Resumo sobre Terapia Cognitivo Comportamental
Por: Nobre7 • 28/8/2019 • Trabalho acadêmico • 550 Palavras (3 Páginas) • 399 Visualizações
Resumo sobre Terapia cognitivo comportamental
No início dos anos setenta existiam três abordagens principais que dominavam o campo da psicoterapia: A psicanálise, behaviorismo e humanismo, a partir daí começou-se a desenvolver as Terapias Cognitivo-Comportamentais, sendo assim reconhecida como a quarta força na psicoterapia. A TCC originou-se com o objetivo de tratar a depressão unipolar (Beck,1970), porém hoje é aplicada em diversos transtornos e populações, tais como transtorno de ansiedade, dependências químicas, transtornos de personalidade, transtornos alimentares, transtorno bipolar entre outros.
Dobson (2001) nos diz que embora haja uma variedade de terapias-cognitivo-comportamentais existem algumas características fundamentais que as definem, a primeira delas é que a atividade cognitiva influencia o comportamento. Ou seja, a forma que o sujeito avalia os fatos pode influenciar nas respostas a estes fatos. A segunda diz respeito à atividade cognitiva, que pode ser monitorada e alterada, entende-se que a avaliação da atividade cognitiva é um prelúdio para a sua alteração, embora seja por meio do exame não apenas do processo de cognição, mas também da interdependência entre os sistemas cognitivo, comportamental e afetivo que nossa compreensão de mudança poderá aumentar. A terceira fase diz que o comportamento desejado pode ser influenciado por meio da mudança.
A Terapia-Cognitiva-Comportamental proposta por Beck e baseada na conceitualização, é uma abordagem estruturada, diretiva e colaborativa, com uma característica educacional, orientada para o aqui e agora, de prazo limitado, atualmente é muito indicada por sua eficácia comprovada cientificamente para tratamentos de transtornos mentais, tais como depressão, ansiedade transtornos de personalidade, esquizofrenia, entre outros.
Para Knapp (2004), A TCC trabalha basicamente com identificação e reestruturação de três níveis de cognição: pensamentos automáticos, crenças intermediárias e crenças nucleares. O paciente aprenderá a identificar seus pensamentos e modificar sua forma distorcida de pensar, identificar e modificar as emoções que provocam estes pensamentos, identificar e modificar também os comportamentos que são considerados consequências de seus pensamentos e emoções, e assim utilizar formas alternativas, mais funcionais de pensar e comportar-se frente aos acontecimentos, poderá reestruturar as crenças nucleares, solucionar problemas, e desenvolver estratégias de enfrentamento, e habilidades necessárias para isso, e ainda poderá prevenir recaídas.
Segundo Safran (2002), por muito tempo houve um investimento dos seguidores da abordagem cognitivo comportamental, no aprimoramento de técnicas psicoterápicas, com o objetivo de mudar e explorar os transtornos psicológicos, o que resultou uma super confiança na eficácia das técnicas utilizadas, e com isso ignoraram questões fundamentais como a relação terapêutica. Num entanto existe uma interdependência entre as técnicas e a relação terapêutica, de forma que a ação e resultado das técnicas depende do contexto da relação que elas acontecem. Este resultado segundo a revisão realizada por Burns e Auerbach (1996) é observado através da melhora significativa de pacientes de terapeutas empáticos em comparação aos pacientes de terapeutas com menor grau de empatia. Concluindo-se assim que a qualidade da aliança terapêutica significa um bom prognóstico de resultados em diferentes abordagens.
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