Síntese: "A Psicologia Ou As Psicologias."

“A psicologia ou as Psicologias.”

Usa-se a psicologia com vários sentidos. A “psicologia” geralmente usada no cotidiano de cada um é denominada psicologia do senso comum. E o senso comum, nada mais é do que aquilo que se aprende no dia-a-dia. Ex: “Quando dizem que comer e depois tomar banho, da câimbra.” É um ensinamento que foi passado de geração para geração, e é isso que a diferencia da psicologia cientifica, pois ela não tem um fundamento cientifico que diga que isso realmente foi comprovado. O senso comum vai do hábito a tradição e é na tentativa de “facilitar” o dia a dia que ele cria suas próprias teorias, conhecimentos que poderiam ser chamados comumente de teorias medicas, físicas, psicológicas, etc.

Artes, religião, filosofia e ciências são domínios do conhecimento humano. Porém, apenas o senso comum não basta, não é o suficiente para as exigências de desenvolvimento da sociedade. Com o tempo, o conhecimento foi se especializando até atingir o nível de sofisticação que permitiu o homem atingir a Lua. Este tipo de conhecimento é chamado ciência. Ciências é um conjunto de conhecimentos sobre fatos ou aspectos da realidade, expressos por meio de uma linguagem precisa e rigorosa. Esses conhecimentos devem ser programados, sistemáticos e controlados para que se possa saber se são validos. Essa produção científica possibilita sua continuidade e um novo conhecimento é produzido a partir de algo anteriormente desenvolvido e é nesse sentido que a ciência se caracteriza como um processo. A psicologia científica deve ser objetiva, ou seja, suas conclusões não devem conter emoção alguma para assim, tornar-se válida. As principais características que separam a Psicologia Científica do Senso Comum são: Objeto Específico, linguagem rigorosa, métodos e técnicas específicas, processo cumulativo do conhecimento e objetividade. Tais características denominam científico a um conjunto de conhecimentos.

Um conhecimento para ser considerado científico requer um objeto específico de estudo, porém, a psicologia não tem esse objeto diretamente especificado. Se for perguntado a um psicólogo comportamentalista, ele diria que o objeto de estudo da psicologia é o comportamento humano. Já, se perguntado a um psicanalista, ele dirá que o objeto e o inconsciente. Outros diriam que é a consciência humana, ou até mesmo a personalidade. Essa diversidade de objetos da psicologia é explicada pelo fato deste campo ter ganhado um “status” de ciência muito recentemente. E geralmente, quando uma ciência é muito nova, ela ainda não teve tempo ainda de se apresentar teorias definitivas que permitam determinar com maior precisão seu objeto de estudo. Esta situação questiona a caracterização da psicologia como ciência e postula, que no momento não existe uma psicologia, e sim ciências embrionárias e em desenvolvimento.

A identidade da psicologia é o que a diferencia dos outros ramos das ciências humanas, considerando que, cada um desses ramos estuda o homem de maneira particular. A psicologia colabora com o estudo da subjetividade que é a síntese singular e individual que cada um ser humano constitui conforme se desenvolve e vivencia as experiências da vida social e cultural. É o mundo de ideias, significados e emoções construído internamente pelo sujeito a partir de suas relações sociais,