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Fichamento

Por:   •  23/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.384 Palavras (6 Páginas)  •  715 Visualizações

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PASTORINI, Alejandra. A Categoria “Questão Social” em Debate – As mudança na sociedade contemporânea e a questão social – A perda da processualidade nas analises da “nova questão social”. 3.ed.São Paulo: Cortez, 2010.

“Os defensores da “nova questão social” partem do pressuposto de que as mudanças ocorridas no mundo capitalista contemporâneo marcam uma ruptura com o período capitalista industrial e com a questão social que emergiu a na primeira metade do século XIX, como surgimento do pauperismo na Europa Ocidental”. (p.25) Com as novidades da sociedade capitalista surgem novas necessidades e novas formas de pobreza e, com isso a “nova questão social”.

“Segundo Rosavallon (1995), o crescimento do desemprego e o aparecimento de novas formas de pobreza [...] estariam indicando o surgimento da “nova questão social”“. (p.25).  “Por sua vez Castel (1998), entenderá que a crise dos anos 70, que se manifesta pelo agravamento do problema do emprego [...] tem-se tornado um processo irreversível e cada vez mais acelerado.” (p.26) Ambos autores acreditavam que a nova “questão social” se fez necessária porque a atual conjuntura mundial não se remetia mais a anterior, indicando a presença de uma ruptura. “[...] os invalidados pela conjuntura (inúteis para o mundo, segundo Castel) e os novos pobres e excluídos (segundo Rosavallon) não remetem mais à antiga categoria de exploração”.(p.26)  “Esses autores [...] entendem que tais transformações estariam indicando a presença de uma ruptura com a “antiga questão social” que emergiu no século XIX.”(p.26).

Já Para Vega Cantor as transformações do trabalho devem deixar de ser analizados como resultantes do sistema capitalista, e passar a ser analisadas como processos inevitáveis resultantes da inovação tecnológica. O “[...] economista norte-americano Jeremy Rifkin, que entende que o mundo encontra-se numa nova fase da história, em que a humanidade enfrenta o “fim dos empregos” [...] consequência inevitável da revolução tecnológica que deixa para trás o modelo industrial para adentrar numa economia global na era da informatização”. (p. 28-29). Rikin considerado uma referência no debate acadêmico e empresarial, entende que a humanidade enfrenta uma crise de desemprego, consequência da revolução tecnológica e da era da informatização, com a automatização dos setores tradicionais ( agricultura, manufatura e serviços), cresce o numero de “desempregados tecnológicos”, e por sua vez “ [...] o Estado, cada vez mais minimizado reduz bruscamente seus gastos sociais.”(p.29).

Para Rifkin para resolver o problema do desemprego primeiro “[...] implica romper como “atual paradigma”, que pensa em mercado, por um lado, e governo, por outro; os países, segundo Rifkin, têm três setores (mercado, setor publico, mediados pelo terceiro setor) e não dois”. (p.29-30). E segundo reduzir a semana de trabalho para trinta horas, sem ônus para o salário, e o estado isentaria as empresas do pagamento de impostos, sempre que elas dividissem com seus empregados os ganhos quando aplicados em novas tecnologias se obtenham lucros.

“[...] devemos fazer referência àqueles autores que afirmam que hoje vive-se uma “crise do trabalho”; entendendo assim que a capacidade heurística da categoria trabalho, para analisar a sociedade contemporânea, estaria posta em questão.”(p.32). Um desses pensadores foi Gorz que desenvolveu uma corrente de pensamento que diz que o problema do desemprego não é uma questão conjuntural do capitalismo, mas está relacionado com esgotamento do paradigma da sociedade do trabalho, questionando assim a sua centralidade na produção do ser social.

Para Antunes “[...] quando se fala de crise da sociedade do trabalho é necessário qualificar de que dimensão se trata: se é uma crise da sociedade do trabalho abstrato [...] ou uma crise do trabalho concreto”. (p.33).

Pastorini defende a tese de que as manifestações da “questão social” contemporânea são expressão da crise que o sistema capitalista enfrentava, consequência do esgotamento do modelo fordista.

“O processo de globalização financeira que caracteriza as relações internacionais contemporâneas vê-se reforçado com a “queda do mundo socialista”, que questionava alógica do capital e atuava como contra tendência política e ideológica”. (p.37)

“Essa pluralidade, ou esse amplo leque de sujeitos sociais e políticos, não implica que as classes trabalhadoras tenham perdido a sua voz e seu protagonismo. Só está indicando que a sociedade tem-se complexificado e, com ela, o conjunto de sujeitos e relações políticas”. (p.45)

“As transformações globais têm impactos diferenciados nos países do centro capitalistas e naqueles que ocupam um lugar periférico. Tendo em consideração as especificidades sociais, políticas, econômicas e culturais dos diferentes países latino-americanos, concordamos com Possas (1988) quando afirma que é inadequada a referência às tipologias desenvolvidas a partir de sociedades com um alto grau de maturidade social e política”. (p.51)

O aumento do desemprego, devido a transformações ocorridas no sistema capitalista, surge uma “nova pobreza”, que pode ser percebida no empobrecimento e proletarização da classe média, na redução dos trabalhadores maiores de 45 anos e no aumento de famílias chefiadas por mulheres. Por tanto faz-se necessário acabar com os “Estado intervencionista, isto implica numa redução de direitos sociais e dos direitos políticos para garantir os direitos civis.

“ [...] a “questão social” contemporânea apresenta novas determinações em relação as que existiam anteriormente, afirmamos que as mudanças vividas nas ultimas décadas relacionam-se com condições impostas pela “globalização” financeira”.(p.52)

“A realidade muda permanentemente, por isso

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