TDHA - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade
Por: FABIANACAROLINA • 1/5/2016 • Trabalho acadêmico • 2.245 Palavras (9 Páginas) • 298 Visualizações
UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA
Instituto de Ciências Humanas
TDHA
- Característica da doença
O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH),ou como é chamado ás vezes de Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), é um transtorno neurobiológico, normalmente ocasionado por causa genética. Aparece na infância e acompanha o indivíduo por toda sua vida.
O transtorno possui 3 subtipos, são eles: A – Tipo Desatento, B – Tipo Combinado e C: Tipo Hiperativo / Compulsivo.
TDAH é caracterizado por desatenção que por muita vezes pode ocasionar em erros por prestar pouca atenção nos detalhes, inquietude, distração, dificuldade de concentração, relutância em iniciar tarefas, problemas de memória a curto prazo, dificuldade em seguir instruções, muitas vezes pode nos dar a impressão de não estar ouvindo quando o chamam, dificuldades em organizar-se com objetos e com o planejamento do tempo e também pode por muitas vezes apresentar impulsividade.
Apesar de o TDAH atingir em torno de 6% da população, ele ainda é muito desconhecido pela população e por muitos profissionais da saúde, que acabam tratando apenas das consequências da doença. Existem inúmeros estudos no mundo, demonstrando que a doença é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno tem relações com fatores culturais, o modo como os pais educam os filhos, práticas determinadas pela sociedade, resultado de conflitos psicológicos.
- Sistemas e órgãos afetados
Estudos científicos apontam que portadores de TDAH pessoas que tem alterações no sistema neurobiológico cerebral, isto significa que substâncias químicas produzidas pelo cérebro, chamadas de neurotransmissores estão alteradas quantitativamente e qualitativamente, localizadas no sistema cerebral que são responsáveis pela atenção, impulsividade e física e mental do corpo humano. Os principais neurotransmissores que participam desse processo de desregulagem no funcionamento do lóbulo frontal e suas conexões com o resto do cérebro, seriam as catecolaminas, que incluem a noradrenalina e a dopamina que passam informações entre as células nervosas (neurônios). A região frontal do cérebro, afetada no TDAH é composta pelo lobo frontal, mais especificamente pelos giros pré-central, frontal superior, frontal médio, frontal inferior. Regiões essas relacionadas com área motora, área de Broca, área interligada ao comportamento e memória de trabalho. O lóbulo frontal é responsável por controlar ou inibir comportamentos inadequados, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.
- Causas principais
O TDAH tem várias possibilidades de causas dos portadores e são elas:
- Hereditariedade: Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição do TDAH. Foram feitas pesquisas que pessoas portadoras com familiar portador de TDAH era mais frequente do que nas famílias que não tinha ninguém na família que era portador.
Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos. Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH. A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.
- Substâncias ingeridas na gravidez: Tem sido feito pesquisas que apontam que a nicotina e álcool ingeridos durante a gravidez, podem causar alterações em algumas partes do cérebro da criança e dentre elas o lóbulo frontal.
Essas pesquisam mostram também que mães alcóolatras têm maiores chances de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção.
- Sofrimento fetal: Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto, que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. Nesses estudos a relação da causa não é clara, talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar predispostas a terem algum problema na gravidez e/ou no parto.
- Exposição a chumbo: Crianças que sofreram intoxicação por chumbo, podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH.
- Problemas familiares: Algumas teorias sugerem que problemas familiares (brigas, discórdias, família desestruturada), poderiam causar TDAH nas crianças, porém estudos recentes mostram que dificuldades familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causa-lo.
- Incidência da doença na população (faixa etária, etnia, região)
O TDAH atinge em torno de 3 a 5% da população infantil, enquanto em adultos estima-se em torno de 4%. Pesquisas apontam que o TDAH, é mais frequente em sexo masculino, porém o sexo feminino tem maiores chances de apresentarem primeiramente características de desatenção em comparação com o sexo masculino.
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