Um Toque de Loucura
Por: Victoria Fontenele • 11/3/2022 • Resenha • 290 Palavras (2 Páginas) • 78 Visualizações
No capítulo Um Toque de Loucura o autor vai falar do descaso com os
psicóticos quanto seus tratamentos com terapeutas. Onde nesses casos a
psicologia e a psiquiatria são consideradas irreversíveis ou de difícil recuperação
total das lesões cerebrais e de esquizofrenias apontando um mínimo de
recuperação e também é quase nula a superação da amnésia. Deixando claro
que diante de uma lesão orgânica o paciente não pode fazer nada por si próprio
e nem o terapeuta. E que somente o psiquiatra poderia intervir, com o uso de
fármacos e mais nada. O autor afirma que só se pode falar de uma verdadeira
psicoterapia quando a essência da busca for a verdade do paciente. Aceitar que
essas pessoas são incuráveis no fundo é uma violência não admitida, afinal, é
mais fácil ser ou ter doentes psiquiátricos do que aceitar nosso monstro interior.
Para poder trabalhar com psicóticos, a essência da cura está em saber que eles
são curáveis, não como os terapeutas querem, mas como eles pretendem. No
caso de um psicótico, o conceito de saúde mental dependerá daquilo que o
terapeuta define como saúde mental para si próprio e por conta própria sem
contar com o apoio de uma psicopatologia. Os pacientes tem que ser tratados
livres de preconceitos da doença. Quando há preconceito por parte do terapeuta,
ele tentará reprimir seu paciente e muito provável que vá ignora-lo. Se
dispensamos seus anseios, tornando-nos paternais, desejo inegável do
paciente, estaremos dispensando também de ser pessoas. A loucura é a
impossibilidade de digerir o sofrimento. Se nós terapeutas nos tornamos o
estômago do paciente, aniquilamos toda possibilidade de ele assimilar seu
sofrimento. É importante não considerar o dano orgânico como sinônimo de
impossibilidade de se fazer alguma coisa pelo paciente.
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