Diferença entre moral e ética
Por: Josilene Meneses Freitas • 30/4/2018 • Ensaio • 1.048 Palavras (5 Páginas) • 226 Visualizações
UNINTA – EaD
Polo de Amontada
Curso: Bacharelado em Serviço Social
Disciplina: Fundamentos éticos do serviço social
Aluna: Maria Josilene Meneses Freitas
Amontada, CE, 04 de março de 2018.
Diferença entre moral e ética e aborde os desafios da ética profissional no Serviço Social na contemporaneidade:
A Moral é o respeito aos valores éticos e as normas morais. E é construída ao longo da vida do Ser Social, podendo adquirir uma dimensão crítica (consciente) ou apenas ser interiorizada e apreendida a partir da cultura e dos costumes vivenciados historicamente pelo homem. Apesar de não ser sempre consciente, é sempre subjetiva, pois é uma escolha pessoal de cada um, diretamente relacionadas as experiências particulares. Já a ética não se resume à moral, busca a fundamentação teórica para encontrar o melhor modo de viver; a busca do melhor estilo de vida. A ética abrange diversos campos do conhecimento, como antropologia, psicologia, sociologia, economia, pedagogia, política, etc. Podemos dizer que a moral nem sempre é consciente ou de fato livre, já a as práticas éticas sempre são fundamentadas em reflexões conscientes para o melhoramento individual e coletivo, visando a qualidades das relações sociais e melhor viver coletivo.
Em suma a ética é construída de forma singular por cada indivíduo a partir de sua reflexão de mundo e de suas experiências individuais e coletivas. O que a difere da moral, que nem sempre é consciente e reflexiva, porém não deixa de ser uma construção própria de cada Ser Social. De fato, o agir ético é pautado numa melhor relação entre os pares, dentro de uma coletividades – no meio social, no entanto, nem sempre o que parece mais apropriado para um não o é para o outro. Dessa forma, os Códigos de ética profissional são nortes orientadores de cada profissão que “elegem valores que legitima socialmente e priorizam os seus objetivos e funções (...) para seu exercício, (...) normas para o comportamento dos profissionais (...) relação com os usuários de seus serviços, com outras profissões e com as organizações e instituições sociais, privadas, públicas, entre estas, (...) com o Estado (...)” (NETTO, 1999). No entanto, exercendo cada profissão estarão indivíduos singulares e seus valores podem em algum ponto serem tangentes as normas orientadoras de sua profissão ou simplesmente por seus interesses individuais se distanciarem das determinações éticas de sua profissão. Sabe-se que o transgressor, provavelmente, responderá pelos atos indevidos, mas não é tão raro tais ocorrências, sejam elas conscientes ou não.
A prática do Assistente Social deveria pauta-se no contexto social em que o indivíduo encontra-se inserido, no entanto, de fato, na prática real e concreta não é isso que ocorre. Antes os atendimentos são feitos de forma individual e descontextualizada do processo histórico-social vivenciado pelo Ser social. Em grande maioria o indivíduo é visto de forma singular, isolado dos outros Seres sociais e de sua história. Dessa forma os resultados dos serviços prestados àquele Ser social parece ser algo distante dele mesmo. O Serviço Social acaba contribuído em diversas situações como favorecedor das ideologias capitalista, mantendo a reprodução da força de trabalho essencial para a sociedade capitalista. Mesmo que se observe alguns esforços por parte do “Estado visando o controle e à atenuação dos conflitos” (IAMAMOTO, 2014), o Serviço Social ainda atua em favor dos poderosos. E o preocupante é que o discurso de muitos é totalmente contrário a prática. Parece ocorrer uma certa falta de consciência dessa prática por parte de alguns profissionais.
A profissão de Serviço Social, assim, como tudo que se desenvolve dentro de um contexto histórico, se constrói a partir das necessidades e exigências da sociedade e por cada sujeito social que a prática, considerando que cada um tem suas particularidades. E é justamente pela complexidade de nossa sociedade brasileira, em especial sua construção história, que respinga no cotidiano de cada cidadão brasileiro, que o profissional de Serviço Social tem enormes desafios éticos a enfrentar na sua prática contemporânea – precisa (...) “ir além das rotinas institucionais para buscar apreender, no movimento da realidade, as tendências e possibilidades, ali presentes, passíveis de serem apropriadas pelo profissional, desenvolvidas e transformadas em projetos de trabalho”(IAMAMOTO, 2014).
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