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O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE

Por:   •  25/5/2015  •  Trabalho acadêmico  •  2.556 Palavras (11 Páginas)  •  852 Visualizações

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O SERVIÇO SOCIAL NA CONTEMPORANEIDADE:

Trabalho e formação profissional

Fabiana Vargas Fagundes

Prof. Kétrin Pinho Alixandre

Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI

Serviço Social (SES0140)

14/10/2014

RESUMO

O livro “O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional” de Marilda V. Iamamoto, nos convida a pensar as mudanças que vem afetando o mundo da produção, a esfera do Estado e das políticas públicas e analisar como elas vêm estabelecendo novas mediações nas expressões da questão social, nas demandas a profissão e nas respostas do Serviço Social. Este cenário requisita um repensar coletivo do exercício e da formação profissional, no sentido de construir respostas acadêmicas, técnicas e ético-políticas, calçadas nos processos sociais em curso. Assim, trabalho e formação profissional encontram-se estreitamente conectados na resposta a um desafio comum: o seu enraizamento na história contemporânea, de modo que qualifique o desempenho do Assistente Social e torne possível a atualização e a adequação do projeto ético-político do Serviço Social aos novos tempos, sem abrir mão de seus compromissos com a construção da cidadania, a defesa da esfera pública, o cultivo da democracia, parceira da equidade e da liberdade.

Palavras chave: Serviço Social. Contemporaneidade. Formação Profissional.

1 INTRODUÇÃO

O livro “O Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional” é direcionado para os cenários e rumos do Serviço Social, diante do divergente contexto de mudanças societárias observadas no capitalismo contemporâneo, abrange uma ampla e atual agenda de questões para o trabalho e para a formação profissional do assistente social, perspectivas complementares na inclusão da profissão na história contemporânea.

Incluído no quadro mais amplo de desregulamentação dos mercados de trabalho, o Serviço Social sente hoje os embates desse cenário que lhe coloca o desafio de repensar coletivamente seu exercício e a formação profissional em tempos de novas demandas e de investimento na preservação e ampliação das conquistas democráticas na sociedade brasileira.

2 DESENVOLVIMENTO

O livro é desenvolvido em dois focos principais, onde o primeiro trata do trabalho profissional na contemporaneidade e o segundo da formação profissional na contemporaneidade.

2.1 1ª PARTE: O TRABALHO PROFISSIONAL NA CONTEMPORANEIDADE

Em um primeiro momento Marilda Villela Iamamoto menciona a sociedade e o Serviço Social na contemporaneidade, verificando o agravamento das múltiplas expressões da questão social, base sócio-histórica da requisição social da profissão. Ela explica que estamos testemunhando a revolução técnico-científica de base microeletrônica, que vem instaurando novos padrões de produzir e de gerir o trabalho, e, ao mesmo tempo, a demanda de trabalho está sendo reduzida, ampliando-se a população sobrante para as necessidades médias do próprio capital, dessa forma, fazendo crescer a exclusão social, econômica, política, cultural de homens, jovens, crianças, mulheres das classes subalternas, hoje alvo da violência institucionalizada. Portanto, podemos observar que a pauperização e a exclusão são a outra face do desenvolvimento das forças produtivas do trabalho social, do desenvolvimento da ciência e da tecnologia, dos meios de comunicação, da produção e do mercado globalizado.

Estes novos tempos reafirmam, pois, que a acumulação de capital não é parceira da equidade e não rima com igualdade. Nos locais de trabalho, é possível atestar o crescimento da demanda por serviços sociais, o aumento da seletividade no âmbito das políticas sociais, a diminuição dos recursos, dos salários, a imposição de critérios cada vez mais restritivos nas possibilidades da população ter acesso aos direitos sociais, materializados em serviços sociais públicos.

Diante deste cenário, um dos maiores desafios que o Assistente Social vive no presente é desenvolver sua capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. Enfim, ser um profissional propositivo e não só executivo. Porém, hoje, o próprio mercado demanda, além de um trabalho na esfera da execução, a formulação de políticas públicas e a gestão de políticas sociais.

O item “Questão social e Serviço Social”, nos trás o significado da questão social, que consiste no conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista madura, que tem uma raiz comum: a produção social é cada vez mais coletiva, o trabalho torna-se mais amplamente social, enquanto a apropriação dos seus frutos mantém-se privada, monopolizada por uma parte da sociedade.

Questão social, que, sendo desigualdade é também rebeldia, por envolver sujeitos que vivenciam as desigualdades e a ela resistem e se opõem. É nesta tensão entre produção da desigualdade e produção da rebeldia e da resistência, que trabalham os assistentes sociais. É por isso que, decifrar as novas mediações por meio das quais se expressa a questão social, hoje, é de fundamental importância para o Serviço Social em uma dupla perspectiva: para que se possa tanto apreender as várias expressões que assumem, na atualidade, as desigualdades sociais – sua produção e reprodução ampliada – quanto projetar e forjar formas de resistência e de defesa da vida.

O momento presente desafia os assistentes sociais a se qualificarem para acompanhar, atualizar e explicar as particularidades da questão social nos níveis nacional, regional e municipal diante das estratégias de descentralização das políticas públicas. Os assistentes sociais encontram-se em contato direto e cotidiano com as questões de saúde pública, da criança e do adolescente, da terceira idade, da violência, da habitação, da educação, etc., acompanhando as diferentes maneiras como essas questões são experimentadas pelos sujeitos.

O tópico sobre “As mudanças no mercado profissional de trabalho” nos mostra que atualmente exige-se um profissional qualificado, que reforce e amplie a sua competência crítica; não só executivo, mas que pensa, analisa, pesquisa e decifra a realidade.

Alimentado por uma atitude investigativa, o exercício profissional cotidiano tem ampliadas as possibilidades de vislumbrar novas alternativas de trabalho nesse momento de profundas alterações na vida em sociedade. O novo perfil que se busca construir é de um profissional afinado com a análise dos processos sociais, tanto em suas dimensões macroscópicas quanto em suas manifestações quotidianas; um profissional criativo e inventivo, capaz de entender o “tempo presente, os homens presentes, a vida presente” e nela atuar, contribuindo, também, para moldar os rumos de sua história.

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