Os Movimentos Sociais

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

MOVIMENTOS SOCIAIS

PROFESSORA EAD:

MA. EDILENE XAVIER ROCHA GARCIA

Montes Claros-MG

MAIO/2015

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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP

MOVIMENTOS SOCIAIS

HELDER LOPES SOUZA RA 384520
IRINETE SOUZA FERREIRA RA 383651
LUCILENE SOARES DE OLIVEIRA RA 396224
MARTA MENDES DE OLIVEIRA RA 376400

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Montes Claros-MG

MAIO/2015

MOVIMENTOS SOCIAIS

Os movimentos sociais são forças sociais organizadas que objetivam não ações numéricas, mas sim um campo de conhecimento social voltadas para a formação e inovação política, social e cultural.

        É preciso reinventar-se frequentemente a fim de que suas experiências não fiquem solidificadas no passado, mas que se reconstruam a partir das novas demandas que se apresentam. Atuando em redes de mobilizações, os movimentos buscam conhecer a realidade social para, então, “construir propostas e ações coletivas” (GOHN, 2010) para resistir à exclusão e promover a inclusão social.

        Os movimentos sociais objetivam transformação, transição ou mesmo uma revolução de uma realidade onde hajam sujeitos ou classes desfavorecidos. Para isso se utilizam de estudos de realidades e luta por seus objetivos, tornando-se representantes de grupos que se encontrem em situações parecidas: religiosa, política, econômica, social, entre outras.    

        GOHN (2010) faz uma leitura do contexto onde estão inseridos os movimentos sociais contemporâneos, ela ressalta que este já não é o mesmo do passado, pois passou por mudanças. Assim, ela ressalta algumas características que diferem movimentos sociais contemporâneos e os do passado:

• os movimentos sociais redefiniram sua identidade e os tipos de ações dos mesmos, as ideologias são menos focalizadas, buscando fundamentar suas ações voltadas para esferas da sociedade: raça, gênero, cor, capacidades e habilidades; bem como de conscientização e construção de saberes.
• os papéis dos movimentos sociais do passado eram universalizantes, hoje estabelecem particularidades representativas, dando lugar a uma série de organizações.
• o Estado começou a admitir a existência da sociedade civil organizada, alterando a relação entre Estado e  sociedade. Se, por um lado, a sociedade começa a ser vista pelo Estado, por outro lado, os papéis se invertem e esse último passa a exercer influência e controle sobre os movimentos, fazendo com que estes percam a sua característica de pressão e diplomacia. A coletividade é superada por demandas específicas, particulares e frágeis, e o Estado se torna seu único elo.
• devido à expansão da tecnologia, os movimentos sociais se dispõem em redes de associação. Isso se deve às alterações nas formas dos movimentos sociais e o crescimento e expansão das organizações.
• há uma lacuna nas produções teóricas e acadêmicas a respeito dos movimentos sociais, apesar de estar sempre presente na literatura das Ciências Sociais. Esses lapsos dizem respeito à própria definição do movimento social e à sua classificação e afirmação como nova categoria, bem como a sua distinção de outras organizações sócias, como as ONGs e os efeitos de sua institucionalização e a sua função no atual momento histórico.

A música de Subsolo:

[...]

Pé pra que, se eu não posso caminhar?

A mão pra que será se eu não posso trabalhar?

Eu quero tudo do que tem de bom pra poder sobrar

Eu fui longe demais pra querer recuar

Tudo bem, irmão, sou livre mas até onde?

Nesse pequeno detalhe é onde o mal se esconde

Cumpadi, tua liberdade deduzida é vigiada.

A grade tá presente mermo que não dê pra ser tocada

Sáparada

A verdade vem direta pra só depois ser trabalhada

A volta é certa a corrente aprisiona, não liberta.

Às vezes o que não é pra dormir também não disperta

Fica nisso mermo

Absurdo por absurdo

Video pra cego, som pra surdo.

Ninguém tá entendendo nada

Eu vejo tudo às claras com a luz apagada

[...]

Traz uma reflexão sobre a realidade vivenciada diante da democracia nos termos “tua liberdade deduzida é vigiada” e “A grade tá presente mermo que não dê pra ser tocada”, bem como em outros trechos da música, fazendo entender que a democracia é apenas teórica, na prática há uma ditadura implícita que aprisiona e acorrenta os participantes de tal sistema político.

        A música tem uma linguagem simples e clara e fala da indignação política social, uma forma de expressão que levou vários grupos através da musica passar  à sociedade um jeito novo de movimento que toda a população tem acesso. Os jovens também geram inúmeros movimentos culturais, usando a musica, focando temas de protesto. A exemplo disso temos: o rep,o funk,o hip hop,a cultura de rua como o break, grafite, têm mobilizado mais os jovens nos movimentos sociais.

        GOHN 2010 mostra que os movimentos sociais têm objetivos a serem conquistados e que podem contribuir para a emancipação e participação dos sujeitos envolvidos como podem simplesmente se caracterizar pela integração de indivíduos.

        Como não há homogeneidade nos movimentos sociais, visto que estes se dividiram em grupos com características e objetivos parecidos, cabe aos mesmos se portarem de forma a produzirem mudanças no cenário atual diante de todas as dificuldades que se apresentarem.

        

A CONSTRUÇÃO DA DEMOCRACIA E O PAPEL DOS MEDIADORES NOS NOVOS MOVIMENTOS SOCIAIS

        Para entendermos o processo de construção de democracia e o papel fundamental dos mediadores nos movimentos sociais, é necesssário a compreensão do conceito de democracia. O dicionário define democracia como ”1- Governo do povo; soberania popular; democratismo. 2-Doutrina ou regime político baseado nos princípios da soberania popular e da distribuição eqüitativa do poder.” (AURÈLIO).