SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO (RESUMO)
Por: soaresj • 25/4/2015 • Trabalho acadêmico • 5.426 Palavras (22 Páginas) • 1.414 Visualizações
SENSAÇÃO E PERCEPÇÃO (RESUMO)
“Tenho visão perfeita”, explica minha colega Heather Sellers, escritora e professora de redação. Sua visão pode ser boa, mas a percepção tem um problema. Ela não consegue reconhecer rostos. Sua permanente prosopagnosia cegueira facial. “Não posso distinguir atores em filme e na televisão, não reconheço a mim em fotos ou em vídeo, não pude determinar qual marido era o meu em uma festa, no shopping, no mercado”.
Essa curiosa mistura de “Visão perfeita” e cegueira facial ilustra a distinção entre sensação e percepção. Sellers olha pra um amigo, sua sensação é normal: seus receptores sensoriais detectam a mesma informação que os nossos detectariam, e eles transmitem essa informação para o cérebro. E sua percepção – a organização e a interpretação de informações sensoriais que lhe possibilitam reconhecer objetos conscientemente – é quase normal.
Assimilando o mundo: Alguns princípios básicos
Em nossas experiências cotidianas, sensação e percepção fundem-se em um processo continuo. Começamos com os receptores sensoriais e evoluímos para níveis mais elevados de processamento.
Os Psicólogos referem-se à analise sensorial que começa em seu ponto de entrada como processamento top-down (de cima para baixo), a mente também interpreta o que os sentidos detectam, o processamento bottm-up habilitam nossos sistemas sensoriais a detectar as linhas, os ângulos e cores.
Limiares Absolutos
Somos extremamente sensíveis a certos tipos de estímulos. De pé no cume de uma montanha em uma noite de céu claro e absolutamente escura, a maioria de nos seria capaz de ver a chama de uma vela em outro cume a cerca de 50 quilômetros de distancia.
A estimulação mínima necessária para detectarmos uma luz, um som, uma pressão, um sabor ou um odor específico em 50% das vezes. Limiares absolutos podem variar de acordo com a idade. A sensibilidade a sons agudos declina com o envelhecimento normal, causando aos ouvidos mais idosos a necessidade de um som mais alto para ouvirem um toque mais agudo de um celular.
Detecção de Sinais
Detectar um estimulo fraco, ou sinal, depende não apenas de sua intensidade, mas também de nosso estado psicológico – nossa experiência, expectativas, motivação e vigilância. Estudos mostraram, por exemplo, que a capacidade de captar um sinal tênue diminui após cerca de 30 minutos.
Essa redução, no entanto, depende de tarefa, do horário e até mesmo do exercício periódico dos participantes.
Estimulação Subliminar
Podemos perceber de modo inconsciente estímulos subliminares (literamente “abaixo do limiar”) e sem nos darmos conta, esses estímulos têm extraordinários poderes sugestivos. Podemos? Eles têm mesmo?
Podemos perceber estímulos abaixo de nossos limiares absolutos? Em certo sentido, a resposta é clara: sim. O fato de haver sensação subliminar confirma as alegações de persuasão subliminar? Seriam os anunciantes realmente capazes de nos manipular com “persuasão oculta”? O quase consenso entre os pesquisadores é que não.
Limiares Diferenciais
Para funcionar de maneira efetiva, precisamos de limiares absolutos baixos o bastante para nos permitir detectar visões, sons, texturas, sabores e odores importantes. Pais devem detectar o som da voz de seu próprio filho entre as de outras crianças.
O limiar diferencial é a deferência mínima que uma pessoa (ou uma ovelha) pode detectar entre dois estímulos quaisquer em metade das vezes. Essa diferença detectável aumenta com o tamanho do estimulo. Lei de Weber: para que sua diferença seja perceptível, dois estímulos devem diferir em uma proporção constante – não em uma quantidade constante. A proporção exata varia, dependendo do estimulo. Para uma pessoa média perceber suas diferenças, duas luzes devem diferir por volta de 8% em intensidade. Dois objetos devem diferir por volta de 2% no peso. E dois tons devem diferir apenas 0.3% na frequência.
Adaptação Sensorial
Ao entrar na sala de estar de seus vizinhos, você sente um cheiro de mofo. Você se pergunta como eles o suportam, mas em minutos deixa de percebê-lo. A adaptação sensorial – a diminuição de nossa sensibilidade a um estimulo constante - vem para salvá-lo. Após a exposição continua a um estimulo, nossas células nervosas disparam com menos frequência.
Limiares e adaptação sensoriais são apenas duas das características que os sentidos compartilham. Todos eles recebem estimulação sensorial e transformam em informação neural, que é enviada ao cérebro.
Visão
Parte desse talento é a nossa capacidade de converter um tipo de energia em outro. Nossos olhos, por exemplo, recebem energia luminosa e a transduzem (transformam), em mensagens neurais que o cérebro então processa, formando aquilo que vemos conscientemente.
A entrada de Estimulo: Energia Luminosa
Cientificamente falando, o que atinge nossos olhos não é a cor, mas pulsos de energia eletromagnética que o nosso sistema visual percebe como cor. O que vemos como cor nada mais é que uma fina fatia de todo o espectro de radiação eletromagnética.
Duas características físicas da luz ajudam a determinar a experiência sensorial que temos dela. Seu comprimento de onda – a distancia de um pico de onda para o seguinte – determina o matriz (a cor que experimentamos, como azul ou verde). A intensidade, a quantidade de energia nas ondas luminosas (determinada pela amplitude, ou altura, de uma onda), influencia o brilho. Para entender como transformamos energia física em cor e significado, é necessário primeiro entender a janela da visão, o olho.
O OLHO
A luz entra no olho através da córnea, que protege o olho e desvia a luz para prover foco. A luz então passa pela pupila, uma pequena abertura ajustável rodeada pela íris, um músculo colorido que ajusta a entrada de luz, a íris dilata-se ou contrai-se em resposta à intensidade da luz e mesmo a emoções.
Atrás da pupila encontra-se o cristalino, que focaliza os raios luminosos que entram, formando uma imagem na retina, um tecido de múltiplas camadas sensível à luz, na superfície inteira do globo ocular. O cristalino focaliza os raios alterando sua curvatura, em um processo denominado acomodação.
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