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Cras george Américo

Por:   •  22/3/2016  •  Projeto de pesquisa  •  2.822 Palavras (12 Páginas)  •  296 Visualizações

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Os indicadores sociais e estatísticos para intervenção profissional do Serviço Social

ARIVALDO MATOS DA SILVA

Tutora: Silvia Maria dos Anjos Silva

Curso em Serviço Social- SES0243

05/04/2016

Resumo

                    A estatística não é um ramo da matemática onde apenas se investigam os processos de obtenção, organização e análise de dados sobre uma determinada população. Não se limita a um conjunto de elementos numéricos relativos a um fato social. Não se resume somente a números, tabelas e gráficos usados para o resumo, a organização e apresentação dos dados percebidos no cotidiano.

          É uma ciência multidisciplinar, permite a análise de dados com fundamentos concretos na realidade social. Este trabalho visa destacar a constituição histórica do Estatístico inicialmente como instrumento de controle social, em seguida como as Ciências Sociais se apropriam da estatística nos estudos sobre a sociedade e no Estado moderno, como poder público utiliza os resultados estatístico para formulação, implementação, monitoramento e avaliação de Políticas Públicas.

         Compreender a Estatística como um instrumento no processo de conhecimento e decisão para profissionais de Serviço Social e a influência dos Indicadores Sociais para proposta, implementação, avaliação e criação de novas Políticas Sociais. Entender historicamente o aparecimento empírico da Estatística e o seu desenvolvimento como técnica de recenseamento até se constituir enquanto ciência; Discutir a utilização da Estatística como instrumento de tomada de decisões governamentais na construção das políticas públicas e a relevância da Estatística para o profissional de Serviço Social.

Palavra- Chave: Indicadores Sociais- Implementação- Controle Social.

       

INTRODUÇÃO

No âmbito do Serviço Social, indagava – me saber por que a Estatística era disciplina curricular da grade do curso. Ao longo dos meus estudos, compreendi que para elaborar projetos, implantar políticas públicas, coordenar e implementar programas e ações são necessários dados que vão gerar informações possibilitando caracterizar qual ou quais são as demandas prioritárias de determinada região ou cidade. Conhecendo os principais problemas de um território é possível organizar trabalhos mais efetivos que atendam as reais necessidades da população e ao mesmo tempo, reformular projetos.

 Essas informações são obtidas através de levantamentos que podem ser entendidos como um conjunto de operações que permite a coleta de dados que vai determinar as características dos fatos ou eventos a serem trabalhados. Esses levantamentos ou coleta necessitam de um planejamento de qualidade e de um conjunto de técnicas previamente estabelecidas para se ter o resultado desejado. Para o Serviço Social o conhecimento da realidade é fruto de uma relação pensada, vivida e transformada pelo homem sobre suas condições objetivas e materiais. Conhecer a realidade a partir dos dados quantitativos significa constatar e compreender o mundo real e o mundo social.

Daí entendermos a Estatística como um processo colaborador na busca do conhecimento no tempo e no espaço em que nos inserimos como um novo intelectual político. O presente estudo constitui – se numa pesquisa exploratória, descritiva e analítica com revisão de literatura sobre o tema, fundamentado em base teórico - histórico crítico. Inclui análise de documentos de fontes oficiais como IBGE, IPEA, MDS, MS. A Estatística se torna importante ferramenta para muitas ciências, mantêm sua importância na administração pública no que se refere à formulação de políticas publicas e ainda passa a fazer parte do dia a dia de profissionais e de pessoas comuns. A tecnologia facilita os cálculos de grande quantidade de informações e as disponibiliza a um grande público interessado nos mais diferentes assuntos.

A finalidade básica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

No Brasil foi criado em 1934 o Instituto Nacional de Estatística que em 1938 passou a ser Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, quando os serviços geográficos foram a ele vinculados. A partir de 1940 começa os censos modernos decenais. A finalidade básica do IBGE é a pesquisa, a produção, a análise, a difusão de informações e estudos de natureza estatística, geográfica, demográfica e socioeconômica, de recursos naturais e de meio ambiente, necessárias ao conhecimento da realidade física, humana, econômica e social, com vistas, especialmente a execução de programas e projetos de desenvolvimento nacional (IBGE, 2013).

Através do censo é possível responder detalhadamente as seguintes perguntas: Quantos somos? Como somos? Onde vivemos? Como Vivemos? Com o censo é possível detalhar os conhecimentos sobre a população brasileira, identificando os domicílios, suas principais características, condições de moradia e acesso a serviços públicos básicos, como: energia elétrica, abastecimento de água, coleta de lixo, esgoto, famílias. O censo também investiga as características como, sexo, idade, cor ou raça, religião, etnia e a língua falada entre as populações indígenas.

Os dados censitários também revelam inúmeras informações que permitem avaliar as condições de funcionamento do mercado de trabalho, aposentadorias, pensões, programas sociais como a Bolsa Família. A renda é o principal critério de avaliação das condições socioeconômicas de uma população. O padrão de vida permite identificar as populações mais vulneráveis e acompanhar a desigualdade e suas conseqüências.

Essas informações permitem ao assistente social conhecer de uma maneira geral os problemas estruturais enfrentados pela população brasileira. A partir do conhecimento geral, mais o conhecimento sobre os meios de produção, da distribuição de renda no país e das desigualdades sociais, o profissional poderá canalizar as informações para as áreas de seu interesse, seja federal, estadual, municipal ou bairro, rua, escola, etc.

 Nos estados democráticos é comum se afirmar que a função do Estado é cuidar do bem estar da sociedade. Para tanto é necessário criar uma serie de intervenções, em diferentes áreas a fim de promover o bem estar e atender as necessidades desta sociedade. A criação das políticas públicas no Brasil fica a cargo de dirigentes públicos que decidem o que é prioridade para a sociedade, que por sua vez se organiza em grupos chamados de Sociedade Civil Organizada que inclui os sindicatos de trabalhadores e patronais, entidades de representante empresarial, associação de moradores, ONGs, grupos étnicos, religiosos etc., para levar suas solicitações a esses dirigentes, que se mobilizam no sentido de levar esses pedidos aos membros do Poder Executivos.

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