As Manifestações Populares no Brasil

Desenvolvimento

As manifestações explodiram por todo o Brasil em Junho de 2013, uma das maiores fontes para mobilizar população foi as redes sociais , caracterizando como esfera pública. Pretendendo reduzir as tarifas  e buscar melhorias  para os serviços públicos, combater à  corrupção. O que pretendiam os manifestantes era exatamente  questionar o processo de privatização do patrimônio público que se iniciou no ano de 1990 e se consolidou nas duas décadas do ano 2000. Esse enfrentamento popular encontrou resistências  ao lidar com as elites  sociais brasileiras ao longo da caminhada do país, em busca de melhorias, essas elites reprimiram as tentativas populares de romper com a ordem excludente. O desafio maior dos movimentos populares ocorridos em junho de 2013  era estancar a aliança entre a elite conservadora brasileira e à elite dos países europeus e dos EUA.

A corrupção generalizada na prática seria um reflexo do comportamento  das chamadas camadas populares, apegadas a um tal “jeitinho” que serve de espelho à podridões de Prefeituras, Governos Estaduais e Presidência da República.

De repente, a população brasileira acusada de comodismo, por não lutar pelos seus direitos, sai e despeja nas ruas gritos de inconformismo contra as práticas políticas  ilegais e pela melhoria dos serviços públicos. Estimadamente cerca de 2 milhões de pessoas nas ruas das grandes e médias cidades brasileiras.

A bandeira do movimento popular brasileiro estendeu-se  pela redução das tarifas de transporte, melhorias na saúde e educação, contra a corrupção e impunidade e gastos contra a copa do mundo de 2014.

Em um primeiro momento, porém, alguns objetivos foram alcançados. Não foram poucos os governos que anunciaram redução das tarifas de transporte, outros como o de São Paulo, deixaram de cobrar pedágios.

Esses movimento que partiram das ruas brasileiras  gritavam por direitos sociais, direitos  que foram prometidos pela constituição federal de 1998, mas que acabaram ocultados pelas reformas neoliberais promovidas pelos governos Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso. A palavra de ordem desse governo foi a privatização, privando a população  dos direitos, que lhes são obrigatórios.

As pessoas que saíram as ruas do Brasil em junho de 2013 serviram de rede para divulgação de insatisfações  sociais com práticas governamentais e com os serviços públicos. As mobilizações  surgiram de movimentos  administrados  à partir da internet. A grande imprensa brasileira  noticiou os fatos quando os fatos já atingiram uma dimensão imensa .

Os problemas pelo qual a população brasileira manifestou-se nasceu à partir do sofrimento da sociedade, protestos  demarcados por duas fases.

A primeira na cidade de São Paulo, onde a onda de manifestações teve inicio, por motivos de que a prefeitura e o governo do estado reajustaram os preços das passagens de ônibus municipais, do metrô  e dos trens urbanos de R$ 3,00 para R$ 3,20. Desde janeiro de 2011, o preço das tarifas dos ônibus municipais era de R$ 3,00. Já o valor das tarifas dos trens urbanos e metrô haviam sido reajustados pela ultima vez em fevereiro de 2012 para esse mesmo valor. Houve três ,manifestações que foram tomando corpo no mês de junho, houve  violência policial ,levando ao ferimento de alguns manifestantes e policiais. Em São Paulo, houve uma represália policial excessiva, que causou muitos feridos, incluindo vários jornalistas, que gradualmente mudaram o discurso e começaram atacar a postura policial. Neste protesto houve mais de 300 pessoas detidas, mais de 100 delas “detidas para averiguação”, práticas comum em ditaduras ,já que não há flagrante, e muitas delas foram detidas por portarem vinagre, substância legalmente permitida no Brasil. Devido os grandes atos de violência ocorridos e a reação da mídia, depois desses dias de manifestação houve um crescimento visível do número de participantes nas manifestações.

Já na segunda fase dos  protestos foi marcada por manifestações pacíficas com uma grande cobertura da mídia e participação em massa da população brasileira, completamente diferente comparada a fase anterior. Não houve manifestações apenas em São Paulo nos estados vizinhos  também, esses protestos se expandiram por todo o Brasil, mas diferente da primeira fase, os protestos foram em geral pacíficos, com pequenos focos de vandalismo e represálias. Entretanto a questão causadora das manifestações começou a sair de pauta, por ser atendida em vários lugares do Brasil. Diante disso uma nova etapa se inicia, várias cidades conseguiram a reversão do aumento dos valores do transporte público. Chegando no final do mês de junho tivemos as manifestações tomaram outro caráter, começaram ater temas menos focado na questão do transporte e sim focados as PECs 37 e33,gastos com a copa das confederações da FIFA 2013 e também com a copa do mundo FIFA 2014 e a busca pelo fim da corrupção.

Diante das manifestações ocorridas houveram vandalismo, agressões a policiais militares, em meio as pessoas que saíram as ruas para protestar por melhorias . Esses atos de vandalismo só fazem aumentar os problemas e gastos desnecessários para o nosso país, pois com esses atos de pichação, ônibus  queimados, o país necessita investir novamente em ônibus novos  e repinturas de lugares pichados, além de tudo destruído patrimônio  nosso, o que o governo iria investir para aumentar e melhorar as nossas condições, só vai substituir o que foi depredado.

A verba pública utilizada para a realização  da copa do mundo de 2014, deixou a população mais revoltada ainda, pois para investir em saúde e educação o país se põe em estado carente, não podendo assim investir em grande quantidade nessas áreas citadas, áreas de suma importância para que o nosso país se torne um país melhor com um padrão de vida de boa qualidade, o nosso futuro depende disso, as nossas decências também. Num país rico que vivemos mas que não tem buscado muitas melhorias para a população que precisa, as grandes verbas que o país recebe não são investidas nas áreas que deveriam ser. O estádio da capital do país, tão reconhecido Mané Garrincha foi inicialmente orçado em R$ 696 milhões quando o projeto foi aprovado, mas custou aos cofres públicos a quantia de pelo menos R$ 1,778 milhões, quase duas vezes e meia o preço original orçado. Isso é um absurdo pois temos muitas outras prioridades além de construir estádios, prioridades estas que são esquecidas, e quando lembradas não passam de projetos que não sai do papel, investimentos grandes desse deveria ser feito em saúde, educação e transporte público. E não em estádios que serão usados uma vez ou outra comparados ao quando nós população necessitamos de mais saúde e educação. As pessoas revoltadas com esse descaso do governo com a população acabaram se deixando levar pelo ódio  e agindo sem pensar na consequência de seus atos, confrontando assim os policiais , e eles ao tentar se defender usaram bombas de gás lacrimogêneo e tiros de balas de borracha. Tivemos a divulgação de que oito policiais  foram feridos por pedradas, e oito manifestantes foram detido e encaminhados a um distrito policial próximo ao estádio. Esses ataques atingiram tanto os manifestantes quanto os policiais, esses ataques foram tão violentos que manifestantes  eram levados do local em ambulância.