Conversas Sobre Politica
Artigo: Conversas Sobre Politica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ValmirCutrim • 16/6/2013 • 486 Palavras (2 Páginas) • 1.141 Visualizações
ALVES, Rubens. Conversas sobre política. Edição revista e ampliada. Campinas, SP: Verus, 2010.
Conversas sobre Política nos convida a enxergar a política de forma mais complexa em sua realidade, inicialmente trata a prática da politicagem, fazendo uma relação entre a política e jardinagem, destacando que a política deve ser uma vocação, ou seja, uma prática feita com prazer e felicidade. O autor critica a figura do Estado, a obrigatoriedade do voto e a educação do país, jogando o leitor a lembrar de que a escolha é nossa, e se não temos boas opções, escolher quem causa o estrago menor. Mostra política atual como algo que não produz sonhos, por que seu foco está em coisas erradas, deixando o povo sem esperança de um representante que se importe com os sonhos do povo e o bem comum, deixando a sociedade viver em um “jardim” onde não há o bom cheiro de flores. O autor, na condição de cidadão que faz parte do povo, relata a imagem da política atual descrevendo o estado que o povo se encontra a espera de alguém que mude esse quadro político atual, compara os eleitos a gênios de garrafas, onde suas vontades é realizar sonhos dos seus donos, sem questionamentos. Em reflexo comparativo da criminalidade antiga com atual, faz-se uma crítica à corrupção da policia e ineficácia de algumas leis, abrangendo assim a falta de uma ordem social que a sociedade precisa. A manipulação que a política exerce sobre a sociedade também é alvo de critica por Rubem Alves, assim ele observa que enquanto os políticos detém o controle, o homem será predador dele mesmo, causando assim para os seus semelhantes um desespero social, onde temos que nos preocupar e nos proteger da nossa própria espécie. Em uma de suas críticas o autor fala sobre a necessidade de uma melhora na educação, coisas que vários partidos políticos costumam enfatizar em suas propagandas, porém a esperança de melhora não é provocada por nenhum, assim o autor cita outra necessidade, esta em relação ao povo, de realizar mais manifestações. Os partidos políticos também são criticados, em especial o PT e a sua transformação no passar do tempo, tratando assim a corrupção e o desinteresse com a população, que por não ter poder de fazer nada se torna apenas um mero espectador de cenas como a “dança do deboche” e o “dinheiro na cueca”. A crença popular em utopias, ditas em propagandas partidárias tornam a população meramente “burra”, principalmente na visão dos políticos que encaram o poder como objetivo principal da política. O autor cita a figura do ex-presidente Lula, como uma figura que cresceu no sistema político, não apenas em conhecimento, mas como pessoa. No final do livro é feito uma relação da construção de Brasília e a sua arquitetura com a situação política vivida lá, criticando com um pouco de humor o criador desta arquitetura Oscar Niemeyer.
Palavras-chave: Política. Brasil. Democracia. Povo. Voto. Estado.
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