Adoção de Crianças Negras

Tema: A atuação do Assistente social na adoção

Delimitação do tema: A atuação do Assistente social na adoção de crianças negras.

Justificativa: O tema já foi escolhido pelo interesse sobre o assunto que já este vinha sendo discutido no grupo de estudo pesquisa sobre famílias (GEPEFA) e nas aulas da professora Nayara Hakime Dutra Oliveira além da contribuição do projeto que está sendo elaborado também pela professora Nayara Hakime Dutra Oliveira denominado “Trabalho com Famílias: Perspectivas e tendências” que por tratar de assuntos familiares chamou a atenção para um novo tema de pesquisa,  que seria sobre famílias adotivas e em um recorte desse tema tão amplo mostrou-se interessante a adoção de crianças negras. E devido a falta de artigos ou projetos que o abordassem esse tema causou maior interesse.

 Segundo o site do Senado Federal “Em discussão” no ano de 2013 havia mais de quarenta e quatro mil crianças que estavam em abrigos, destas cinco mil quatrocentos e sessenta e cinco estavam nos “padrões para adoção”. A maioria das crianças era de cor parda (47%), brancas (33%) e negras (19%). Mesmo que a porcentagem de negros seja menor, estes porem demoram mais para serem adotados ou até pior nunca são adotados e devido as leis deixam os centros de acolhimentos e são colocados na vida muitas vezes sem preparo e sem apoio familiar, com isso fica-se a duvida qual o motivo de não serem adotadas, e as famílias que adotaram filhos negros tiveram alguma duvida, sofreram algum tipo de preconceito?.

Por mais que muitos dados digam que o numero de crianças negras sendo adotadas aumentou, segundo dados do Cadastro do Conselho Nacional de Justiça(CNJ) no ano de 2013, 37,5% dos casais que estão na fila de ação só aceitam adotar crianças brancas. Uma colocação interessante descoberta por meio de leituras já realizadas nos leva a ver o que o numero de crianças negras é grande já que segundo o livro “Adoção de Crianças Negras – inclusão ou exclusão?” da autora Ana Maria da Silveira, Editora: Veras, 2005: “Quando se trata da coloração de pardos e pretos em lares estrangeiros, o quesito cor deixa de ser um elemento impeditivo” (pagina 118), segundo dados contidos no próprio texto o numero de crianças “parda escura” chega a representar 45% em relação à adoção de crianças e as “pretas” representam 20%. É sempre bom lembrar também que a burocracia que envolve a adoção pode ser um fator que inibe muitos casais a tentativa de adoção, segundo a cartilha: adoção de crianças e adolescentes do Brasil, publicada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, a pessoa que pretende adotar deve ser maior de 18 anos, deve estar com os documentos necessários em ordem, passar por uma psicóloga, ter o acompanhamento familiar por uma pessoa especializada, entre outras coisas, qualquer erro em alguma das etapas do processo de adoção pode acarretar uma “parada” no processo ou até o cancelamento daquele.    

Tendo por base todos os dados, justifica-se a necessidade da pesquisa com base neste tema como forma de tornar mais visível e mais claro todo esse preconceito que está escondido por trás dessas não adoções.

Objetivos:

GERAL: Analisar os centros de acolhimento de Franca- SP e região e tendo como base a entrevista com as assistentes sociais e os membros desses lugares e se possível conversas com pais adotivos e as crianças.

ESPECÍFICOS:

• Levantar a relação do numero de crianças negras que são adotadas e as que não são tendo por base idade e de onde veio.
• Compreender as causas que levam casais a não adotarem crianças negras.
• Analisar a legislação pertinente ao assunto.
• Levantar uma analise sobre o trabalho dos profissionais nesse ramo, e se possível o da assistente social neste meio.

Metodologia: Este projeto de pesquisa tem como base metodológica o materialismo histórico e dialético, através de questionários em entrevista.

...