Critica e conhecimento
Por: vitortom • 15/9/2015 • Projeto de pesquisa • 1.235 Palavras (5 Páginas) • 188 Visualizações
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS
FACULDADES INTEGRADAS DEFERNANDÓPOLIS
VITOR TOMAZINE DA SILVA
DENISE CRISTINA DE SOUZA MODA
O COTIDIANO E A PRATICA DO ASSISTENTE SOCIAL
FERNANDOPOLIS
2015
O Cotidiano e a prática do assistente social.
A vida cotidiana tem sido de suma importância de estudos de investigações por profissionais. É na vida cotidiana que ocorrem as transformações do mundo moderno, é na vida cotidiana onde realizamos nossa prática. Não dá para buscar nossos referenciais de ação somente nas relações sociais complexas de reprodução e dominação, ignorando o cotidiano, pois é ali no cotidiano que se dá a mediação entre o geral e o específico.
O assistente social é um dos mediadores entre população oprimida, dominada e excluída e o Estado. O serviço social é uma profissão que tem características únicas, não atua em uma única necessidade humana e destina-se a todos os homens de uma sociedade sem distinção de renda ou classe.
A especialidade do serviço está no fato de atuar sobre todas as necessidades humanas de uma classe social, formada pelos grupos subalternos, excluídos dos bens, serviços e riquezas dessa sociedade.
Os profissionais de serviços social atuam nas relações sociais de conquistas e apropriações de serviços e poder pela população excluída e dominada, e quando falamos em práxis, estamos falando de uma categoria da práxis presentes em nossa prática e um caráter político.
Sartre usa o termo mediação para expressar a passagem, que permite passar das determinações gerais e abstratas a certos traços dos indivíduos. A mediação diz respeito aos processos de passagem segundo Guiomar de Mello, os processos são dinâmicos, e existe somente o movimento, o movimento se realiza por mediações, a mediação exige o afastamento de oposições, o que não significa a negação a ausência das contradições, é preciso entender compreender que forças e relações contraditórias existem e coexistem, na totalidade reproduzindo o movimento.
As atividades desenvolvidas pelo serviço social se traduzem em mediações de dois níveis;
- A passagem da exclusão, do não uso de bens e serviços da sociedade para inclusão de uso efetivo.
- A apreensão, a nível da consciência, das relações e determinantes existentes entre o destino singular vivido por cada um, e o destino de classe a que pertencem . Na mediação, o assistente social trabalha duas dimensões da população pauperizada;
- A de usuários dos serviços do Estado.
- A satisfação de necessidades no início.
A reflexão de usuários se dá: A representação de usuários se dá através da reinvindicação, capaz de agir na cotidianidade e nas relações sociais: transporte, lazer, saúde, educação, habitação etc...
O usuário se tornaria um elemento de força construtiva e crítica, que reabilitaria o seu valor de uso e de troca. Porém hoje, ao contrário, o Estado do Bem- Estar Social e a produção capitalista fizeram um usuário servil, voraz e individual, pautando somente em sua satisfação fragmentada ou seja diminui o ser em atividades e intenções e gera intenções e necessidades determinadas, isoladas separadas do todo.
Sabemos que o atendimento do serviço social às necessidades da população pobre tem se tornado algo negociável e setorizada, como se o indivíduo fosse satisfeito pela imposição das instituições.
Os atendimentos feitos em nosso país é individualizado, passa-se por uma triagem conforme mérito ou validade do pedido do atendimento. Portanto o que acontece é que a maioria dos atendidos lançam uma verdadeira peregrinação, e eles mesmos conhecem os caminhos onde aprenderam estratégias de sucesso para obter satisfação de suas reivindicações, estratégias baseadas na alienação, privilégios, pautada no individualismo ou no coletivo. Separar o joio do trigo é difícil, exige dos assistentes sociais estratégias de ação baseada na leitura da realidade e poder de intervir sobre o sistema que mantém o Estado.
O assistente social atua no cotidiano dos grupos sociais oprimidos, na maioria das vezes trabalha sob uma roupagem revolucionária, as conquistas podem ser avanços do progresso ou simplesmente consciência de poder dos grupos oprimidos . A direção social que se dá à prática é uma questão primordial, não somente pautada na revolução.
Não podemos esquecer da globalização, a informática, a informação, já está encrustada em nossa sociedade capitalista, e fortemente em nosso cotidiano. É preciso pensarmos de forma mais clara a direção social, até porque agora a leitura da realidade não é tarefa fácil, assim como as estratégias de ação. O esforço e a seriedade para se pensar, deve ser coletivo, envolvendo a população nessa reflexão.
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