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O Fichamento Escravismo

Por:   •  15/8/2019  •  Monografia  •  2.392 Palavras (10 Páginas)  •  143 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

FACULDADE DE SERVIÇO SOCIAL

ELISAMA NEGROMANTE DE SENA SILVA

FORMAÇÃO SÓCIO-HISTÓRICA DO BRASIL

MACEIÓ-AL

201

ELISAMA NEGROMANTE DE SENA SILVA

FORMAÇÃO SOCIO-HISTORICA DO BRASIL

Fichamento desenvolvido durante a matéria de Formação Socio-Historica para a obtenção de nota do primeiro bimestre.

PROF: JOSIMEIRE LEITE

MACEIO-AL

2019

NOVAIS, Fernando. Portugal e Brasil na crise do antigo sistema colonial (1777-1808). São Paulo: Hucitec, 1995. Pág.57-79.

“O ponto de partida para a caracterização da economia colonial é o sentido mais profundo da colonização e o mecanismo de base das relações metrópole-colônia.(...) Ocupação, povoamento e valorização econômica das novas áreas se desenvolvem nos quadros do capitalismo comercial do Antigo Regime” (pág.57)

“a expansão européia, mercantil e colonial, processa-se segundo um impulso fundamental, gerado nas tensões oriundas na transição para o capitalismo industrial: acelerar a primitiva acumulação capitalista é pois o sentido do movimento, não presente em todas as suas manifestações, mas imanente em todo o processo.” (pág.57-58)

“Neste sentido, a produção colonial orienta-se necessariamente para aqueles produtos que possam preencher a função do sistema de colonização no contexto do capitalismo mercantil: mercadorias comercializáveis na economia central, com procura manifesta ou latente na sociedade européia. São, sobretudo, os produtos tropicais: açúcar, tabaco, algodão, cacau, anil; matérias-primas, como pele para as vestimentas de luxo, madeiras tintoriais, etc. Para além, naturalmente, metais nobres, para que a expansão da economia do mercado se não trave por escassez de numerário.” (pág.58)

“O primeiro ensaio colonizador, nas ilhas atlânticas, começou muito cedo (...). A idéia inicial parece ter sido a de povoar para manter a posse das estratégicas ilhas, ao mesmo tempo em que se procurava guardar segredo das rotas e dos descobrimentos.” (pág.58)  

“Não tardou porém para que a economia insulana se voltasse para o mercado externo, visando Portugal e logo a seguir o mercado europeu em geral; a introdução da agroindústria do açúcar nas ilhas, especialmente na Madeira, sua rápida difusão, ajustavam pouco a pouco as atividades produtivas às linhas comerciais da economia européia em expansão.” (pág.58-59)

“Quando enfim se enceta a colonização, é a agricultura que visivelmente se tem em mira nas cartas de doação das capitanias, onde o donatário recebe privilégio de fabricar e possuir engenhos d´água e moendas.”(pág.59)

“ a colonização da América portuguesa organizava-se desde o início em função da produção açucareira, para o mercado europeu, e assim desenvolveu ao longo do século XVI. Quando as nações ibéricas perdem sua posição privilegiada no Ultramar e a concorrência colonial se generaliza , assistimos ao mesmo ajustamento da expansão colonial às linhas de funcionamento do sistema.”(pág.59-60)

“O meado do século porém a marca ali também a mudança de rumo; com a introdução da economia açucareira as ilhas do “mediterrâneo americano” organizavam-se em produtoras dos mercados europeus.” (pág.60)

“Os espanhóis, por seu turno, defrontaram nas áreas do Novo Mundo, que lhes ficaram reservadas pelas propriedades dos descobrimentos e pelos ajustes pontifícios, como populações mais densamente concentradas e de nível cultural mais elevado. A acumulação prévia de riqueza, bem como as dificuldades de entabular-se uma exploração puramente comercial, levou ali a uma terceira alternativa: a conquista, isto é, saque das riquezas acumuladas e  a dominação dos aborígenes, com desmantelamento direto de suas estruturas politicas tradicionais”(pág.60)

“Passada esta fase, a colonização se organizava em torno da mineração da prata e do ouro, que é seu eixo central, em torno do qual, tudo o mais girava: também neste caso, portanto, foi a produção para o mercado europeu que dominou o processo colonizador.”(pág.60-61)

“Na América Setentrional, finalmente, assistimos ainda uma vez ao mesmo movimento,(...) A emigração para várias colônias americanas organizou-se mediante companhias, que engajavam trabalhadores para a exploração da América norte-atlântica, visando lucros coloniais;” (pág.61)

“O sistema das companhias funcionou via de regra mal; financeiramente quase todas fracassaram. As dificuldades de organizar uma produção complementar à metropolitana foi um dos fatores,(...) a expansão do consumo europeu do tabaco abriu as colônias inglesas ao sul do Delaware a possibilidade de se entrosarem-nas linhas do comércio europeu; sobretudo na Vírginia, processou-se rapidamente a transformação de uma colônia de povoamento, (...) para uma colônia de exploração organizada em grandes propriedades escravistas produzindo para o mercado externo.” (pág.61)

“Somente naquelas áreas setentrionais, especialmente na Nova Inglaterra,(...) onde a possibilidade de montagem de uma economia complementar ficava muito reduzida pelo quadro natural.(...) A constituição ao sul, no continente e nas ilhas antilhanas, de plantações especializadas em produtos alimentares e manufaturados, abria para essas colônias setentrionais a possibilidade de um mercado externo para madeiras, cereais, manufaturas, etc. A proximidade dos dois tipos de colônias, estruturalmente divergentes, criava pois uma situação inteiramente nova, particularmente favorável às colônias de povoamento do hemisfério norte.”(pág.61-62)

“A economia diversificada da subsistência, voltada para o consumo interno, que caracterizava essas colônias tinha poucas condições de desenvolver um alto nível de produtividade e de renda, até que se lhes abrissem mercados externos; o que é fundamental destacar, porém, é que esses mercados, quando se abrem, são de natureza essencialmente diversa do mercado externo comum às demais colônias.” (pág.62)

“no caso da Nova Inglaterra, o mercado externo eram outras colônias, inglesas, francesas, holandesas, espanholas. Quer dizer, a relação que se estabeleceu não se firmava nos mecanismos do sistema; assim as rendas geradas nessa relação não se carreavam (como era regra na relação metrópole-colônia) para fora mas concentravam-se na economia exportadora.” (pág.62-63)

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