Um Golpe do Destino
Por: Fernanda Nadiny • 18/6/2019 • Resenha • 805 Palavras (4 Páginas) • 213 Visualizações
O ambiente hospitalar na rotina de um paciente pode interferir diretamente na saúde do paciente, uma vez que este fica impossibilitado de tomar suas próprias decisões, como por exemplo o ir e vir, por espaço físico ou mobilidade ou pelo público que transita nesse ambiente limitado. No filme há uma cena em que Dr. Jack MacKee é empurrado na maca para outro local e como se ele não estivesse ali presente, ocorre conversas sobre seu quadro de saúde onde o mesmo é tratado como um objeto ou um problema que precisa de solução. (Wright, Sudak, Turkingtn, & Thase, 2012)
Dessa forma, pensando-se no paciente em individualidade, a forma como ele recebe determinado diagnostico pode trazer consequências psicológicas positivas ou negativas, desta forma, impactos negativos podem intensificar as emoções desagradáveis e comportamentos de risco; já impactos positivos pode levar o sujeito a comportamentos maduros de enfrentamento e movimentos de esperança para si próprio.
Desta maneira, as crenças do sujeito em seu contexto têm ganhado evidência como um fator moderador e mediador de promoção a saúde, e são ligadas ao próprio adoecimento, ao tratamento e a equipe hospitalar. (Ogden, 2004)
Quando o Jack recebe uma má notícia sobre seu quadro clínico, além da emoção, apresenta-se quadros de cognição distorcidos, que cabe ao profissional que promove a saúde ressignificar e modificar tais distorções para que o paciente consiga se reorganizar, tais atitudes fazem com que o paciente consiga emitir comportamentos mais eficazes de promoção a sua própria saúde, tornando inclusive, o tratamento mais receptivo ao organismo. Ampliando ainda mais, podemos entender o lócus da questão, e que este, quando se é externo e não entendido ou interpretado pelo paciente da forma correta, pode fazer com que ele não se sinta responsável ou participativo no processo, tornando-se agente passivo de promoção à saúde. (Barletta, 2010)
Dessa forma, a TCC vem sendo reconhecida como a melhor abordagem para o auxilio do psicólogo da área hospitalar, uma vez que tem mostrado resultados positivos no manejo de dor e controle glicêmico, como também favorecer o funcionamento psicológico de e físico de algumas patologias. Tudo isso, explicado na forma como a TCC entende o paciente como biopsicossocial assim como a Psicologia da Saúde, que consideram os aspectos psicológicos, biológicos, sociais e ambientais, onde o psicólogo tem sua situação em caráter imediatista.
Assim a TCC é diretiva, estabelecendo metas e focando no problema, orientada no presente, na psicoeducação, sendo breve e com base na relação terapêutica bidirecional e colaborativa. E entende-se assim, que juntamente com o vínculo estabelecido entre profissional e paciente, com feedbacks, metas e intervenções, é possível colocar o paciente dentro do processo de promoção a saúde e intensificando suas esperanças de buscar formas de se encontrar no setting hospitalar.
Tópicos – página 363 à 374
Cena onde o aluno traz o caso de um paciente clinico que é identificado por um número e não pelo nome, onde ele é questionado logo após pelo médico se é correto chamar um paciente por um número e identifica-lo como terminal, colocando- o como objeto e tirando sua subjetividade, tornando-o imparcial.
O contexto de impessoalidade e despersonalização:
- somente pessoas autorizadas podem circular;
- mobilidade física reduzida;
- paciente é colocado como um objeto de trabalho.
Crenças em saúde, tem sido apontadas como um fatos moderador e mediador de comportamento do paciente incluído em um contexto e processo hospitalar.
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