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Trabalho do Autismo

Por:   •  17/11/2019  •  Monografia  •  2.300 Palavras (10 Páginas)  •  220 Visualizações

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é apresentar o TEA (Transtorno de Espectro Autista). Como também, conhecer seus diferentes níveis e a relação existente do mesmo com o meio social. Paralelamente, analisar a importância da psicologia no âmbito do TEA e a maneira como possíveis projetos poderão ser desenvolvidos, e processo de aprendizagem, visando avanços significativos de um indivíduo com autismo e suas d evidas variáveis.

Palavras-chave: TEA. Autismo. Psicologia social. Processos psicológicos.

INTRODUÇÃO

O Transtorno do Espectro Autista é caracterizado por distúrbios que causam dificuldades em diferentes níveis, no desenvolvimento da linguagem, nos processos de comunicação, interação e comportamento social. Não possui cura, mas pode ser trabalhado, reabilitado, para que assim, o indivíduo possa se adequar ao convívio social.

Com isso, a escola tem se deparado todos os dias com mais e mais crianças em processo de inclusão e essas crianças precisam ser acolhidas da melhor forma. Para isso, o interesse em estudar os transtornos de aprendizagem precisa ser constante e novas estratégias para lidar com essas crianças se tornam extremamente necessárias, pois as mesmas serão os futuros integrantes da nossa sociedade.

Nesse contexto, este trabalho pretende entender os processos de aprendizagem e psicológicos, como também, definir o Transtorno de Espectro Autista e suas implicações.

CONTEXTO HISTÓRICO

Durante os anos 50 e 60 do século passado, ocorreram divergências de idéias sobre a natureza do autismo e sua etiologia. Nesse âmbito, a crença mais comum era a de que o autismo era causado por pais não emocionalmente responsivos a seus filhos (a hipótese da “mãe geladeira”). Em diferentes lugares do mundo, tais noções foram alteradas, ainda que possam ser encontradas por alguns continentes. No início dos anos 60, um crescente corpo de evidências começou a surgir, manifestando-se que o autismo era um transtorno cerebral presente desde a infância e encontrado em todos os países e grupos socioeconômicos e étnico-raciais investigados.

Visando ampliar essas conjuturas de ideias seguem abaixo abordagens sobre o longo caminho percorrido na descoberta sobre o autismo.

A definição de Rutter e o crescente corpo de trabalhos sobre o autismo influenciaram a definição desta condição no DSM-III, em 1980, quando o autismo pela primeira vez foi reconhecido e colocado em uma nova classe de transtornos, a saber: os transtornos invasivos do desenvolvimento (TIDs). Na época do DSM-III-R, o termo TID ganhou raízes, levando à sua adoção também na décima revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(Supl I):S3-11 S5 Klin A Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Para o DSM-IV, os novos critérios potenciais para o autismo, bem como as várias condições candidatas a serem incluídas na categoria TID, foram avaliados em um estudo internacional, multicêntrico, que incluiu mais de 1.000 casos avaliados por mais de 100 avaliadores clínicos.7 Os sistemas de classificação do DSM-IV e da CID-10 foram tornados equivalentes para evitar uma possível confusão entre pesquisadores clínicos que trabalham em diferentes partes do mundo guiados por um ou por outro sistema nosológico. O DSM-IV-TR vem acompanhado de textos atualizados sobre autismo, síndrome de Asperger e outros TIDs, mas os critérios diagnósticos permanecem os mesmos que os do DSM-IV. (Rev Bras Psiquiatr. 2006;28(Supl I):S3-11)

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Transtorno do Espectro Autista acarreta em dificuldades na comunicação e interação social, e em habilidades para desenvolver, manter e compreender relacionamentos. Quanto antes for diagnosticado, melhor, para valorizar o processo de estimulação e socialização. O tratamento também pode ajudar as crianças mais velhas e adultos a aprender mecanismos de enfrentamento e melhorar as habilidades que podem ajudá-los a serem feliz e bem sucedidos. Há uma série de tratamentos para o autismo e seus problemas associados. Nesse âmbito, a psicologia torna-se uma verdadeira aliada, visando desenvolver diversas áreas do indivíduo e seu contexto familiar. Indicando inclusive, quando necessário, outras intervenções em diversas áreas do contexto social do indivíduo.

Entre diversas possibilidades, geralmente são indicadas, mesmo ocorrendo em diferentes níveis:  

Terapia ocupacional: Conhecida como "TO", tem como alvo dois desafios comuns para as pessoas com autismo. Um é habilidade motora fina, como amarrar os sapatos, escrever, pegar objetos pequenos, e fazendo gestos. 

Fisioterapia: Muitas pessoas com autismo também lutam com capacidades motoras. Um fisioterapeuta pode ajudar a criança a alcançar marcos motores, como caminhar, andar de bicicleta, e jogando ou apanhar uma bola. 

Fonoaudiologia: Uma das terapias mais importantes para qualquer pessoa com autismo, terapia da fala se concentra nas habilidades de linguagem e comunicação. Através de atividades desenvolvidas especialmente para o indivíduo, o fonoaudiólogo pode ajudar a pessoa a melhorar sua comunicação social e uso funcional da linguagem. 

Os familiares são os primeiros a perceber alguns sinais indicativos de autismo, mas é necessária a avaliação precisa de um profissional da área. O diagnóstico é de grande importância, pois, por meio dele, é que se conduzirão as alternativas e intervenções. Apresenta-se em:

Distúrbio Global de Desenvolvimento: É uma categoria que engloba cinco transtornos caracterizados por atraso simultâneo no desenvolvimento de funções básicas, incluindo socialização e comunicação.

Transtorno do Espectro Autista: Desafios com habilidades sociais, comportamentos repetitivos, fala e comunicação não-verbal, bem como por forças e diferenças únicas.

Autismo de Desempenho: Aplica-se a pessoas autistas que são consideradas como tendo "alto grau de funcionamento" em relação a outras pessoas autistas.

Autismo Clássico: Podem ser completamente não-verbal, ou eles podem ter um vocabulário excepcional, mas é difícil de usar a linguagem para se comunicar, repetição de palavras ou grupos de palavras, muitas vezes fora do contexto, dificuldade em fazer pedidos usando a linguagem, falta de contato com os olhos quando se fala, falta de apontador ou gesticulando, entre outros.

Dentro dessa perspectiva reflexiva o processo de aprendizagem é adquirido pelo ser humano através de estímulos internos e externos, para o desenvolvimento das motivações e necessidades do indivíduo. Diante dessa aquisição o que se obtém é a transformação da estrutura cerebral do aprendiz sendo um processo individual. A aprendizagem é efetivada e codificada diante de uma série de comportamentos e competências; o indivíduo consegue uma adaptação ao meio graças à capacidade de aprender. A aprendizagem do indivíduo sofre diversas influencias para o processo de assimilação que se dá sincronicamente motivado a proteger diversos elementos básicos e necessários para consolidar o conhecimento.

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