ANALISE FILMICA DE “POR UM DIA NASCER FELIZ ”,TENDO COMO REFERENCIA O CAPITULO 19( EDUCAÇÃO ) DO LIVRO “SOCIOLOGIA DE ANTONY GUIDDENS”.
Por: davi1972 • 3/11/2018 • Resenha • 1.212 Palavras (5 Páginas) • 363 Visualizações
CENTRO UNIVERSTÁRIO UNIJORGE
SOCIOLOGIA CONTEPORÂNIA TURMA 2AN
DORCENTE: DARIO RIBEIRO SALES JUNIOR
DISCENTE: DAVI DOS SANTO SOUZA
ANALISE FILMICA DE “POR UM DIA NASCER FELIZ ”,TENDO COMO REFERENCIA O CAPITULO 19( EDUCAÇÃO ) DO LIVRO “SOCIOLOGIA DE ANTONY GUIDDENS”.
De relevante importância no processo de socialização para transmissão de valores e regras morais dentro da sociedade, a educação, é um dos temas que fundou a sociologia, segundo Antony Guiddens, que tem a educação como um bem social, que goza da aprovação de todos, porem é muito comum ocorrer uma confusão entre educação e escolarização. Fato é que a educação ocorre por toda a vida, a qualquer e hora e lugar. A escolarização estar acondicionada aos processos curriculares adotados pelas instituições de ensino. Obviamente que fazer um comparativo entre as teorias expressas pelo autor, e as realidades documentadas no longa “Por Um Dia Nascer Feliz”,traz uma série de reflexões sobre o valor (como um bem social),a importância,os reflexos sócias da qualidade da educação,e os resultados deste processo de escolarização e educação.
Ouvir os relatos dos alunos que estão inseridos na rede publica de ensino e os anseios dos seus pais, que naturalmente projeta em seus filhos algo que ele não teve acesso, e notar em poucas imagens o nível de degradação que os alunos estão submetidos, deixa bem claro a ausência de interesse do Estado para com a educação dos seus pequenos patrícios e traz uma serie de interrogações sobre o processo publico de educação.
Ouvir as poesias de Mariana, uma menina de uma pacata cidade distante 31 quilômetros de Irajá, é uma dádiva que deveria ser apreciada de olhos fechados e coração aberto, se ao menos seus professores acreditasse que estas poesias fluíam dela, talvez porque eles mesmos entendam que a qualidade do conteúdo que eles administram em sua grade de ensino dificilmente produza alguém que domine tão bem às palavras, e dê vida a belos poemas. Ora, a educação além de produzir socialização através do conhecimento da historia, traz compreensão de valores comuns na sociedade mesmo em meio a diferenças.
Ouvir os relatos de Deivison Douglas, e as crônicas da sua historia estudantil, que vai de galanteador a garoto super inteligente,seria cômico se as cenas seguintes não mostrasse a saga que julga o jovem que quer ser militar do exército e estar no centro da discussão do conselho de classe,e que é aprovado , partindo do principio que é um incentivo e que de repente ele adquire gosto pelos estudos ,algo que lhe falta.
Bem verdade que não é de agora que estudar em uma instituição que poucas vezes questiona ou reavalia a sua metodologia de ensino, onde subentendi que o defeito estar exclusivamente na malemolência do jovem estudante e não na ausência de um olhar critico sobre os passos a ser dados rumo a uma forma de ministrar conhecimento em uma linguagem compatível com as diferenças quer seja regional ou cultural . Se apegando nos raros casos de alunos que, esporadicamente consegue superar as expectativas dos próprios professores que, já mergulha nas águas profundas da desilusão da profissão que deveria ser a mais valorizada, mas, simplesmente não é.
Guiddens conduz esta temática de forma incisiva, trazendo uma reflexão sobre a forma que os estudantes são preparados para estar a disposição da carência do capital, inserindo em seu currículo escolar somente o necessário para compreender a forma de manuseio dos instrumentos de produção. Tirando do aluno assuntos de relevância, que certamente lhe daria uma nova ótica do mundo e da sociedade em que ele estar inserido. Sem esquecer do comportamento hierárquico em que as instituições conduz os que estão sobre o seu comando, como se já lidasse com jovens operários, acondicionados ao som de uma sirene que finaliza a aula como se fosse uma jornada de trabalho. Como o autor diz:”(...) só esqueceram de contar com a resistência do aluno”.
Segundo Paul Willis (1977), em seu estudo empírico, os alunos das classes baixas tendem a ter empregos de classe baixa seguindo o exemplo de seus pais, pois segundo o pesquisador o estudante “não se sente inteligente o suficiente,para galgar um melhor emprego ou status. E a própria instituição agi como se isto fosse natural quando observamos os questionamentos que Ronaldo faz, quando contesta o que é lecionado na escola que ele frequenta em Itaquaquicetuba, que durante todo o ciclo de estudo as aulas de inglês nunca evoluíram do “verbo to be”.
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