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Resumo o que é o neurótico

Por:   •  7/12/2018  •  Resenha  •  604 Palavras (3 Páginas)  •  185 Visualizações

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"O homem transcende somente através da sua verdadeira natureza, não através da ambição e de objetivos artificiais"

Neste capítulo o autor retrata de que forma o neurótico se apresenta diante do mundo e diante da psicoterapia, trazendo visões sobre as questões acerca do autoconceito, do preconceito consigo próprio e algumas impressões que os clientes podem apresentar sobre o terapeuta.

O cliente neurótico, segundo Perls chega ao set terapeutico com óculos escuros, ligado ao passado - agindo de forma repetitiva sobre novos eventos acontecidos no presente-, apresentando uma visão bastante vaga sobre o presente e preocupado com o futuro - preocupação essa que pode ser apresentada como uma tortura . As impressões sobre o terapeuta podem ser extremas, tanto pra o titulo de salvador quanto para o de charlatão, no decorrer do capítulo ele descreve que tal impressão pode se moldar de acordo com a circunstância do tratamento indo de um extremo a outro. Porém é importante salientar que o cliente que procura  terapia está passando por uma crise existencial, que pode ser desencadeada por vários fatores, quais não devem ser negligenciados.

O neurótico tenderá a identificar sua existncia pessoal com a sua posição social, caso esta posição seja ameaçada a crise existencial tende-se a desencadear, sendo assim é importante valorar a procura da terapia por parte do cliente, pois esta identifica a admissão desta crise, procurando assim no terapeuta o suporte  que o ajudará seus apoios que naquele instante se apresentam inadequados.

Perls, deixa bem claro que  não é tarefa do terapeuta fazer  julgamento de valor sobre as necessidades existenciais trazidas  pelo cliente,  reduzir estes a uniformidade, e muito menos compará-las as próprias necessidades que são suas, ou seja, as necessidades variam, os objetivos variam, e neste quésito tudo é relativo. A tarefa do terapeuta é facilitar o desenvolvimento para que habiletem o cliente  a encontrar formas de alcançar seus objetivos, e tal processo só terá realmente sucesso se   for realizado por ele próprio, mesmo que ele esteja procurando por um muro de lamentações, um ombro amigo ou algo do gênero, a função do terapeuta é fornecer formas de o cliente neurótico renovar seu auto-suporte, e não  servir de moletas para este, pois o mesmo tenderá a manipular o processo, não pelo simples fato de ter autocontrole, mas sim para preservar e  nutrir suas desvantagens, sendo que o objetivo da terapia é livrar-se destas. Estes meios de manipulação do processo terapeutico pode se apresentar de diversas formas, falar demais, falar pouco, mentir sobre promessas, e etc.

Ainda neste capítulo,  Perls critica a forma como as terapias tidas como tradicionais na época em que foi inscrito este não são tão válidas quanto parecem, segundo ele não é focando no passado do cliente que se teria um real desenvolvimento na situação atual. Além disso, Perls apresenta a ideia de que toda uma série de "por quês" investigativos tendem a licenciar o cliente a projetar suas dificuldades em outras pessoas, a mesma postura deve ser tomada diante dos sonhos, propõe-se que invés de tentar interpretá-los o cliente  o reviva de forma extensiva e intensiva para descobrir assim o paradoxo que este apresentou. Sobre a questão do apoio ambiental, esteé preciso ser visto com cuidado, neste caso o mesmo não deve ser visto como um apoio a necessiodade transferencial, pois pode se tornar apenas um jogo que alimentará ainda mais a neurose do cliente, mas por outro, se este torna possivel a assimilação do bloqueio e do material que está sendo bloqueado facilita o desenvolvimento do paciente.

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