Sapienza. Conversa sobre terapia
Resenha: Sapienza. Conversa sobre terapia. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: calvo • 1/11/2014 • Resenha • 381 Palavras (2 Páginas) • 2.716 Visualizações
Segundo SAPIENZA (2004) um paciente não vem para um encontro psicológico com questões intelectuais para resolver, mas com aquelas que se referem à sua vida e aos sentimentos que a compõem: abandono, angústia, ansiedade, medo, frustração, incerteza, tédio, culpa.
Um encontro psicológico por ser permeado e perpassado por sentimentos humanos é um espaço que acolhe o sentir e possibilita sua expressão – de um choro embargado, por exemplo -, sendo além disso, um “espaço afetivo que pode servir de um novo chão, de um novo ponto de partida” (SAPIENZA, 2004, p. 109).
SAPIENZA, B. T. (2004). Conversa sobre terapia. São Paulo: Educ; Paulus.
Segundo Sapienza (2007) temos para cada paciente um olhar que é dirigido para ele em particular, para aquela história de vida, para as possibilidades de desdobramento daquele futuro. Mas não perdemos de vista a compreensão que temos de tudo aquilo que, ontologicamente, caracteriza o Dasein, ou seja, os existenciais ou seus caracteres fundamentais. Dasein é ser-com mesmo quando escolhe estar só ou é obrigado a isso. E esse ser-com acontece sempre numa determinada afinação. No seu ser-com outro, Dasein sempre “se encontra”, ou está numa determinada afinação. O modo prevalente de alguém ser com os outros marca grandemente a tonalidade afetiva de sua vida.
Segundo Sapienza (2007) o terapeuta deve se empenhar não apenas na explicitação do sentido do que aparece, como na ampliação desse sentido, na procura do que pode estar encoberto – pois o que é se dá e se oculta – propiciando assim que o paciente possa alargar e aprofundar a compreensão de como está sendo seu modo de existir.
SAPIENZA, B. T. (2007). Do desabrigo à confiança: daseinsanalyse e terapia. São Paulo: Escuta.
Segundo Sapienza (2008) “com o paciente em nossa sala, o fenômeno que buscamos compreender e explicitar, para ele principalmente, é a existência dele. Se estivéssemos ancorados em uma teoria, talvez isso facilitasse nosso trabalho. Como não estamos, somos solicitados a ter para cada um deles um olhar especial, único, atento ao sentido daquela vida; mas esse olhar será tão mais profundo e apropriado quanto mais tivermos nos aprofundado na compreensão do que caracteriza a existência humana”.
SAPIENZA, B. T. Conversa sobre terapia. São Paulo. Educ, 2008.
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