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VIDA E OBRA DE HUSSERL E HEIDEGEER

Por:   •  10/4/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.648 Palavras (7 Páginas)  •  829 Visualizações

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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP - FENOMENOLOGIA

Nome: PRISCILA NEIVA OLIVEIRA

RA: B556EJ-9

Data: 29/03/16

PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO DE FALTAS

RESUMO DA VIDA E OBRA DE MARTIN HEIDEGGER E EDMUND HUSSERL

Heidegger nasceu no dia 26 de setembro de 1889 em uma aldeia de Messkirch, na Alemanha. Era uma cidade rural religiosa, ode poucas coisas mudaram em séculos. Família de fazendeiros e artesãos. Seu pai era mestre tanoeiro e sacristão da igreja católica. Martin deu mostras de um interesse precoce pela religião e parecia destinado a ingressar no sacerdócio. Após estudos tornou-se noviço jesuíta, indo para universidade em 1909, para estudar teologia. Logo se interessou pela Filosofia, curso pelo qual se transferiu 2 anos depois.

Durante as décadas de 1890 e 1900 o país estava sofrendo uma enorme transformação em importante tendência industrial. A Filosofia também passava por uma crise análoga. Desde o início do século XIX, a Alemanha se orgulhava de ser o berço dos principais Filósofos Europeus, como Kant e Hegel.

Quando ainda com seus 20 anos, Heidegger estudou com Husserl, que já era famoso. Edmund Gustav Albrecht Husserl, nascido no dia 08 de abril de 1859, no Império Austríaco, Alemanha. Um matemático e Filósofo Alemão que estabeleceu a escola da fenomenologia. Ele rompeu com a orientação positivista e elaborou   críticas do historicismo e do psicologismo. Não se limitou ao empirismo, mas acreditava que a experiência é a fonte de toso conhecimento. Trabalhou em um método de redução fenomenológica pelo qual um assunto pode vir a conhecer diretamente uma essência. Apesar de ser judeu, foi batizado como luterano em 1886. Em 1887, converte-se ao cristianismo e junta-se à igreja Luterana. Começa ensinando filosofia em Halle como tutor desde 1887, continua como professor em 1901 e mais tarde em Friburgo a partir de 1916, até que se aposente em 1928. Como aposentado, Husserl continua suas pesquisas e atividades nas instituições de Friburgo, até que seja definitivamente demitido por causa de sua ascendência judia, sob o reitorado de seu antigo aluno e protege Heidegger.

 Heideggeer formou-se em 1913 e seguiu fazendo pós-graduação. A fenomenologia de Husserl e especialmente sua luta contra a inclusão da psicologia nos estudos essenciais do homem determinou o substrato da dissertação doutoral do jovem heidegger em 1914. Consequentemente, escreveu posteriormente sobre temas como a ansiedade, medo, pensamento, angustia (Representa o estado de ânimo fundamental do ser-aí em fuga de si mesmo, precisamente por ter que formar-se a si mesmo, e ao mesmo tempo saber que está jogado é um projeto finito, 1993, p.100), tédio ( Trata-se do tempo que se alonga e do qual comumente queremos nos ver livres por meio dos passa tempo), cuidado, curiosidade, temor (Tonalidade afetiva que nasce da absorção na lógica cotidiana, na tonalidade confirmativa em que um utensílio vem à tona mais claramente), etc. Suas proposições objetivavam descobrir maneiras de ser.

Com seus 22 anos, Heidegger havia se voltado para a Filosofia para ir além de tudo que lhe parecera inadequado na Teologia. Desejara descobrir uma certeza em que ancorar sua resistência a todas as incertezas desnorteantes e crescentes do mundo urbano tecnológico moderno. A principal filosofia moderna que procurou resistir a essa tenência foi a fenomenologia, que teve seu maior expoente no filósofo alemão Edmund Husserl. Heidegger leu o volume das Investigações lógicas várias vezes, chegou a ficar obcecado pela realidade física do próprio livro.

Trabalhou como censor de correspondência, por ser um trabalho que exigia pouco, pôde continuar com sua Filosofia. Em 1915 começou a ensinar na universidade, casou-se em 1919 com Elfride Petri e teve 2 filhos. Ainda em 1919 Heidegger foi assistente de Husserl, na assim chamada “década Fenomenológica” até o ano 1929.

A leitura da filosofia de Husserl estrutura-se no fenômeno por si só, observado, na subjetividade, enquanto a leitura da filosofia de Heidegger estrutura-se sobre conceitos fundamentais para a fenomenologia existencial tais como Dasein, ser-no-mundo, angústia, decisão. Todo o seu trabalho gira em toro do sentido de ser, seus modos e maneiras de enunciação e expressão no mundo.

Em 1920 começa uma amizade com K.Jaspers. Heidegger neste meio tempo começa relações extraconjugais sendo uma delas com uma aluna.

Husserl se aposenta em 1928, quando isso ocorre M.Heidegger haveria de tornar-se um expoente e um dos mais importantes filósofos alemães, seria então seu sucessor. Husserl o havia considerado seu herdeiro legítimo. Somente mais tarde no ano 1927 viu que a principal obra de Heidegger, Sein und Zeit (“O ser e o tempo”), havia dado a fenomenologia reviravolta que a levaria para um caminho totalmente diferente.

Em Ser e Tempo (1927-1988) relata pela primeira vez um diálogo entre a Fenomenologia hermenêutica e as ciências ônticas, em meio a uma discussão do projeto de uma ontologia fundamental. Heidegger assume então uma atitude antinatural, sendo esta, postulada por Husserl como uma supressão ou superação da tendência, presente tanto na vertente tradicional como na moderna, de pressupor que os sentidos e as determinações são dados pelas próprias coisas. A analítica do ser-sí consiste, portanto, na descrição interpretativa das estruturas ontológicas fundamentais do existir humano, explicitando a historicidade do sentido da existência em sua dimensão mais originária.

Depois de 1930 o desapontamento de Husserl, fez com que seu relacionamento se esfriasse. Husserl achava que os filósofos estavam complicando a teoria do conhecimento, em lugar de considerarem com objetividade o fenômeno da consciência como é experimentado pelo homem. A sua teoria da fenomenologia deveria ser uma ciência puramente descritiva, para somente depois passar para uma teoria transcendental a experiência, ou seja, para além do método cientifico.

Em 1933 Heidegeer, assiste a um discurso nazista e em 1934 se demite do reitorado, acarreando o fim da política institucional de Heidegger. Husserl enfermo a partir de 1937, disse desejar morrer de modo digo de um filósofo. Heidegger morre em 1976.

Heidegger é conhecido como aquele que tentou “pensar de novo” o próprio começo da Filosofia. Na construção de sua ontologia fenomenológica, considera das posições que foram inicialmente introduzidas por Husserl: O caráter intencional da existência e a atitude antinatural como modo de investigação necessário para dar cota do fenômeno do existir. Husserl vem propor que se abandone a atitude natural, ensinando que não se deve acreditar nas coisas como sendo estruturadas naturalmente, o que se dá a falsa ideia de conhecimento da verdade para além de aparições dos fenômenos, sendo assim a fenomenologia vai se opor a visada teórica devido ao fato de esta produzir uma hipostasia do universo. Esta atitude Husserl denominou como atitude ingênua ou natural.

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