuais. Essas teorias buscam identificar, descrever e medir as características que diferenciam uma pessoa da outra.

04. Discuta diferenciando Sexo, Gênero e Sexualidade.

R: Sexo refere-se ao dado físico biológico, marcado pela presença de aparelho genital e outras características fisiológicas e genéticas que diferenciam os indivíduos entre machos, fêmeas e outras formas de intersexualidade.

Gênero refere-se ao dado social, formado por um aparato de regras e padrões de construção corporal e comportamento que configuram a identidade social das pessoas a partir do substrato físico biológico, do que resultam identificações como masculino e feminino, bem como as múltiplas variantes que desviam da norma, como androginia, travestismo, efeminação ou masculinização, por exemplo.

Sexualidade refere-se ao dado sexual, que se define pelas práticas erótico sexuais nas quais as pessoas se envolvem, bem como pelo desejo e atração que leva a sua expressão (ou não) através de determinadas práticas. Esse dado também é chamado por alguns/as de “orientação sexual”, e comumente classifica as pessoas em “heterossexuais”, “homossexuais” e “bissexuais”.

05. Escreva sobre a importância do “outro” na formação da identidade. Quem são esses “outros”?

R: A identidade depende da diferenciação que fazemos entre o “eu” e o “outro”. Passamos a ser alguém quando descobrimos o outro porque, desta forma, adquirimos termos de comparação que permitem o destaque das características próprias de cada um. As diversas abordagens têm opiniões diferentes a respeito da possibilidade de mudança da identidade ao longo da vida de uma pessoa. Para a psicanálise, o sujeito só pode se definir a partir de sua relação com os pais. O sujeito é produto da relação de amor e identificação com os pais. A criança disputa o amor de um dos pais, buscando identificação com o modelo que o outro representa. Logo os outros são aqueles nos quais vamos nos espelhar para construirmos nossa identidade, pai, mãe, um irmão mais velho e etc.