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Síntese sobre: O Estádio do Espelho e o Édipo

Por:   •  24/5/2016  •  Resenha  •  724 Palavras (3 Páginas)  •  777 Visualizações

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O estádio do espelho e o Édipo

O Estádio do Espelho é uma teoria criada entre os anos de 1938 e 1940, quando Lacan concluiu que o olhar do outro é base da constituição do sujeito.  O bebê, portanto, projeta a imagem que o outro deu a ele – normalmente familiares ou pessoas próximas. Lacan segue por um caminho mais subjetivo. Considera que a imagem especular do bebê tem um caráter ilusório e falso, contornado por desejos e ideais alheios. Mesmo assim, por ainda não conseguir se distinguir do outro, a criança assume a imagem como se fosse sua. O sujeito se torna uma unidade, porém virtual e alienada. Sobre isso, Lacan afirmou: “o corpo despedaçado encontra sua unidade na imagem do outro, que é a sua própria imagem antecipada”. Ocorre, então, uma confusão entre o eu e o outro, um conflito que constituíra uma etapa fundamental para a identificação primordial do sujeito.

No primeiro tempo do estádio do espelho a criança percebe e acredita na imagem que reflete no espelho, acreditando ter alguém dentro do espelho, numa perspectiva do que acontece com o outro, acontece comigo também.

No segundo tempo do estádio do espelho a criança já distingue que a imagem não é real, percebendo que a imagem é simbólica, imaginária, ou seja, aquilo não é mais representa.

No terceiro momento do estádio do espelho a criança está segura de que o reflexo do espelho é uma imagem e uma representação, convicta de que é uma imagem e que representa ela mesma.

Ao sair dessa fase identificatória do estádio do espelho, entra-se no primeiro momento do Édipo, onde a criança encontra-se em uma relação fusional com a mãe buscando identificar-se com o que supõe-se ser o objeto de desejo da mãe. Relação essa que é amplamente facilitada e até mesmo induzida pela relação da mãe e da criança a começar pelos primeiros cuidados logo o nascer. Nesse instante o sujeito sabe que é o objeto de desejo da mãe, ou seja, o falo. Nessa relação simbiótica onde o bebê se coloca como o objeto de desejo da mãe tentando completar essa falta da mãe ocorre nessa relação o que chamamos da dialética do ser. Neste momento o pai real e conseqüentemente o simbólico fica fora dessa relação mãe-criança, vindo a aparecer no segundo momento do Édipo.

O segundo momento do Édipo é caracterizado pela intervenção de um terceiro que introduz a lei da interdição à relação fusional mãe e filho, fazendo com que a criança se depare com a questão da falta. Iniciando assim uma oscilação, um questionamento: “Sou ou não sou o falo da minha mãe?” ocorrendo assim o início da castração. O pai passa a ocupar um lugar significante, (Nome-do-pai), surgindo como metáfora da ausência da mãe, ocupando assim o lugar de significante do desejo materno.

Essa falta do objeto ocorre em três dimensões: frustração, porque o objeto imaginário não existe no real, a privação, é a falta que é real, como exemplo podemos citar o desejo de comer quando se está com fome, você come e depois a fome volta, é real, você sente e a castração é a falta simbólica de um objeto imaginário, na castração se falta na mãe, falta no sujeito também, logo ele vai em busca do Eu Ideal, da completude. Não podendo ser um objeto real se não eu compraria e supriria essa falta.

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