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Vivências em um CAPS

Por:   •  18/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.636 Palavras (19 Páginas)  •  870 Visualizações

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Sociedade Educacional Três de Maio – Faculdade Três de Maio

Viviane Ritter

Relatório do Estágio Básico em Saúde Coletiva I

Três de Maio, Novembro de 2014.

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Viviane Ritter

Relatório do Estágio Básico em Saúde Coletiva I

Relatório do Estágio Básico I

Sociedade Educacional Três de Maio

Faculdade Três de Maio

Curso de Psicologia

Professora Orientadora: Juliana Cerutti Ottonelli

Psicóloga Orientadora do Local: Graciela Lauermann

Três de Maio, Novembro de 2014.

Sumário

Introdução        

1.Objetivos do Estágio        

2. A Reforma Psiquiátrica        

3. O Surgimento do CAPS        

4. Papel do Psicólogo no CAPS        

5. Apresentação do Local de Estágio        

6. Relatório de Percurso do Estágio Básico em Saúde Coletiva I        

Considerações Finais        

Referências        

Introdução

        O presente trabalho busca apresentar o relatório do Estágio Básico em Saúde Coletiva I da Sociedade Educacional de Três de Maio – SETREM.

        O local escolhido para o estágio é o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS I) do município de Três Passos – RS. Tal escolha se deu, devido ao meu interesse na área da Saúde Mental, assim como, através de uma apresentação do local em sala de aula e posterior convite da psicóloga do local.

 A atual política de saúde mental brasileira é resultado da mobilização de usuários, familiares e trabalhadores da saúde iniciada na década de oitenta, com o objetivo de mudar a realidade dos manicômios onde viviam mais de cem mil pessoas com transtornos mentais.

        A Reforma Psiquiátrica é um projeto entre a Saúde Mental e a Atenção Básica como tentativa de um processo de desinstitucionalização; portanto, esse estudo resulta em um breve histórico da Reforma Psiquiátrica até a chegada dos CAPSs, bem como o relatório de estágio vivenciado em um Centro de Atenção Psicossocial.

  1. Objetivos do Estágio

1.1 Objetivo Geral

O referido estágio tem como objetivos, complementar a formação do aluno, proporcionando uma experiência acadêmico-profissional através de vivências nos campos de prática do psicólogo.

1.2 Objetivo Específico

Estabelecer relações entre a teoria e a prática profissional, refletindo sua aprendizagem com o trabalho cotidiano do psicólogo em um Centro de Atenção Psicossocial I, aperfeiçoando assim, suas habilidades técnico-científicas necessárias ao exercício profissional.

2. A Reforma Psiquiátrica

        A Reforma Psiquiátrica é um processo político e social composto por diversas instituições e pessoas que buscam melhorar os serviços de saúde à pacientes com transtornos mentais e seus familiares; portanto a Reforma deve ser compreendida como um conjunto de transformações de práticas, saberes, valores culturais e sociais. (Ministério da Saúde, 2005).

        A história da Reforma começou  com o Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM) movimento esse, que era formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário e que passaram a denunciar a violência nos manicômios.

        Em 1987 surge o primeiro CAPS no Brasil, na cidade de São Paulo; em 1989 a Secretaria Municipal de Saúde de Santos – SP criou um modelo de intervenção para o hospital psiquiátrico “Casa de Saúde Anchieta” um local de intensos maus tratos e mortes de pacientes (Amarante, 2008).

        No ano de 1989, o deputado Paulo Delgado cria o projeto de lei que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. Esse projeto de lei marca o início da Reforma Psiquiátrica na área Legislativa Brasileira.

        A partir de 1992 alguns movimentos sociais conseguem aprovar as primeiras leis determinando a substituição progressiva dos leitos psiquiátricos por uma rede integrada de atenção à saúde mental.

        A década de 90 é de suma importância, pois marca o compromisso firmado pelo Brasil a respeito da saúde mental.

        Somente em 2001 a Lei Paulo Delgado é aprovada, porém ela traz modificações importantes. A Lei Federal 10.216 redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispondo sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.

O texto da Lei destaca os seguintes direitos do usuário do SUS:

I. Ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, de acordo com suas necessidades;

II. Ser tratado com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;

III. Ser protegido contra qualquer forma de abuso e exploração;

IV. Ter garantia de sigilo nas informações prestadas;

V. Ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade, ou não, de sua hospitalização involuntária;

VI. Ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;

VII. Receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento;

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