Os Movimentos Sociais
Por: cadmiel • 30/9/2015 • Artigo • 2.508 Palavras (11 Páginas) • 185 Visualizações
1 - INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por objetivo trazer a luz reflexões acerca do processo vivenciado pelos movimentos sociais, sobretudo nas ultimas duas décadas, quando os movimentos sociais se constituíram em elementos de grande relevância na história das conquistas. São as redes de mobilizações e associações civis no Brasil.
Os movimentos sociais se constituem em elementos de resistência e posicionamento político da sociedade. Neste trabalho, será abordado a respeito da democracia e do papel dos mediadores nos novos movimentos sociais. Tendo como exemplo os movimentos de defesa à natureza, às etnias, à orientação sexual, os movimentos pela terra e pelo teto, os quais se configuram em manifestos de ordem particular. Trazendo ainda este trabalho reflexões acerca das, possibilidades de intervenção do profissional da área das ciências sociais aplicadas e, de forma mais íntima, tecer aproximações acerca das possibilidades de atuação do serviço social, inserido no contexto do debate pela edificação do direito e cidadania.
Nas palavras de Maria da Glória Gonh, tem este como objetivo trazer á luz que os movimentos sociais se qualificam por serem movimentos de segmentos excluídos, usualmente pertencentes às camadas populares, quando buscou analisar em diferentes tempos os acontecimentos e destaques dos Movimentos Sociais, fazendo uma trajetória do passado e presente e suas significações.
Notificando ainda, as novas alterações na sociedade civil, as novas políticas sociais, do estado, priorizam o processo de inclusão social de setores conhecidos com vulneráveis, e excluídos das condições socioeconômicas ou direito cultural. Ainda a construção da democracia e o papel dos mediadores nos Movimentos Sociais, as ONGS como instrumento de mediação e o papel da musica no cenário dos movimentos sociais e a Construção da Democracia pelos mediadores dos novos Movimentos Sociais.
2 - DESENVOLVIMENTO
2.1 A CONJUNTURA NACIONAL E O CENÁRIO POLÍTICO E HISTÓRICO NO QUAL OS MOVIMENTOS SOCIAIS SE FUNDAM (CF. GOHN 6ª ED.2010)
A primeira parte do livro destaca-se cinco pontos fundamentais no refazer dos movimentos sociais no contexto sociopolítico, econômico e cultural dos países da America Latina. Os pontos pertinentes que distinguem os movimentos na atualidade em relação a outros momentos do passado são:
• A necessidade de qualificação do tipo ação coletiva que tem sido caracterizado como movimento social (GOHN p.14). No decorrer da sua história percebe-se a grande contribuição dos movimentos sociais com relação à sociedade em conscientização e organização. E a partir dessa conscientização, houve uma redefinição na sua mesma identidade e na classificação do modelo de suas ações, e esta alteração não esta enfatizada em pressupostos ideológicos, como nos primórdios. Na atualidade muitos deles lutam pelo reconhecimento da diversidade cultural, políticas e inclusão, contra a exclusão. Da mesma forma os movimentos ao atuarem num cenário incoerente, em que políticas, programas e projetos podem preocupá-los, discutem e questionam e redefinam a esfera pública com vista a construir novos modelos organizativos;
• Na América Latina, especialmente no Brasil, os atuais movimentos sociais são distintos dos movimentos que ocorreram na fase do regime político populista. São diferentes também dos movimentos ocorridos no final da década de 1970 e parte dos anos 1980. Naquela época os movimentos lutavam para ter direito a ter direitos (GOHN p.17). Hoje o que é apresentado são uma situação social e política oposta da América Latina, o que se quer é que seja reconhecido e respeitado às diferenças e às demandas representadas pelos movimentos identitários. Além de diversos movimentos sociais têm inúmeras ações de associações civis e redes cidadãs, várias delas se manifestam como movimentos sociais atuando em Fóruns, conselhos, câmaras e outras atreladas aos segmentos sociais. Atualmente existe vários tipo de organizações, associações civis, o, articulações, projetos que refletem a ampliação do leque dos movimentos sociais;
• O próprio Estado esta dando novo formato as suas relações com a sociedade admitindo à existência aos poucos desses novos sujeitos coletivos. Entretanto, segundo GOHN relata que este papel é realizado de forma contraditória, ao tornar estável sua relação com os movimentos sociais, o governo passa a ter influência política, distanciado deles o seu caráter político e de pressão, ou seja, os movimentos sociais passam a aturar forte interferência e até mesmo controle das estruturas políticas do Estado, que faz a transformação das identidades políticas mudando completamente o sentido e o significado das ações coletivas dos movimentos. Como conseqüência o Governo vem a ser o único ponto de integração e convergência.
• Com a alteração dos formatos das mobilizações e de formas de atuação agora em rede conforme GOHN, isto resulta também do alargamento das fronteiras dos conflitos e tensões Sociais, em virtude da nova geopolítica que a globalização econômica e cultural tem gerado.
Os movimentos sociais estão dispostos em redes associativas, por motivo da profusão de novas tecnologias de comunicação. Vale ressaltar que as complexidades que dão suporte da demanda dos movimentos sociais não se reduzem apenas ao campo de trabalho, condições moradia, habilidade na cidade e no campo ou justiça. Mas também, tem a questão migratória e imigratória de acesso aos recursos básicos que dão estrutura à expansão do capitalismo em condições de infraestrutura, como água, energia e outros. Esses conflitos deixam de fazer parte somente dos Movimentos Sociais e do Estado e passam a referenciar novos eixos, incluindo corporações e outros agentes econômicos com interesse em tais recursos.
• Permanecem ainda grandes lacunas na produção teórica e acadêmica acerca dos movimentos sociais, apesar de sua presença na literatura das Ciências Sociais. Segundo GOHN essas lacunas referem-se ao próprio conceito de movimento social e compreendem em um todo: a sua qualificação como novos; e se distingue de outras ações coletivas ou organizações sociais, como as ONGs; as conseqüências de sua institucionalização; e o seu papel no atual nesse novo século. Estas lacunas têm comprometido o entendimento e o mapeamento certo dos movimentos sociais, a qual se vê suplantada pela classe mobilização social, e a mesma pode ser vista como simples participação e cooperação muitas vezes induzidas pela classe políticas.
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