Resumo a mais útil de todas as ciências
Por: Psicologia010203 • 27/4/2021 • Relatório de pesquisa • 2.046 Palavras (9 Páginas) • 702 Visualizações
AULA ARALI – 15/04
Psicologia no século XVIII
A mais útil de todas as ciências
Configurações da psicologia
Não há parâmetros para a Psicologia em outras ciências, “não há argumentos de uma ciência que se poderia supor anterior a ela, ela não busca nem deve buscá-los em nenhum outro lugar fora do próprio objeto de suas investigações”.
O século 18 foi o século da Psicologia. Todo o cenário histórico legitimou o seu surgimento.
No século XVIII, nas universidades existiam apenas três disciplinas acadêmicas: o direito, a medicina e a teologia (consideradas superiores). Os outros ramos de conhecimento eram subordinados a elas.
A princípio a psicologia era tratada pela física, no estudo empírico da alma ligada ao corpo, quanto pela metafísica, no estudo da essência da alma, separada do corpo.
Nesta época, a psicologia não era reconhecida como uma profissão, mas existiam pessoas que se reconheciam como praticantes dela. Também existiam publicações, estudos, uma terminologia própria, além de estar presente no currículo acadêmico.
A pré-história ou pré-científica, filosófica, especulativa
A psicologia empírica só teve início nos laboratórios da Alemanha no final do século XIX. Tudo o que foi produzido anteriormente a este período é considerado uma “pré-história” da psicologia.
Entende-se que no século XVIII a psicologia já buscava ser quantitativa, experimental e independente dos assuntos metafísicos ou teológicos. Muitos tentavam aplicar o raciocínio matemático ou os modelos físicos aos fenômenos mentais, combinando observações médicas e psicológicas, usando a fisiologia para explicar a interação entre mente e corpo. Portanto, se diz que ela foi “pré-científica” durante este período.
- Shutz acabou por favorecer a integração dos três métodos;
empírico – estabelecer fenômenos.
analítico – desenvolver hipóteses.
sintético – derivar dedutivamente os fenômenos dessas hipóteses formuladas. - O problema da Psicologia é que cada autor queria criar um grande sistema, e nenhum conseguia ter profundidade. Ramos específicos de conhecimento e estudos.
- Trembley apoiava a aplicação do raciocínio matemático, ou modelo físico para os fenômenos e mecanismos mentais, base anatômica da alma, fisiologia das interações mente-corpo.
- No início a Psicologia correspondia a interesses de uma consolidação institucional. O século da Psicologia já não tinha mais nenhuma relação com ela.
O século da psicologia já não tinha mais nenhuma relação com ela mesma, porque ela começa na mão da filosofia e vai indo, aí todo mundo tinha psicologia, todos falavam de entendimento humano, comportamento, etc, porém, ninguém se aprofundava. Então esse século 18 não tinha mais muita coisa a ver com a própria psicologia do século 19.
A palavra e o conceito Psicologia
A palavra Psychologia popularizou-se inicialmente nos textos sobre alma usados nas universidades da Alemanha, no século XIV, com a utilização do método “escolástico” de raciocínio (que representou um retorno do aristotelismo).
Entendia-se que a alma era dotada de diferentes funções que definem o organismo vivo:
- Vegetativa: incluindo nutrição, crescimento e reprodução);
- Sensível: incluindo os sentidos internos e externos, movimento físico, as paixões;
- Racional ou intelectual: incluindo o entendimento, o juízo e a vontade.
Os seres dotados de alma eram hierarquizados de acordo com as faculdades que possuíam: as plantas só tinham a vegetativa, animais tinham a vegetativa e a sensível, e somente o homem possuía as três funções.
Portanto, Psychologia era o nome dado a ciência geral dos seres vivos e tinha caráter naturalista.
A ideia de que o homem é um ser dotado de intelecto imaterial e que a alma persistia após a morte fazia com que estes assuntos também fossem trabalhados pela metafísica e teologia.
Mas com o protestantismo presente nas universidades, o pensamento escolástico perdeu força e a alma deixou de ser vista como o princípio da vida e passou a ser encarada uma parte imaterial responsável pela razão e consciência (ou outras palavras, a mente). JÁ COMEÇA A SE DESLIGAR DESSE CONCEITO DE ALMA PRA COMEÇAR A TER CONCEITO DE MENTE, PQ AI A QUESTÃO DA ALMA FICOU MT MAIS VOLTADA PARA QUESTÕES RELIGIOSAS.
Psicologização
No século XVIII, nas universidades da Alemanha, a psicologia empírica ainda não tinha cátedra própria, mas entrou no ensino acadêmico através da filosofia e se disseminou através de periódicos e manuais (estava na boca do povo). Este processo de disseminação dos conhecimentos da psicologia foi chamado de psicologização.
O início da Psicologia foi na Alemanha, pois existia um subsidio enorme na Alemanha com relação aos estudos, às pesquisas, aos laboratórios e aos professores.
O filósofo John Locke (1632-1704) é considerado o pioneiro nesta tendência psicologizante, em sua obra Ensaios sobre o entendimento humano.
O empirismo, corrente filosófica dominante deste século, define os elementos básicos da psicologização:
- Rejeição de ideias inatas;
- Crítica à metafísica abstrata e substancialista;
- Apelo à observação e à experiência;
- Convicção de que todo conhecimento começa com as sensações e de que ideias complexas podem ser decompostas em elementos mais simples.
Assim, a psicologia se tornou uma disciplina estratégica dentro das ciências humanas e da filosofia.
Outros filósofos aderiram a este processo, como Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), na área da educação, e David Hume (1711-1776), ao unir lógica com o estudo empírico da mente (pois entendia que a tarefa da psicologia era fornecer o conhecimento das operações mentais que a lógica deveria comandar).
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