A Questão social, políticas sociais e intervenção profissional
Por: adslaine1 • 20/10/2015 • Trabalho acadêmico • 1.731 Palavras (7 Páginas) • 318 Visualizações
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Serviço Social
SEBASTIANA MARIA DA CONCEIÇÃO
a relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional
Arapiraca-AL
2015
SEBASTIANA MARIA DA CONCEIÇÃO
a relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional
Trabalho Apresentado ao Curso Serviço Social – Bacharelado - UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, Para a disciplina de: Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviços Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social.
Professores Orientadores: Danilo Ferreira; Clarice Kernkamp; Maria Lucimar Pereira e Rosane Malvezzi.
Arapiraca-AL
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04
DESENVOLVIMENTO................................................................................................05
CONCLUSÃO.............................................................................................................08
REFERÊNCIAS..........................................................................................................09
INTRODUÇÃO
A presente produção textual intitulada “A relação questão social, políticas sociais e intervenção profissional” tem por objetivo explicar como as políticas sociais se estruturam mediante a questão social, planejamento social, a concepção ética.
Para tanto abordaremos no primeiro momento a conceituação da questão social, a partir do contexto do capitalismo monopolista. Por conseguinte iremos apresentar o histórico da construção das políticas sociais e os fatores políticos, econômicos e sociais que influenciaram neste processo até 1988. Por fim se faz necessário relacionar a questão social as políticas sociais, instituída numa perspectiva histórica como instrumento técnico, científico e administrativo pensada e articulada por grupo de técnicos burocráticas especialistas, até os dias atuais se configurando direitos sociais a partir da Constituição Federal de 1988.
Vale frisar que este estudo será construído a partir de pesquisa bibliográfica, onde os principais autores se constituem por BEHRING (2007); COUTO (2008); FREITAS, NETTO, dentre outros, além de materiais didáticos utilizados ao longo da jornada acadêmica em Serviço Social frente as disciplinas de Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviços Social III; Ética Profissional em Serviço Social; Fundamentos das Políticas Sociais e Políticas Sociais; Administração e Planejamento em Serviço Social.
DESENVOLVIMENTO
A questão social se constitui por expressões do pauperismo, dos impactos das desigualdades econômicas, políticas e sociais. Iamamoto (2010) aponta que a questão social é indissociável da sociabilidade capitalista e que na sociedade burguesa a gênese da questão social deriva do caráter coletivo da produção contraposto à apropriação privada da própria atividade humana, esta condensaria então o conjunto das desigualdades e lutas sociais, produzidas e reproduzidas no movimento contraditório das relações sociais, tendo alcançado a plenitude de suas expressões e matizes em tempo de capital fetiche. Para Netto (2001):
há cinco momentos historicamente importantes para compreender a questão social. Dessa maneira, a primeira delas é que a expressão “questão social” surge para dar conta do pauperismo decorrente dos impactos da primeira onda industrializante, a designação desse pauperismo relacionava-se diretamente aos seus desdobramentos sociopolíticos, pois desde a primeira década até a metade do século XIX seu protesto tomou as mais diversas formas numa perspectiva efetiva de uma eversão da ordem burguesa. (NETTO, 2001).
O pauperismo é uma das primeiras expressões da “questão social”, associado as contradições de classes no capitalismo manifesto no ápice da desigualdade social. Engels (s/d, p. 287) expõe que “como classe só começou a opor-se a burguesia quando resistiu violentamente à introdução das máquinas, como aconteceu logo no início do movimento industrial”. A visibilidade das questões relacionadas as condições de vida advinda do pauperismo se deu ao passo das organizações de cunho político, denominado “questão social”. As condições de miserabilidade e as manifestações da classe operária frente as insatisfações evidenciam a “questão social” no contexto do capital monopolista. Santos e Costa (2006) afirmam que a questão social:
“diz respeito a uma pauperização da classe operária, ditada pelas necessidades de acumulação do capital, que se põe historicamente permeada pela luta dos trabalhadores e pelas estratégias de dominação das classes dominantes para conte-las, em favor da reprodução social. Desse modo, a questão social emerge no decorrer da luta operária, e a sua explicitação para o conjunto da sociedade se verifica por intermédio das lutas sociais urbanas, que se multiplicam e têm como principais protagonistas a classe operária, a burguesia industrial e um Estado que se recusa a intervir no problema (SANTOS; COSTA, 2006, p. 8).
O Estado passa a intervir na economia com o objetivo de aliviar os impactos da estagnação econômica e sua intervenção sobre as expressões da “questão social”, este momento ocorre no processo no surgimento do capitalismo monopolista, assume aí a função de julgar os conflitos ocasionados diante das relações de trabalho. Inicia-se a partir da intervenção estatal a concessão de alguns benefícios a classe trabalhadora os direitos sociais construídos sob a conjuntura de políticas sociais passam a entrar em cena sendo este um poderoso instrumento camuflado para atingir o desenvolvimento monopolista. As demandas imediatas da classe trabalhadora passam a ser supridas por meio das políticas sociais.
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