Tornando-se mãe: Uma Experiência Com Um Grupo De Gestantes

Daniele Carvalho

Deise Costa

Tornando-se mãe:

uma experiência com um grupo de gestantes

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...............................................................................................................03

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO DE INTERVENÇÃO...............................04

2.1 Instituição........................................................................................................................04

2.2 Observações ...................................................................................................................05

2.3 Temas e metodologia......................................................................................................06

3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE A PARTIR DO ECRO DA PSICOLOGIA SOCIAL..........07

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................12

APRESENTAÇÃO

O presente relatório destina-se ao registro das ações desenvolvidas na instituição na qual ocorreu a Intervenção Institucional e Comunitária, necessária para conclusão do curso de Formação de Coordenadores de Grupos Operativos no Centro Interdisciplinar de Estudos Grupais Enrique Pichon-Rivière (CIEG), na turma 2010/2012.

O trabalho de intervenção ocorreu entre os dias 07 e 28 de novembro de 2011, tendo sido realizados três encontros no Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), em São Sebastião do Passé, interior da Bahia.

A partir da intervenção foi possível articular teoria e prática, relacionar os conceitos da Psicologia Social de Pichon-Rivière com as vivências das gestantes, constituindo em um processo de aprendizagem tanto para as participantes do grupo, quanto para nós, estudantes da formação.

Neste relatório, apresentamos os dados da instituição na qual foi realizada a intervenção, as temáticas abordadas, a descrição e análise dos emergentes do grupo, as considerações da equipe, as impressões pessoais e nos apêndices constam o projeto de intervenção e os registros dos encontros.

2. CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO DE INTERVENÇÃO

2.1 Instituição

O CRAS é um programa do governo federal em conjunto com o municipal, sendo a porta de entrada do Sistema Único de Assistência Social (Suas). É responsável pela organização e oferta de serviços da Proteção Social Básica nas áreas de vulnerabilidade e risco social. O principal serviço ofertado pelo CRAS é o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif). Trabalha na prevenção, na base, contribuindo, por exemplo, com informações acerca dos direitos, ajudando na formação e fazendo encaminhamentos das pessoas para outros órgãos, quando necessário. Para orientar as suas ações, conta, por exemplo, com a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social/ SUAS, Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS - NOB-RH/SUAS, e também com o Caderno de Orientações Técnicas do Centro de Referência de Assistência Social – CRAS

O CRAS foi inaugurado em 21 de junho de 2010, e situa-se na cidade de São Sebastião do Passé, Bahia. Atualmente é composto por 7 funcionários. A instituição é mantida através de recursos do Governo Federal e Municipal.

A instituição tem ações voltadas para diferentes públicos. Tem desenvolvido grupos com crianças, adolescentes, mulheres, gestantes e idosos, com duração aproximada de 1h30min, e tratando de temas concernentes e de interesse dos participantes.

2.2 Observações

A escolha do CRAS Alegre como campo institucional para a realização do projeto de intervenção surgiu por ser um espaço que já desenvolvia um trabalho de grupo com gestantes, área de interesse de uma das componentes da equipe. A indicação foi de uma colega, que trabalhava em outro CRAS na cidade. Além disso, a equipe entendia que a gestação é um momento muito importante na vida da mulher, e da sua família como um todo, de maneira que um trabalho com este público pode colaborar para uma vivência mais saudável da gestação, parto e maternidade.

No primeiro momento, uma das componentes da equipe foi ao CRAS Alegre se apresentar e conversar sobre a possibilidade da realização do projeto no local. A receptividade foi grande, e se falou sobre outros conteúdos e vivências que poderiam ser agregados ao grupo que já acontecia. O grupo ocorria nas segundas e terças feiras, sendo que o primeiro dia da semana destinava-se à elaboração de um enxoval, e as participantes contavam com uma professora para auxiliá-las nessa tarefa. O segundo dia geralmente era voltado para a realização de “palestras” por profissionais da área de saúde.

Posteriormente, no dia 10 de outubro, a equipe foi observar uma reunião do grupo de gestantes, que neste dia foi coordenado pela psicóloga, e contou com boa parte das 15 participantes que integravam o grupo. A equipe foi apresentada e bem recebida pelas gestantes.

2.3 Temas e metodologia

No dia que a equipe observou o grupo, a psicóloga trabalhou sobre aspectos psicológicos da gestação, abordando diversas questões, mas o que se podia perceber é que cada uma das participantes tinha a sua vivência deste momento, e que alguns sentimentos se aproximavam,