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Trabalho de Análise Piaget

Por:   •  5/4/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.860 Palavras (24 Páginas)  •  113 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO NOSSA SRA. DO PATROCÍNIO

Curso: Psicologia (Bacharelado) - Turno: Noturno Turma: C Disciplina: PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E PRÁTICAS INTEGRATIVAS I

ESTUDO DA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO POR MEIO DA ANÁLISE DO MÉTODO CLÍNICO PIAGETIANO

Gabriela Ferreira de Castro RGM: 27037924

Leandro Carlos de Oliveira RGM: 26692554

Itu

2021

ESTUDO DA TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO POR MEIO DA ANÁLISE DO MÉTODO CLÍNICO PIAGETIANO

Trabalho apresentado à CEUNSP (Centro Universitário Nossa Sra. Do Patrocínio), em Itu/SP, como requisito parcial para aprovação na disciplina Psicologia do Desenvolvimento e Práticas Integrativas I do 2º semestre/Turma C de graduação em Psicologia.

Orientador(a): Prof.ª Ma. Rita Karina Nobre Sampaio e Prof.ª Caroline Andréia Garrido Marola.

Itu

2021

sumário

I.        introdução teórica        4

II.MÉTODO………………        6

III.RESULTADOS        13

IV.discussão dos resultados        17

V.CONSIDERAÇÕES FINAIS        19

VI.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS        20

           

  1.  introdução teórica

Configurando sua teoria de uma perspectiva construtivista, Piaget apresenta-nos um longo estudo sobre a cognição humana e o seu processo de desenvolvimento ao longo de estágios pré-determinados.

Sua teoria de desenvolvimento cognitivo, se baseia em análises e indagações que o próprio fez ao longo de sua carreira e que acabou se estruturando em um método clínico, de se observar as respostas das crianças em variadas idades e compará-las, o que o levou a encontrar semelhanças em cada uma delas. Desde o início, Piaget propunha que tal desenvolvimento podia ser considerado como uma propriedade inerente do sujeito ao se adaptar ao meio. Segundo ele, o crescimento cognitivo da criança se dá por meio de três processos correlacionados e interdependentes, elencados em: organização, adaptação e equilibração (PAPALIA

Sendo organização, uma pré-disposição do indivíduo em agrupar conjuntos e classes, observando características em comum de cada objeto que os categorizam. De acordo com Piaget, os indivíduos tendem a criar estruturas cognitivas cada vez mais complexas, que descreveu como sendo esquemas, que nada mais são, do que modos de organizar informações sobre o mundo. Tais modos chegam, de certa forma, a controlar o comportamento e pensamento que a criança terá em determinadas situações (PAPALIA; FELDMAN, 2013).

Conforme adquire mais informações sobre o meio, os indivíduos tornam seus esquemas cada vez mais complexos. Essa evolução na complexidade dos esquemas se dá através do processo de Adaptação, termo dado por Piaget, para o ajuste feito pela criança na tentativa de se adaptar as novas informações com base nas que já possui. A adaptação ocorre por meio de dois subprocessos: Primeiro a assimilação, que nada mais é, do que a capacidade de absorver informações novas e somá-las às estruturas cognitivas existentes. E a segunda, chamada de acomodação, consiste no ajuste das próprias estruturas cognitivas para habituar-se as novas informações. Por fim chega-se ao conceito de equilibração, que envolve um processo de reestruturação, onde faz a transição entre assimilação e acomodação para estabelecimento de um equilíbrio entre essas. Ao organizar novos esquemas mentais e comportamentais que derivam das novas experiências, a criança desenvolve e mantém um equilíbrio. “Durante a vida toda, a busca pelo equilíbrio é a força motivadora por trás do crescimento cognitivo” (PAPALIA; FELDMAN, 2013).  

Em sua teoria, Piaget também estabelece quatro estágios gerais de desenvolvimento cognitivo, divididos em: sensório-motor que vai do nascimento a cerca de dois anos de idade, no qual a única referência comum e constante é o próprio corpo da criança e a utilização de habilidades sensoriais e motoras. O próximo é o pré-operacional, que vai dos dois aos seis ou sete anos, configurado por meio do desenvolvimento da linguagem, dos símbolos e das imagens mentais, inicia-se a organização do pensamento, ainda que prematuro. Entre sete e oito anos, em geral, inicia-se o período operacional-concreto que pode se estender até onze ou doze anos. Nele verifica-se uma descentralização progressiva em relação à perspectiva egocêntrica que caracterizava a criança até então, podendo agora focar-se a desenvolver raciocínios lógicos para resolução de problemas (BEE; BOYD, 2011). Dos onze ou doze anos, inicia-se o quarto e último período de desenvolvimento mental que passa pela adolescência e prolonga-se até a idade adulta. Este período tem como principal característica a capacidade de raciocinar com hipóteses e não somente com objetos concretos. Trata-se do pensar abstrato, através do qual há a manipulação de proposições (BEE; BOYD, 2011).

A teoria de Piaget não consiste em aprendizagem, mas sim em desenvolvimento mental. Esse desenvolvimento pode ser observado e de certa forma mensurado, através da metodologia aplicada e desenvolvida pela próprio Piaget. Chamada de Método Clínico Piagetiano, esta consiste em uma apurada coleta de dados observáveis e obtidos por meio de testes/provas padronizadas e flexíveis.

De acordo com Piaget (1926, p.11), são qualidades fundamentais do aplicador do Método Clínico:

 “saber observar, ou seja, deixar a criança falar, não desviar nada, não esgotar nada e, ao mesmo tempo, saber buscar algo de preciso, ter a cada instante uma hipótese de trabalho, uma teoria, verdadeira ou falsa, para controlar”.

A coleta de dados ocorre através de dois modos interrelacionados, são eles: Observação Clínica e Entrevista Clínica, que em conjunto estruturam a aplicação de tarefas e a análise de sua execução e resposta pela criança. Dessa forma, pode-se dizer que o método clínico “é uma forma de descobrir os aspectos do funcionamento e estruturação da mente da criança enquanto ela organiza os objetos sobre os quais age e atribui” (UFRGS, 2021, p. 6).

  1. MÉTODO

II.1. PARTICIPANTE(S)

Maria Clara, 5 anos e 10 meses, sexo feminino, branca.

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