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Resumo do artigo motivação no trabalho: abordagens teóricas

Por:   •  23/9/2015  •  Resenha  •  2.090 Palavras (9 Páginas)  •  1.654 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O objetivo principal da psicologia do trabalho é motivar os empregados a produzirem mais e atingirem o auge de seu desempenho, para alcançarem altos níveis de satisfação. Veremos a seguir as abordagens teóricas da motivação no trabalho dividas em dois grupos: “teorias de conteúdo” e “teorias de processo”. As “teorias de conteúdo” explicam o fenômeno da motivação a partir das necessidades humanas, apontam o comportamento em direção à satisfação, mas sem considerar as operações psicológicas envolvidos. As “teorias de processo” dão importância às sucessivas etapas do fenômeno da motivação e nos processos psicológicos envolvidos, principalmente os elementos conscientes.

TEORIAS DE CONTEÚDO

TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES

Maslow, com sua Teoria da Hierarquia das Necessidades, apresenta uma teoria pratica e esclarecida onde identifica as principais necessidades humanas e as classifica conforme seu grau de importância e dominação. A medida que as necessidades mais básicas são supridas outras de níveis mais altos surgem. Podem haver variações individuais quanto a intensidade das necessidades e ao momento em que elas surgem como mais importantes.

As hierarquia possui sete níveis de necessidades:

1- Necessidades fisiológicas: tem por objetivo manter o funcionamento equilibrado do organismo e está ligada a sobrevivência individual e da espécie.

2- Necessidades de segurança: objetiva proteger a si mesmo e a família do que pode ser ameaçador e perigoso.

3- Necessidades sociais: objetiva fazer parte do grupo e ser aceito.

4- Necessidades de estima: objetiva o reconhecimento social, o prestigio pelo grupo ao qual faz parte.

5- Necessidades de auto-realização: são desejos intrínsecos, de dentro, que impulsionam um aprimoramento, é um desafio permanente que move o indivíduo a buscar se tornar cada vez mais o que deveria ser.

O trabalho de Maslow estimula o desenvolvimento de novas teorias e tem possibilitado a criação de programas de desenvolvimento de recursos humanos nas organizações, embasados no conhecimento das necessidades e capacidades dos empregados.

TEORIA BIFATORIAL DE MOTIVAÇÃO – HIGIENE

Criada por Herzberg e seus colaboradores, esta teoria entende que o rendimento do empregado varia de acordo com o nível de satisfação, podem ser descritas experiências satisfatórias ligadas a fatores intrínsecos que podem ser em relação ao trabalho em si ou insatisfatórias ligadas a fatores extrínsecos que podem ser em relação às condições de trabalho. Os fatores intrínsecos são os “motivadores”, possuem características pessoais como realização e reconhecimento. Os fatores extrínsecos são os “fatores de higiene”, pois não estabelecem relação com o trabalho em si, mas sim as condições de trabalho como por exemplo o sistema salarial e de supervisão.

Diferentemente de Maslow, que é centralizado nas necessidades humanas, Herzberg focaliza também nos incentivos que propiciam a satisfação dessas necessidades, ligando os fatores de higiene às necessidades fisiológicas, de segurança e sociais e os fatores de motivação com as necessidades de estima e auto-realização.

TEORIA Y

Formulada por McGregor, esta teoria expõe que a motivação principal do ser humano está em suas realizações pessoais, trabalho produtivo, aceitação de responsabilidades e adequação de suas metas pessoais com as da organização, seu desemprenho é a fonte da satisfação. Nesta teoria tem foco na valorização do empregado, dando a ele estímulos para atingir suas metas e satisfazer suas necessidades.

Esta teoria se assimila com as ideias de Argyris, que destacam o valor das metas do empregado integradas com as da organização e que o ambiente de trabalho adequado é aquele que proporciona ao empregado desenvolvimento ocupacional e crescimento psicológico, fazendo com que se sinta parte efetivamente da organização.

TEORIA DE MCCLELLAND – PODER, AFILIAÇÃO E REALIZAÇÃO

McClelland investigou os motivos que levam as pessoas a agirem de determinadas maneiras, inter-relacionou as necessidades e propõe que na maioria das pessoas estão presentes três tipos de necessidades, as de poder, afiliação e realização. Essas necessidades se apresentam em níveis variados nos indivíduos. Nas organizações essas definições trazem o sucesso gerencial e a independência de ação, porem quando se apresentam em excesso os efeitos são negativos, a não ser que sejam controlados pelas outras necessidades.

Quando as necessidades prevalentes são as de realização o indivíduo se esforça para se destacar no grupo em que está inserido, assumindo desafios e adquirindo responsabilidades. Quando as necessidades que prevalecem são de afiliação o interesse está voltado às relações sociais e em ser aprovado pelos outros e/ou pelo grupo. Quando as necessidades estão voltadas ao poder o indivíduo se preocupa em ser prestigiado e controlar as outras pessoas, são as características do líder, essas características podem ter efeitos positivos e negativos, quando a necessidade de poder é exacerbada podem causar complicações.

TEORIA ERG (EXISTÊNCIA-RELACIONAMENTO-CRESCIMENTO)

Derivada das ideias de Maslow e formulada por Alderfer, esta teoria possui três níveis de hierarquia e o processo pode ser progressivo ou regressivo, pode-se obter a satisfação como a frustração por essas satisfações terem sido bloqueadas. Para Alderfer as necessidades são de existências (E), que englobam as fisiológicas e de segurança da hierarquia de Maslow, as de relacionamentos (R) que englobam as sociais e de estima de Maslow e as de crescimento que englobam a auto-realização de Maslow.

TEORIA Z

Criada por Ouchi, esta teoria se baseia nas características das empresas japonesas, que possuem altos índices de produtividade, e propõe adaptações culturais a esta teoria. O “estilo Z” é descrito pela importância que demonstra pelos recursos humanos em relação aos processos de produção e pelo valor aplicado ao ambiente organizacional estimulador.

A “família organizacional” é a ideia que sustenta o “estilo Z”, é uma ideia baseada na harmonia no ambiente organizacional, com se realmente fosse uma família, onde existe o trabalho de grupo mas também tenha espaço para as metas individuais,

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