Sintese livro raizes da psicologia
Por: suh_sa • 19/5/2017 • Resenha • 6.425 Palavras (26 Páginas) • 1.961 Visualizações
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FACULDADE UNIGRAN CAPITAL
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SUELLEN DE SÁ
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SÍNTESE DO LIVRO RAÍZES DA PSICOLOGIA
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Campo Grande
Abril 2016
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FACULDADE UNIGRAN CAPITAL
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SUELLEN DE SÁ
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SÍNTESE DO LIVRO RAÍZES DA PSICOLOGIA
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Campo Grande
05 de Abril de 2016
PARTE I
A PSICOLOGIA FILOSÓFICA OU PRÉ-CIENTÍFÍCA
1. Período cosmológico: os filósofos e as primeiras raízes da psicologia
(Idade Antiga)
Considerando que todo o processo de civilização ocidental e produção de conhecimentos filosóficos tiveram origem na Grécia antiga, de onde surgiram também os primeiros filósofos e pensadores, entendemos que a base para a construção da Psicologia como conhecemos hoje é originada de lá também.
Com o inicio do período Cosmológico (Século VI) surgiram os primeiros filósofos a tentar entender e explicar o cosmos, sua origem e funcionamento. Buscando encontrar respostas que suplantassem a explicação mitológica, que ate então era a única teoria existente para a origem do universo.
A maneira utilizada nessa investigação da origem do mundo ficou conhecida como Elementismo, visando reduzir o maior complexo ao elemento mais simples possível onde encontrariam a origem de todas as coisas.
Abaixo estão listados alguns filósofos deste período, também conhecido como pré-socrático.
Tales de Mileto (640-548 a.C.) foi o primeiro filósofo a buscar uma explicação para o cosmos em um elemento da natureza.
Para ele a origem de todas as coisas (Arché) seria a água. Pois, ao observar a natureza, percebeu que a água poderia ser encontrada na maior parte dos componentes do reino animal, vegetal e mineral. Concluindo, então, que estaria na água a origem do universo.
Heraclito de Éfeso (540-475 a.C.) Em sua observação do mundo percebeu que tudo estava em constante transformação.
Acreditava que o processo em será mais importante que o elemento único. Sua “Arché” seria então o “Devenir” (vir a ser, movimento), com o fogo sendo o elemento básico do cosmos, pois acreditava que tudo era como o fogo e não existia substancia alguma duradoura.
Seu pensamento contribuiu para a psicologia na formação da teoria de que o psicólogo trabalha com essa variação constante e processos que estão sempre mudando.
Pitágoras de Samos (570-496 a.C.) acreditava que o “Arché” era o número. O cosmo seria regido e harmonizado pelos princípios matemáticos.
Formulou um conceito central chamado conceito de harmonia; harmonia do corpo e alma, pais e filhos, de família e Estado, e de Estados entre si.
Propôs a existência de uma alma imortal que habitava no corpo, precedendo a teoria de Platão. Fez uso do termo quantitativo em sua busca pelo descobrimento da origem do universo, termo este que é utilizado ainda hoje pelas ciências modernas.
Anaxágoras de Clazômenas (499-428 a.C) Sua tentativa de explicar o cosmos não era elementista, pois acreditava em uma grande diversidade de elementos, sementes (homeomeriais) que continham o gérmen das coisas. Alguma inteligência ordenadora teria separado essas sementes que foram retiradas do magma e deram origem a todas as coisas. Dizia "tudo está em tudo, pois em cada coisa há uma parte de todas as outras" e contrariava os atomistas acreditando nessa ação divina que iniciou a criação de todas as coisas que então se desenvolveram e se transformaram de maneira mecânica.
Demócrito de Abdera (460-370 a.C) o último elementista desse período, eliminou todo o pensamento místico e acreditou no átomo como o elemento fundamental que estaria presente em todos as coisas do universo.
Haviam átomos materiais e átomos espirituais (alma). Foi o criador do primeiro sistema materialista da antiguidade com a lei “rígida e cega” do movimento dos atos. Determinista, acreditou que a natureza não tinha causa e se explicava por si mesma. Deu importância ao papel dos estímulos externos na determinação do comportamento contra a teoria do livre arbítrio, sendo o homem controlado por forcas externas e sem o domínio de seus atos.
Esses são os principais filósofos e teorias do período cosmológico, pode-se dizer que deram origem ao processo de nascimento da Psicologia.
Depois vieram os Sofistas que retiraram o foco dos estudos da origem do mundo passando-o para o homem e criando assim a fase antropocêntrica, dando origem ao humanismo onde surgiram as questões específicas de ordem psicológica.
2. Período Antropocêntrico da antiguidade: os filósofos e as verdadeiras
raízes psicológicas
Os Sofistas eram professores que iam de cidade em cidade ensinando e tinham uma finalidade prática: buscavam a formação do cidadão.
Esse novo tipo de professor surgiu devido à demanda de um novo tipo de política que vinha se estabelecendo na Grécia, não ensinavam apenas a falar bem, mas também a desenvolver um raciocínio crítico.
Partindo do principio de que todo o critério de certo e errado, bom e mau era impossível de se estabelecer pois era subjetivo, iniciaram o princípio da subjetividade.
Os filósofos clássicos
Sócrates de Atenas era um educador opositor ao movimento sofista. Acreditava que o conhecimento vindo através dos sentidos não era válido, o único conhecimento importante era o do próprio eu, a frase “conhece-te a ti mesmo” era seu princípio básico.
Em suas teorias sobre a educação moral do homem, dizia que a maldade era resultado da ignorância e que só haveria felicidade na busca pelo conhecimento pessoal, intrínseco. Pois o processo de aprendizagem só poderia acontecer quando a pessoa reconhecesse sua ignorância para começar a construir seu conhecimento (“só sei que nada sei).
Chamou seu método de produção de conhecimento como maiêutica, iria fornecendo questionamentos à pessoa para que ela pudesse construir seu próprio conhecimento (parturejar seu conhecimento).
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