A ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E O MOVIMENTO DO CAPITAL
Por: Iara Mussi • 19/6/2019 • Trabalho acadêmico • 1.247 Palavras (5 Páginas) • 469 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL
TEORIA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL I
PROFESSOR: ANDRÉ MAYER
DISCENTE: GUSTAVO LIMA
DISCENTE: IARA MUSSI TAVARES ALVIM
RESUMO – ECONOMIA POLÍTICA, CAPÍTULO 05
A ACUMULAÇÃO CAPITALISTA E O MOVIMENTO DO CAPITAL
O MPC produz e reproduz-se através da acumulação do capital. Logo, a produção de bens necessários à manutenção da vida social é um processo, que não pode ser interrompido, parte da produção não pode ser consumida pelos membros da sociedade, mas deve ser transformada em meios de produção ou em matérias da nova produção. Meios de produção se desgastam e precisam ser substituídos e/ou repostos e matérias da produção são nelas consumidas.
Acumulação de capital – Reprodução simples: capitalistas gastam em consumo pessoal toda a mais-valia de que se apropriam.
- Reprodução ampliada ou alargada: apenas parte da mais-valia apropriada pelo capitalista é empregada para cobrir seus gastos pessoais.
A conversão de mais-valia em capital caracteriza a reprodução ampliada, que realiza a acumulação de capital – Não existe capitalismo sem acumulação de capital. Na reprodução ampliada, apenas uma parte da mais-valia apropriada pelo capitalista é empregada para cobrir seus gastos pessoais; outra parte é reconvertida em capital, isto é, utilizada para ampliar a escala da sua produção de mercadorias (maquinário, contratação de + FDT, etc). A acumulação de capital depende da exploração da força de trabalho. Quanto maior a exploração da força de trabalho, maior será a mais-valia e a acumulação. O capitalista pode também aumentar a taxa de exploração prolongando a jornada de trabalho, intensificando o ritmo e as cadências, introduzindo inovações, pressionando os salários para abaixo do valor da FDT. Elementos que interferem ainda no processo de acumulação são o aumento da produtividade do trabalho, que acelera a acumulação, e a magnitude do capital investido, que quanto maior o seu volume, maior a acumulação. (c-capital constante, compra dos meios de prod e v-capital variável, compra da força de trabalho)
O movimento do capital não se esgota na produção. No momento da circulação, há a transformação de capital monetário para capital produtivo, esquematizando da seguinte forma: D --- M – Mp(meios de prod)
F(FDT) Nesse momento, o capital sai da esfera da circulação e entra na esf da produção(P), em seu segundo movimento, trabalhadores assalariados operam meios de produção e produzem novas mercadorias(M’), ciando valores excedentes(mais-valia).Essas novas mercadorias porém, só tem sentido para o capitalista quando se realizam, ou seja, quando são vendidas na esfera da circulação(trocadas por dinheiro). Assim, elas tomam nova forma de capital monetário, evidentemente maior(D’) que aquele com que o capitalista implementou o processo produtivo, esse é o momento em que o capital retorna a esfera da circulação. Esses três momentos (2 na circulação e um na produção) do movimento do capital, vistos como processos periódicos, constituem a rotação do capital. A continuidade da produção capitalista, a sua reprodução, depende, naturalmente da porção de D’ que estará na base do novo processo produtivo, ou seja, quanto maior essa porção, considerando a proporção c e v, mais ampliada será a reprodução e mais alargada será a acumulação. Sendo igualmente claro que a continuidade da produção (rep. ampliada e acum.) depende do fluxo permanente daqueles 3 momentos. Fica claro que o interesse do capitalista consiste em reduzir ao máximo o tempo de rotação do seu capital: quanto menor o tempo de rotação, mais reinvestimentos podem ser feitos; interessa ao capitalista o maior numero de rotações no menor espaço de tempo.
A concentração do capital consiste no acréscimo do volume do capital proveniente da transformação em capital de parte da mais valia e a acumulação de uma massa de capital cada vez maior. A capitalização da mais valia permite a ampliação das dimensões da produção, aumentar a produtividade e o lucro dos capitalistas. O processo de acumulação está diretamente ligado aos avanços tecnológicos, que tem o objetivo de intensificar a quantidade de produção e reduzir seu custo, possibilitando uma base mais sólida para o capitalista enfrentar seus concorrentes.
A centralização do capital é a união de capitais já existentes e exclusão dos demais capitalistas médios ou pequenos, com o intuito de unir as grandes empresas para criar pequenos grupos com uma grande acumulação de capital. Diante disso, a centralização do capital se dá através de grandes sociedades bancárias, fusão de empresas maiores (cartéis) que depositam fundos no sistema bancário.
A centralização e concentração permite a construção dos grandes monopólios empresariais. Entretanto, a consequência da concentração e centralização no modo de produção capitalista, gera uma concorrência seleta e excludente entre um número reduzido de empresas, que antes era mais extenso, o que entra em forte contradição com o ideal de “livre mercado” e “livre concorrência”.
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