Resumo o que é o neurótico
Por: Jorge Santiago • 7/12/2018 • Resenha • 604 Palavras (3 Páginas) • 185 Visualizações
"O homem transcende somente através da sua verdadeira natureza, não através da ambição e de objetivos artificiais"
Neste capítulo o autor retrata de que forma o neurótico se apresenta diante do mundo e diante da psicoterapia, trazendo visões sobre as questões acerca do autoconceito, do preconceito consigo próprio e algumas impressões que os clientes podem apresentar sobre o terapeuta.
O cliente neurótico, segundo Perls chega ao set terapeutico com óculos escuros, ligado ao passado - agindo de forma repetitiva sobre novos eventos acontecidos no presente-, apresentando uma visão bastante vaga sobre o presente e preocupado com o futuro - preocupação essa que pode ser apresentada como uma tortura . As impressões sobre o terapeuta podem ser extremas, tanto pra o titulo de salvador quanto para o de charlatão, no decorrer do capítulo ele descreve que tal impressão pode se moldar de acordo com a circunstância do tratamento indo de um extremo a outro. Porém é importante salientar que o cliente que procura terapia está passando por uma crise existencial, que pode ser desencadeada por vários fatores, quais não devem ser negligenciados.
O neurótico tenderá a identificar sua existncia pessoal com a sua posição social, caso esta posição seja ameaçada a crise existencial tende-se a desencadear, sendo assim é importante valorar a procura da terapia por parte do cliente, pois esta identifica a admissão desta crise, procurando assim no terapeuta o suporte que o ajudará seus apoios que naquele instante se apresentam inadequados.
Perls, deixa bem claro que não é tarefa do terapeuta fazer julgamento de valor sobre as necessidades existenciais trazidas pelo cliente, reduzir estes a uniformidade, e muito menos compará-las as próprias necessidades que são suas, ou seja, as necessidades variam, os objetivos variam, e neste quésito tudo é relativo. A tarefa do terapeuta é facilitar o desenvolvimento para que habiletem o cliente a encontrar formas de alcançar seus objetivos, e tal processo só terá realmente sucesso se for realizado por ele próprio, mesmo que ele esteja procurando por um muro de lamentações, um ombro amigo ou algo do gênero, a função do terapeuta é fornecer formas de o cliente neurótico renovar seu auto-suporte, e não servir de moletas para este, pois o mesmo tenderá a manipular o processo, não pelo simples fato de ter autocontrole, mas sim para preservar e nutrir suas desvantagens, sendo que o objetivo da terapia é livrar-se destas. Estes meios de manipulação do processo terapeutico pode se apresentar de diversas formas, falar demais, falar pouco, mentir sobre promessas, e etc.
Ainda neste capítulo, Perls critica a forma como as terapias tidas como tradicionais na época em que foi inscrito este não são tão válidas quanto parecem, segundo ele não é focando no passado do cliente que se teria um real desenvolvimento na situação atual. Além disso, Perls apresenta a ideia de que toda uma série de "por quês" investigativos tendem a licenciar o cliente a projetar suas dificuldades em outras pessoas, a mesma postura deve ser tomada diante dos sonhos, propõe-se que invés de tentar interpretá-los o cliente o reviva de forma extensiva e intensiva para descobrir assim o paradoxo que este apresentou. Sobre a questão do apoio ambiental, esteé preciso ser visto com cuidado, neste caso o mesmo não deve ser visto como um apoio a necessiodade transferencial, pois pode se tornar apenas um jogo que alimentará ainda mais a neurose do cliente, mas por outro, se este torna possivel a assimilação do bloqueio e do material que está sendo bloqueado facilita o desenvolvimento do paciente.
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