SOBRE O INÍCIO DO TRATAMENTO NOVAS RECOMENDAÇÕES SOBRE A TÉCNICA PSICANÁLISE
Por: Jose Expedito Dias Reis • 19/9/2020 • Resenha • 1.188 Palavras (5 Páginas) • 242 Visualizações
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFACID
DISCIPLINA: TÉCNICAS PSICOTERÁPICAS: PSICANÁLISE
PROF.º DORINALDO JUNIOR
CURSO: PSICOLOGIA TURNO: MANHÃ
Aluno: JOSE EXPEDITO DIAS REIS. MATRICULA: 182.101.460
RESENHA
- REFERÊNCIAIS BIBLIOGRÁFICO
FREUD, Sigmund. Sobre o Início do Tratamento (Novas Recomendações Sobre a Técnica Psicanálise I) In: FREUD, Sigmund. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, 2006. v.12
- CREDENCIAIS DOS AUTOR(ES).
Sigismundo Schlomo Freud nasceu Freiberg in Mähren, em 6 de maio de 1856. Sua cidade natal fazia parte do então Império Austríaco e é onde hoje se localiza a República Tcheca. Ele faleceu em 23 de setembro de 1939, em Londres, Inglaterra. Em 1878 muda seu nome Sigmundo Freud. Foi médico e pesquisador, criou a Psicanálise, método utilizado para o tratamento de doenças mentais. Suas teorias modificaram a maneira de ver o ser humano e influenciaram a Medicina, a Educação, as Artes, tornando-o um grande ícone do século XX. Algumas de suas principais obas: Estudo sobre Histeria (1895); A interpretação dos sonhos (1899);Três ensaios sobre a Teoria da Sexualidade (1905);Totem e Tabu (1913);O Inconsciente (1915); Introdução à Psicanálise (1917); Psicologia das Massas e Análise do Ego (1923); Psicanálise e Teoria da Libido (1923); O Ego e o Id (1923); Neurose e Psicose (1924); O Futuro de uma ilusão (1927).
- TESE PRINCIPAL DO AUTOR(ES)
O texto em análise começa na pg. 74 e vai até a pg. 89, e foi escrito em 1913, traz algumas orientações ou sugestões para profissionais que desejam utilizar o método psicanalítico, onde Freud discorre sobre um conjunto de condições mínimas do setting analítico. Na pg. 75, não se absteve de chamar essas regras de “recomendações” e não reivindica qualquer aceitação incondicional para elas porque “[...] a extraordinária diversidade das constelações psíquicas envolvidas, a plasticidade de todos os processos mentais e a riqueza dos fatores determinantes opõem-se a qualquer mecanismo da técnica”, esclarecendo que, o que se mostra ineficaz em uma análise pode funcionar em outra, e o revés também é verdadeiro. Freud coloca a Psicanálise como um processo de ressignificação aberto, onde cada caso é único, podendo o universal considerar o particular, e nunca o particular poderá ser o universal.
- PONTOS NEGATIVOS DA OBRA
Conhecido como o pai da psicanálise, Sigmund Freud foi o responsável pela revolução no estudo da mente humana. Porém em suas obras temas com “diferenças” sempre foi de interesse de Freud. É possível perceber que vários dos conceitos utilizados por ele estão de algum modo relacionados à temática da diferença. No texto em apreço é notável isso na pg. 76:
[...] existem psiquiatras que hesitam com menos freqüência em seu diagnóstico diferencial, mas convenci-me de que, com a mesma freqüência, cometem equívocos. Cometer um equívoco, além disso, é de muito mais gravidade para o psicanalista que para o psiquiatra clínico, como este é chamado, pois o último não está tentando fazer algo que seja de utilidade, seja qual for o tipo de caso.
Tão logo Freud lançou as bases de fundação da psicanálise, logo foi vítima de ataques coléricos, por um lado, e de adeptos entusiasmados, por outro. Cremos que isso trouxe marcas no velho Freud que sempre criticava a psiquiatria do por negar uma certa autonomia do psíquico frente ao somático, como se isso representasse algum retrocesso científico em direção a uma antiga "metafísica da mente. Isso torna-se um ponto negativo no texto em apreço.
- PONTOS POSITIVOS DA OBRA
O texto em análise “Sobre o Início do Tratamento (Novas Recomendações Sobre a Técnica Psicanálise I)”, do neurologista Freud, existem com abundância pontos relevantes, porém queremos destacar somente alguns que achamos mais contundentes. Na pg. 80, Freud desperta os novos profissionais para o tempo de tratamento, “[...] Para falar claramente, a psicanálise é sempre questão de longos períodos de tempo, de meio ano ou de anos inteiros - de períodos maiores do que o paciente espera. É nosso dever, portanto, dizer-lhe isso antes que ele se decida finalmente sobre o tratamento”. A questão de tempo perpassa toda a obra de Freud.
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