RESENHA CRITICA MEDIAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL
Por: Leiliane Madalena • 10/8/2015 • Resenha • 590 Palavras (3 Páginas) • 2.448 Visualizações
RESENHA CRÍTICA MEDIAÇÃO E SERVIÇO SOCIAL
Mediação trata-se de uma categoria presente na teoria social de Marx muito importante para o Serviço Social que pode ser percebida de acordo com a direção dada a prática profissional que o assistente social da á sua intervenção, para que se use da mediação se faz necessário entender a fundo o funcionamento das instituições públicas e privadas para que se vá além do que parece, ou seja, ultrapassar a visão da ajuda e perceber os reais interesses presentes nas ações institucionais, rompe com a visão assistencialista e pautar sua intervenção de acordo com as necessidades dos usuários, observando a realidade concreta presente nas relações sociais que se estabeleceram na sociedade capitalista, falando mais precisamente é necessário buscar a superação das questões sociais que se apresentam na prática profissional.
O modo de produção capitalista em relação às políticas públicas põe para o profissional a solução pautada no imediatismo, cabe ao profissional crítico fazer uso da mediação para avançar no que lhe esta posto, buscando alternativas que supere a realidade concreta. Na grande maioria das vezes fica clara a organização da assistência pautada na regulação institucional, que se apresenta como antidemocrática visando principalmente seus interesses, cabe ao profissional buscar romper com a pratica institucionalizada e burocrática, e para isso se faz necessário o uso da mediação, categoria que dará qualidade a prática profissional onde o sujeito é tido como centro onde será usado como base para a busca de novas alternativas que busque transforma a realidade vivida por este usuário, ou seja, através da mediação será possível romper com a ideologia posta pela instituição que se caracteriza como uma prática mecânica e emergente.
Quando se faz uso da mediação como instrumento teórico metodológico do serviço social, esta se buscando uma prática profissional que vá além da visão do capitalismo de que o usuário é um mero receptor de benefícios, o que os torna mais vulneráveis do que já são, dificultando a superação do problema de fato, o que consequentemente leva a visão de um profissional sem reconhecimento, pois esta contribuindo para o fortalecimento institucional de não procurar agir na raiz do problema, onde não há um interesse em buscar uma solução para o problema do usuário e sim em apenas amenizar ou buscar apenas os objetivos institucionais.
Quando o assistente social faz uso da categoria mediação está direcionando sua intervenção para o comprometimento com seu usuário e rompendo com a prática institucionalizada e buscando a superação ou transformação do que lhe é posto, agindo assim de acordo com seu projeto profissional que caracteriza o Serviço Social como uma profissão interventiva que busca a superação das problemáticas vividas pela sua demanda e interagindo com as mesmas nesse processo de enfrentamento do pragmatismo institucional.
A instituição se apresenta ao profissional como campo de intervenções já prontas, onde a ordem social não pode ser alterada e as políticas sociais são oferecimentos, concessões e não direitos ou conquistas dos usuários. É um espaço permeado de complexidades, tenso, contraditório, organizado em função do sistema capitalista. Ao Assistente Social cabe com a incorporação da categoria mediação ao seu fazer profissional romper com essa realidade, transformando o campo de intervenções pré-estabelecido em campo de mediações, que se apresenta como o grande desafio da profissão. O campo de intervenções institucionais se apresenta como despido de mediações, com práticas imediatizadas, onde profissional e usuários estão submetidos a uma só dimensão de prática, a institucionalizada. A categoria mediação permite ao profissional de Serviço Social repelir esta prática revendo os procedimentos institucionais e superando as limitações dos equipamentos teórico-metodológicos da sua prática.
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